Bebê prematuro: desenvolvimento, cuidados e alimentação

Gravidez e maternidade Saúde
10 de Dezembro, 2021
Bebê prematuro: desenvolvimento, cuidados e alimentação

Esmiuçando os famosos nove meses, entre 37 e 42 semanas é o tempo que dura uma gravidez completa. Porém, em alguns casos, o parto pode acontecer antes da 37ª semana gestacional, concebendo ao mundo um bebê prematuro. Mas como é possível cuidar, fora do útero, de uma criança que ainda não terminou de se desenvolver? Aí entra em cena uma série de cuidados e uma equipe de saúde qualificada para garantir ao recém-nascido tudo o que ele precisa. A seguir, conheça as etapas do desenvolvimento do bebê prematuro.

Como o bebê prematuro se desenvolve?

Dentro da barriga da mãe, o bebê recebe oxigênio e nutrientes por meio da placenta. Agora, no caso dos prematuros que precisam ficar internados, esses recursos essenciais ao seu desenvolvimento serão ofertados por equipamentos. 

Um dos aparelhos mais conhecidos no trato do bebê prematuro é a incubadora neonatal. Na prática, a máquina funciona como uma espécie de substituta do útero materno – é dentro dela que o pequeno irá se manter aquecido, sob uma temperatura como se estivesse ainda na barriga da mãe.

Outros equipamentos como respiradores e bombas infusoras também auxiliam. E para tudo isso funcionar, uma equipe de saúde especializada estará no comando, composta por médicos e enfermeiros neonatologistas e demais especialistas pediátricos. Além de conduzir os aparelhos que ajudam o bebê prematuro, esses profissionais atuam em outros cuidados como controle de suporte (ou seja, administram a oferta de recursos como soro, leite e medicamentos), controle de perdas (como urina e evacuação), além de minimizar o risco de infecções.

E como é a alimentação?

Se o bebê estiver preparado para fazer os movimentos de sucção e deglutição, ele poderá ser amamentado pela mãe. Porém, quando não há essas aptidões, sondas gástricas serão utilizadas para que o pequeno receba o leite materno. Neste caso, inclusive, estímulos orais feitos por um fonoaudiólogo são de grande ajuda.

Leia também: Parto prematuro: principais causas e as possíveis consequências

A importância da família

Ainda que o bebê esteja em uma UTI neonatal, a família deve fazer parte do seu desenvolvimento. O atendimento humanizado, com a participação dos pais no dia a dia do pequeno, fortalece o vínculo familiar. Quando acompanhado, o bebê responde positivamente aos estímulos dos pais, e a tendência é acelerar a sua recuperação.

Quando o bebê prematuro pode receber alta?

É a evolução do pequeno que irá determinar o seu tempo de permanência no hospital. Para receber alta, é preciso que medicamentos endovenosos e suporte de oxigênio não sejam mais necessários. Se ele já estiver recebendo leite via oral e ganhando peso diariamente, são outros sinais de que é hora de ir pra casa.

Mas mesmo fora do hospital os cuidados devem continuar. Embora a alta indique uma melhora, é preciso lembrar que o bebê prematuro está mais sujeito a infecções. Por isso, ele deve ser preservado de visitas e, se necessário, receber os medicamentos prescritos pelo médico. Além disso, é preciso manter os cuidados com a temperatura, nutrição e controle do ganho de peso, seguindo as orientações médicas.

Sem descuido

Por fim, é importante lembrar que existem os riscos da prematuridade, já que crescer fora do útero, mesmo com todo esse suporte, acaba sendo mais complexo. Essas crianças podem sofrer, por exemplo, com alterações cardíacas, pulmonares, neurológicas e gastrointestinais. 

Porém, vale destacar que a sobrevida do bebê prematuro está cada vez mais elevada. A orientação é manter as consultas sempre em dia, durante o pré-natal e depois do parto, para o devido acompanhamento.

Fonte: Silmara Possas é pediatra (CRM-PR 11494 | RQE 18372) e coordenadora médica da UTI neonatal do Hospital Pequeno Príncipe (PR).

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