Parto prematuro: principais sinais, causas e o que fazer para preveni-lo
- 1. O que é considerado parto prematuro?
- 2. Sinais que indicam parto prematuro
- 3. “O parto corre o risco de ser prematuro. E agora?”
- 4. As consequências de nascer antes do tempo
- 5. Quais são as possíveis causas deste tipo de parto?
- 6. É possível prevenir um parto prematuro?
- 7. Programas Vitat para você se manter saudável na gravidez!
Não importa se é sua primeira gestação ou não, cada bebê que está para nascer traz muita alegria. Mas também algumas dúvidas, seja pela preocupação com a saúde do feto ou com o momento do parto. Isso porque quando acontece o parto prematuro, também chamado de pré-termo, os riscos ao desenvolvimento do pequeno aumentam consideravelmente.
O que é considerado parto prematuro?
Nada mais é do que o nascimento precoce do bebê, ou seja, antes da 37ª semana de gestação. O fato, inclusive, aumenta o risco de mortalidade infantil, principalmente entre os pequenos nascidos antes da 32ª semana.
De acordo com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, o Brasil é o décimo país do mundo em casos de prematuridade. “A própria Unicef e o Ministério da Saúde apontam que por volta de 11,7% dos partos realizados aqui acontecem antes do tempo ideal”, esclarece Alexandre Plaza, médico especialista em diagnóstico por imagem com atuação exclusiva em ultrassonografia.
A prematuridade, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é dividida em três níveis segundo a idade gestacional do pequeno. São eles:
- Prematuro moderado a tardio: 32 a 37 semanas de gestação;
- Muito prematuro: 28 a 32 semanas de gravidez;
- Extremamente prematuro: menos de 28 semanas de gestação.
Leia também: Pernas e pés inchados na gravidez? Aprenda como evitar
Sinais que indicam parto prematuro
Para identificar um trabalho de parto prematuro, é preciso estar atenta a possíveis sinais relacionados ao quadro. Assim, os principais são:
- Náusea, vômito ou diarreia;
- Cólicas no abdômen e/ou parecidas com as menstruais;
- Corrimento vaginal com ou sem a presença de sangue;
- Dor nas costas, mais especificamente na região lombar;
- Vontade de urinar com mais frequência;
- Contrações frequentes (a cada dez minutos)
Ao sentir qualquer um desses sintomas antes das 37 semanas de gestação, é fundamental que a grávida procure pelo seu obstetra para que possa ser avaliada corretamente.
Em suma, para confirmar o possível parto prematuro, o especialista pede um ultrassom vaginal para checar a medida do colo do útero. Além disso, ele pode solicitar a análise da secreção vaginal para verificar a presença de fibronectina fetal. Isso porque a aparição dessa proteína está diretamente relacionada com a chegada do bebê antes do tempo.
Leia mais: Afinal, como diferenciar as contrações de braxton hicks das verdadeiras?
“O parto corre o risco de ser prematuro. E agora?”
Caso o obstetra perceba que o parto caminha para acontecer antes do tempo, a intervenção médica se dá de duas formas. Por exemplo, se ele verificar que a gestante está apresentando sangramento vaginal e as membranas ao redor do feto se romperam, o indicado é deixar o trabalho de parto acontecer.
Já sem a presença desses dois indicativos, pode-se tentar desacelerar o processo. Assim, recomenda-se que a grávida faça repouso bem como ingira bastante líquido. Além disso, o especialista pode indicar medicações para reduzir as contrações e a dilatação uterina. Remédios para acelerar o desenvolvimento do feto também podem ser cogitados.
Leia mais: Analgésico na gravidez: remédio aumenta risco de parto prematuro
As consequências de nascer antes do tempo
Em suma, bebês prematuros têm o seu desenvolvimento natural uterino interrompido. Desse modo, quando sobrevivem, passam por semanas e até meses internados na unidade de terapia intensiva neonatal até o crescimento adequado. No entanto, ao longo da vida, eles podem enfrentar consequências desse nascimento precoce, como:
- Problemas respiratórios;
- Perda de audição;
- Problemas visuais, como a retinopatia da prematuridade;
- Problemas digestivos;
- Deficiência intelectual;
- Paralisia cerebral.
Leia mais: Toxoplasmose na gravidez: Conheça os sintomas e como tratar
Quais são as possíveis causas deste tipo de parto?
Embora a ciência evolua cada vez mais em relação as descobertas voltadas à gestação, ainda não se sabe os exatos motivos que ocasionam a prematuridade. Inclusive, por mais que uma gravidez aconteça de forma saudável, isso pode não ser o suficiente para impedir que o bebê nasça antes do tempo.
O que se sabe, no entanto, é que existem fatores de risco que aumentam as chances da gestante viver um parto prematuro. Os principais citados pela comunidade médica são:
- Gravidez de gêmeos, trigêmeos ou mais;
- Problemas no colo do útero;
- Ruptura prematura da bolsa amniótica;
- Infecções no período da gestação, inclusive as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs);
- Miomas no útero;
- Descolamento prematuro da placenta;
- Doenças crônicas da mãe, como diabetes e pressão arterial elevada;
- Consumo de álcool, cigarro e drogas durante a gestação;
- Caso a mãe tenha passado por um parto prematuro em gravidezes anteriores.
Leia mais: Sedar a gestante na cesárea é comum? Especialistas explicam
É possível prevenir um parto prematuro?
A princípio, o médico destaca a importância de uma vida saudável na gravidez, sem uso de cigarro, álcool e drogas. Além disso, ele recomenda a suplementação de folato e de vitaminas, bem como o controle da pressão arterial e do diabetes. Por fim, é imprescindível fazer o acompanhamento pré-natal, bem como realizar todos os exames pedidos pelo obstetra.
“Com as ultrassonografias realizadas periodicamente durante a gestação, podemos identificar se há algum problema anatômico (seja no tamanho, na forma ou na textura das estruturas dos órgãos), além de acompanhar o bem-estar do bebê”, afirma o médico.
Ainda de acordo com o Dr. Alexandre, esse é um procedimento indispensável para identificar um possível nascimento prematuro. “A medida e a avaliação do colo uterino podem ser feitas por ultrassonografia transvaginal bem como por ultrassonografia morfológica do segundo trimestre”, finaliza o especialista.
Leia também: Vacinas da gestante: Como funciona o calendário de vacinação na gravidez?
Programas Vitat para você se manter saudável na gravidez!
Clique aqui e saiba mais!
Para saber mais, clique aqui!
Fonte: Alexandre Plaza, médico especialista em diagnóstico por imagem com atuação exclusiva em Ultrassonografia pelo Colégio Brasileiro de Radiologia, pela Associação Médica Brasileira e pelo Conselho Federal de Medicina.
Referência: