Introdução alimentar: como fazer e quais alimentos são indicados
A introdução alimentar se dá quando os alimentos sólidos começam a fazer parte da alimentação do bebê a partir dos seis meses. Segundo o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria, o leite materno (ou a fórmula infantil, caso a amamentação não tenha sido possível) fornece a nutrição do pequeno antes desse período. Recomenda-se, inclusive, que ele continue sendo ofertado como complemento até os dois anos de vida da criança.
A seguir, veja quais cuidados são necessários para que a introdução alimentar aconteça da forma mais completa e respeitosa para o bebê.
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Como fazer a introdução alimentar?
Além da necessidade de mais nutrientes a partir do sexto mês de vida, o corpo do pequeno também já está mais preparado nesta fase para a mudança da sua alimentação. Por exemplo, ele já consegue sentar, sustentar a cabeça e o troco, além de ter mais reflexo para engolir (evitando o engasgo) bem como seu estômago mostra-se mais maduro.
O Ministério da Saúde ainda alerta que oferecer alimentos sólidos antes dos seis meses pode ser prejudicial para o pequeno. Segundo o “Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de Dois Anos”, a prática aumenta o risco da criança adoecer bem como tende a interferir na absorção de nutrientes importantes presentes no leite materno, como ferro e zinco.
Assim, com a chegada do sexto mês de vida do pequeno, deve-se priorizar alimentos in natura ou tidos como minimamente processados durante a introdução alimentar, como é o caso de vegetais e frutas. Dessa forma, aqueles que são classificados como processados e ultraprocessados não são indicados para a introdução alimentar do bebê.
Já na hora de ofertá-los, recomenda-se que a introdução alimentar comece com a comida amassada com o garfo. Depois, os alimentos devem ser picados em pequenos pedaços, raspados ou desfiados para que, então, se inicie o processo de mastigação. Portanto, eles não devem ser batidos no liquidificador, mixer e nem mesmo peneirados.
Por fim, saiba que não se deve incentivar a criança a comer usando celular, computadores, tablets ou até mesmo assistindo à televisão. Caso contrário, a prática pode fazer com que ela não preste atenção no que está comendo. Mais tarde, isso pode levar a problemas como perda do controle do mecanismo de fome e saciedade, além de ganho excessivo de peso.
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Os alimentos que devem ser incluídos na introdução alimentar
Frutas
As frutas são excelentes para a saúde do bebê. Elas são ricas em vitaminas, minerais bem como fibras e antioxidantes. Além disso, elas possuem grande quantidade de água, o que ajuda na hidratação do bebê. Assim, boas opções da categoria para a introdução alimentar do pequeno são:
Em suma, elas devem ser oferecidas amassadas, raspadas ou em pedaços pequenos conforme o desenvolvimento do bebê. Além disso, elas também podem ser cozidas ou assadas. No entanto, não se deve usar nenhum tipo de açúcar nestas preparações.
Alerta-se também sobre o consumo de frutas pequenas ou com caroços porque podem causar engasgo nas crianças. No caso da uva, por exemplo, deve-se retirar o caroço do alimento e dividi-lo em dois a quatro pedaços menores.
Ainda segundo orientações do Ministério da Saúde, o bebê não pode consumir suco de frutas até seu primeiro ano de vida. Já entre um e três anos, ele não deve beber mais de 120 mL por dia caso a bebida seja natural e sem adição de açúcar.
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Legumes e verduras
Assim como as frutas, os legumes e as verduras também são excelentes formas de apresentar os alimentos sólidos para o bebê. Eles são fontes de nutrientes importantes como vitaminas, minerais e fibras, que ajudam no funcionamento intestinal infantil. Algumas opções de legumes ideais para o consumo de bebês são:
Inicialmente, o bebê tende a ter mais dificuldade de consumir vegetais crus. No entanto, não há nenhuma contraindicação em ofertá-los após a higienização correta.
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Raízes e tubérculos
Esta categoria de alimentos é fonte principalmente de carboidratos. Em menores proporções, eles também têm fibras, vitaminas e minerais. Em suma, as opções a seguir podem ser cozidas ou preparadas em forma de purês, massas caseiras e farofas:
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Leguminosas
Ricas em proteínas, fibras, ferro, zinco e vitaminas do complexo B, as leguminosas podem ser oferecidas para o bebê desde os seis meses. Assim, as principais opções da categoria são:
A única orientação é que, para evitar gases, o feijão deve ficar de molho de oito a 12 horas antes de ser preparado.
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Cereais
Por fim, os grãos bem como cereais também podem fazer parte da introdução alimentar infantil. Isso porque eles são fontes de carboidratos, fibras, minerais e vitaminas, principalmente os que são integrais.
De acordo com o Ministério da Saúde, o milho de pipoca não deve fazer parte dos alimentos oferecidos para os pequenos antes dos dois anos. Nesse período, a criança pode vir a engasgar e sufocar com o grão.
Posteriormente, existe a possibilidade de introduzir as carnes, o leite e seus derivados na dieta infantil.
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Afinal, qual é quantidade ideal de alimento por faixa etária?
Ao mesmo tempo que os cuidadores precisam conhecer os alimentos recomendados durante a introdução alimentar, é importante que eles também saibam as orientações em relação a quantidade de comida que deve ser ofertada ao pequeno em cada faixa etária. Abaixo, veja as diretrizes de acordo com o guia alimentar do Ministério da Saúde:
- Seis meses: de duas a três colheres de sopa de comida no total;
- Entre sete e oito meses: de três a quatro colheres de sopa da comida no total;
- De nove a 11 meses: de quatro a cinco colheres de sopa de comida no total;
- Entre um e dois anos: de cinco a seis colheres de sopa de comida no total.
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Introdução alimentar: o que não deve fazer parte do processo
Ao contrário dos alimentos que devem fazer parte da introdução alimentar, há também aqueles que o consumo é pouco aconselhável. Em geral, é preferível evitar os alimentos industrializados em todo caso, mas principalmente quando trata-se da alimentação de bebês.
Sendo assim, qualquer alimento que possa conter açúcar e sal em excesso, conservantes, corantes ou adoçantes artificais não é recomendável. Portanto, os pequenos não devem comer e/ou beber: refrigerantes, fast food, comida congelada, café e bebidas com cafeína, salsicha e carnes similares, salgadinhos e doces.
“Papinhas” artificiais também não são recomendáveis. De acordo com o Ministério da Saúde, elas não são indicadas porque possuem uma textura que não incentiva a mastigação bem como todos os ingredientes estão misturados no mesmo pote. Logo, a criança não consegue perceber os diferentes sabores que estão sendo apresentados a ela.
Referências:
Biblioteca Virtual em Saúde – Ministério da Saúde