Dermatite seborreica no frio: dicas para combater

Beleza Bem-estar Saúde
14 de Junho, 2022
Dermatite seborreica no frio: dicas para combater

Enquanto existem pessoas que gostam, para outras, o frio é a pior estação do ano. Isso porque, durante essa época, alguns problemas de saúde tendem a piorar, como a dermatite seborreica, por exemplo. 

O que é dermatite seborreica?

A dermatite seborreica, mais conhecida como caspa, é caracterizada por uma inflamação crônica da pele gerando vermelhidão, prurido e descamação em algumas áreas da face e no couro cabeludo. Assim, pode ter origem genética ou ser desencadeada por agentes externos. Como por exemplo, alergias, situações de fadiga ou estresse emocional, álcool, medicamentos, excesso de oleosidade, presença do fungo Pityrosporum ovale e a baixa temperatura.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), 40% de toda a população já teve dermatite seborreica ou apresenta episódios em determinadas épocas, como no frio. “Neste período, o tempo de maturação celular diminui, aumentando a descamação. Além disso, a exposição ao sol acaba sendo menor, prejudicando o auxílio da radiação ultravioleta no combate à dermatite seborreica”, explica o Dr. Renato Pazzini, dermatologista pela USP, Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e Membro do Corpo Clínico dos Hospitais Albert Einstein e Oswaldo Cruz.

Dicas para combater a dermatite seborreica no frio

Para evitar o desconforto dos pontos brancos no couro cabeludo, que chegam a aparecer nas roupas, o especialista pontua 5 dicas para controlar a dermatite seborreica:

Não deixe de lavar a cabeça

O frio não dá o menor ânimo para lavar os cabelos, não é mesmo? No entanto, se você já tem propensão à descamação do couro cabeludo, precisa encarar o chuveiro, nem que seja em dias alternados. Dessa forma, com a cabeça lavada, você consegue manter a área higienizada e livre de fungos.

Leia também: Caspa: conheça as causas e tratamentos

Aposte no jeito certo de higienizar os cabelos

Para lavar os cabelos, é importante que a temperatura esteja morna. Segundo Renato Pazzini, a água quente estimula a oleosidade do couro cabeludo. Já o shampoo deve conter ativos como ácido salicílico, alcatrão, selênio, enxofre, zinco e antifúngicos (consulte o dermatologista). Portanto, aplique apenas na raiz, massageie bem o couro cabeludo, deixe agir por alguns minutos e enxágue bem para retirar todo o produto.

Em relação ao condicionador, evite passar na raiz, pois os resíduos dos produtos se acumulam no couro cabeludo, aumentando a oleosidade e as chances de piora da dermatite seborreica. Assim, o correto é passar o creme longe da raiz até as pontas.

Deixe a cabeça respirar para evitar a dermatite seborreica

Mesmo no frio, evite usar toucas, chapéus, bonés, lenços ou qualquer outro acessório que cubra a cabeça. “Isso aumenta a temperatura do couro cabeludo e, consequentemente, a produção de sebo”, diz Renato Pazzini.

 Não prenda o cabelo molhado

Prender o cabelo molhado, seja com coque, elástico ou fivela, dificulta a secagem, aumentando a umidade no couro cabeludo e favorecendo a dermatite seborreica.

Nunca durma com o cabelo molhado

Os fios úmidos e abafados tornam o travesseiro um ambiente favorável para a proliferação de fungos. Nesta situação específica, o fungo que surge com mais frequência é o Malassezia spp, que causa a descamação da derme e até a queda dos cabelos.

“Outros cuidados podem ajudar a controlar ou combater a dermatite seborreica, como retirar completamente o shampoo e o condicionador dos cabelos (para evitar resíduos), enxugar bem a cabeça, evitar o uso de roupas sintéticas (que costumam reter o suor) e, claro, rever conceitos como a alimentação e o estresse em excesso. Caso a dermatite seborreica persista ou piore, busque um dermatologista, que irá avaliar sua inflamação e indicar o tratamento adequado”, finaliza Renato Pazzini.

Fonte: Dr. Renato Pazzini, dermatologista pela USP, Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e Membro do Corpo Clínico dos Hospitais Albert Einstein e Oswaldo Cruz.

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