Dermatite: o que é, diferentes tipos, sintomas, causas e tratamento

Saúde
30 de Junho, 2022
Dermatite: o que é, diferentes tipos, sintomas, causas e tratamento

A dermatite é uma doença de pele que atinge diversas regiões do corpo. Ela pode trazer vários sintomas que causam bastante desconforto para o paciente, por exemplo: irritação, vermelhidão, descamação, coceira e formação de pequenas bolhas.

Um paciente pode desenvolver um dos seguintes tipos de dermatite abaixo:

  • Dermatite de contato;
  • Dermatite alérgica;
  • Dermatite atópica;
  • Dermatite seborreica;
  • Dermatite herpetiforme;
  • Dermatite ocre.

Carolina Pellegrini, dermatologista do Hospital Santa Catarina, explica que a atópica é a doença mais comum, principalmente entre as crianças.

“Não se sabe o motivo de ela estar entre os tipos mais comuns, mas entre as possibilidades, temos a combinação de pele seca e irritável com o mau funcionamento do sistema imunológico do corpo. Ainda, pode estar atrelada atreladas a asma e a rinite alérgica”, explica a profissional.

Então, a partir de agora, você conhecerá quais são as causas mais comuns da doença, os sintomas, os tratamentos, entre outros detalhes.

Leia também: Neurodermatite: o que é e como tratar a condição

Quais são as causas da dermatite?

Um paciente pode ser diagnosticado com a doença por vários motivos. Entre os mais comuns, encontram-se: alergias, efeitos colaterais de medicamentos, fatores genéticos e banhos quentes.

Além disso, os agentes externos também são responsáveis pelo diagnóstico. Nessa lista, é possível destacar: tecidos sintéticos, plantas, metais, produtos químicos, produtos de limpeza e cosméticos.

Contudo, é fundamental deixar claro que cada dermatite tem uma causa específica:

  • Dermatite de contato: o paciente sofre com irritação e/ou alergia quando um agente externo entra em contato com a pele, especialmente nas mãos ou na face;
  • Dermatite atópica: fatores genéticos, imunológicos e ambientais são responsáveis por aumentar o diagnóstico dessa doença em crianças;
  • Dermatite seborreica: não há uma causa definida. No entanto, a condição está relacionada a modificações nas glândulas sebáceas e a componentes imunológicos;
  • Dermatite herpetiforme: a causa não é definida. Contudo, a gravidade dos sinais está relacionada à intolerância ao glúten;
  • Dermatite ocre: ocorre em parte do corpo que contém distúrbio na circulação do sangue.

Diferenças entre dermatite moderada e grave

A dermatologista Carolina Pellegrini explica quais são as diferenças entre as dermatites moderada e grave. “Em geral, as moderadas são mais leves, menos sintomáticas e com menor nível de acometimento da pele. Por outro lado, as dermatites graves podem acometer uma área corporal maior e podem ser mais sintomáticas.”

Tipo mais grave

Ademais, Pellegrini destaca qual é o tipo mais grave entre as que foram mencionadas acima. “Entre os tipos de dermatites mais graves, está a esfoliativa. Ela atinge toda a superfície da pele, provocando assim rachaduras, escamas e vermelhidão. “A camada cutânea superior pode chegar a se soltar e está relacionada ao efeito colateral de alguns medicamentos ou como complicação de outro tipo de dermatite”, completa.

Influência da alimentação na dermatite

A nutricionista Rachel Oliveira, da Clínica Carvalho, explica que a alimentação também tem influência.

“A alimentação saudável e equilibrada tem bastante influência e participação no tratamento da dermatite. No entanto, não há nenhum alimento específico que leve à cura. A exclusão ou a considerável diminuição do consumo de alguns alimentos alergênicos (leite, glúten, aditivos alimentares, trigo, soja, frutos do marcamarão e ostra -, ovos, amendoim e carne de porco) que, normalmente, são responsáveis pelos sintomas, podem auxiliar bastante na melhora do quadro inflamatório”, destaca.

Dermatite em crianças

A dermatite também pode ocorrer em crianças, conforme explica Cristina Abud, alergologista da Rede de Hospitais São Camilo.

“A alergia à fralda seria uma dermatite (lesão avermelhada, áspera) em locais de contato com esse material. Isso ocorre devido à sensibilidade da pele da criança a alguma substância do produto (na grande maioria das vezes, o plástico).”

Como a dermatite de contato aparece em lactentes e crianças muito novas, é difícil a realização de testes nessa faixa etária. Dessa forma, orienta-se a troca da marca da fralda, trocas frequentes no dia a dia, além do tratamento com pomadas específicas para resolução.

“A dermatite inicia-se com lesões avermelhadas, pruriginosas, grosseiras e, muitas vezes, descamativas. Por isso, é importante o diagnóstico médico para fazer a diferenciação de outras doenças de peles que ocorrem nessa faixa etária”, completa.

Leia também: Dermatite atópica em crianças pode piorar desenvolvimento escolar

Quais são os sintomas da dermatite?

Os pacientes que são diagnosticados com a condição, em grande parte dos casos, apresentam os seguintes sintomas abaixo:

  • Vermelhidão na pele;
  • Coceiras;
  • Pequenas bolhas;
  • Descamação;
  • Ardência;
  • Queimação.

Leia também: Afinal, por que o estresse pode desencadear um quadro de dermatite?

Como funciona o tratamento?

É fundamental deixar claro que o tratamento é feito conforme a causa da dermatite. Contudo, em grande parte dos diagnósticos, o processo é direcionado para os sinais que geram desconfortos funcionais e estéticos. A recomendação de cremes hidratantes também é indicada para a prevenção.

De acordo com a nutricionista Rachel Oliveira da Clínica Carvalho, manter uma microbiota saudável (através de alimentos saudáveis e de nutrientes imunomoduladores) ajuda a melhorar os quadros.

A especialista ainda destaca outros alimentos que ajudam no tratamento:

  • Peixe: os ácidos graxos (ômega-3) encontrados em peixes como salmão, atum, sardinhas ou mesmo no marisco, possuem propriedades anti-inflamatórias que combatem os danos causados pela exposição prolongada ao sol;
  • Legumes e folhas verdes: são fontes de vitamina A, que combate o envelhecimento precoce, a formação de escamas e a desidratação. Ademais, são essenciais para a renovação celular e promovem o crescimento de nova pele. Espinafre e brócolis, por exemplo, são excelentes fontes de vitamina A e devem fazer parte do cardápio;
  • Citrinos: fontes de vitamina C, que é um antioxidante muito poderoso e que pode manter o colágeno na estrutura da pele, além de impedir a flacidez. Laranjas, mexericas, limões e limas são excelentes escolhas, principalmente, se forem consumidas em sua forma in natura, ou seja, de forma integral, incluindo a fibra do bagaço.

Fontes:

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