Colo do útero curto: entenda a condição da influencer Carol Borba

Gravidez e maternidade Saúde
15 de Junho, 2022
Colo do útero curto: entenda a condição da influencer Carol Borba

Dentre as diversas situações que podem acometer as mamães durante a gravidez, o colo do útero curto é uma das que mais preocupam. Isso porque a condição pode antecipar o parto, aumentando o risco do bebê nascer prematuro ou até causar um aborto espontâneo.

Recentemente, a digital influencer Carol Borba, que está grávida de 6 meses, revelou ao UOL que tem a condição, que também é chamada de insuficiência istmocervical. “Quando o médico me contou foi um choque, porque estava muito bem, correndo na rua, pulando e fazendo de tudo. Mas ainda bem que descobri logo, porque senão com certeza teria um parto prematuro, já que meus planos eram continuar treinando até o fim da gravidez”, conta Borba.

Leia mais: Parto prematuro: Principais causas e possíveis consequências

Colo do útero curto: afinal, o que é?

Geralmente, o colo do útero possui cerca de três a cinco centímetros de comprimento. Quando a mulher entra em trabalho de parto, ele aumenta, em resposta às contrações do útero. No entanto, em algumas mulheres, os tecidos do colo do útero são fracos. Assim, é possível que ele se abra (dilate) muito antes da data prevista do parto e o bebê pode nascer prematuramente.

Além disso, durante a gravidez, o bebê cresce e se torna mais pesado, pressionando o colo do útero. Se ele for curto, a pressão exercida pode fazer com que se abra antes do bebê estar pronto para nascer. Felizmente, a condição não é muito comum, atingindo apenas uma em cada 100 gestações.

Causas

Em geral, não é possível identificar uma causa específica para o enfraquecimento do colo do útero. No entanto, alguns fatores aumentam o risco, como:

  • Doença do tecido conjuntivo presente no nascimento (congênita), como a síndrome de Ehlers-Danlos;
  • Uma lesão no colo do útero que pode ocorrer durante um parto anterior, biópsia, curetagem, entre outros;
  • Defeitos congênitos do útero, incluindo defeitos do ducto mulleriano (por exemplo, um útero que não tem um formato normal);
  • Histórico de dois ou mais abortos espontâneos durante o segundo trimestre da gravidez.

Sintomas de colo do útero curto

Muitas mulheres não têm sintomas até que o bebê nasça prematuramente, enquanto outras apresentam sintomas mais cedo. Esses sintomas podem incluir:

  • Pressão na vagina;
  • Sangramento vaginal ou manchas de sangue;
  • Dor indefinida no abdômen ou nas costas;
  • Secreção vaginal.

Diagnóstico

O médico suspeita que a mulher tenha insuficiência istmocervical quando ela apresenta fatores de risco para ter um colo do útero fraco, como histórico de abortos espontâneos durante o segundo trimestre de gravidez. Além disso, é possível que o médico também suspeite da condição durante um exame de rotina pré-natal, caso ele perceba que ocorreu uma dilatação precoce do colo do útero. Para confirmar a suspeita, o exame mais indicado é a ultrassonografia transvaginal.

Tratamento do colo do útero curto

Inicialmente, o tratamento envolve costurar ao redor ou através do colo do útero para prevenir que ele se abra precocemente. O procedimento é denominado de cerclagem cervical. Dessa forma, é realizada durante o primeiro trimestre de gravidez. É possível também que a cerclagem venha a ser feita antes da 24ª semana (até o final do segundo trimestre) se o médico não souber o que aconteceu nas gestações anteriores, mas suspeita da presença de problemas em uma mulher cujo colo do útero é curto.

Caso haja suspeita de trabalho de parto prematuro após 22 a 23 semanas de gestação, é possível que o médico receite corticosteroides (para ajudar com o amadurecimento dos pulmões do feto) e repouso modificado, isto é, a mulher deve descansar durante a maior parte do dia. O uso de progesterona também é um tratamento que costuma ser recomendado.

Referência: Manual MSD.

Sobre o autor

Fernanda Lima
Jornalista e Subeditora da Vitat. Especialista em saúde

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