“Quero engravidar. O que fazer?”: especialistas respondem

Gravidez e maternidade Saúde
07 de Julho, 2022
“Quero engravidar. O que fazer?”: especialistas respondem

Decidir trilhar a jornada da maternidade, solo ou acompanhada, exige que as mulheres revisitem diferentes áreas da vida para que se tenha uma gestação mais saudável. Portanto, se você chegou no momento de se perguntar: “quero engravidar. O que fazer?”, conversamos com dois especialistas em ginecologia e obstetrícia para entender quais são os próximos passos para que o desejo de gestar se torne realidade. Confira!

1. Procure por um ginecologista e obstetra de confiança

Segundo o Dr. Nilo Frantz, ginecologista e obstetra, especialista em reprodução humana, o primeiro passo para que a mulher inicie as tentativas de engravidar é encontrar um profissional da área de ginecologia e obstetrícia para acompanhá-la durante essa trajetória.

Ele pode ser, por exemplo, o especialista em que ela já passava em consulta. Neste caso, só será necessário sinalizar o desejo de ter um bebê. No entanto, há quem precisará encontrar um novo médico. Para isso, é importante procurar por boas recomendações para se sentir ainda mais segura durante o processo. Vale pesquisar sobre o especialista na internet, pedir indicações de amigas e até mesmo ir em uma primeira consulta sem compromisso.  

Leia mais: Escolher obstetra: afinal, quais fatores levar em conta?

2. “Quero engravidar. E agora?”: é hora de colocar os exames em dia

Ao encontrar um especialista que esteja dentro do desejado, o planejamento da gravidez começa com os exames pré-concepcionais, de acordo com Dr. Alexandre Rossi, ginecologista e obstetra, responsável pelo ambulatório de Ginecologia Geral do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros. Assim, os principais são:

  • VDRL, para diagnosticar possível quadro de sífilis;
  • Teste de HIV;
  • Sorologias para hepatites, principalmente as B e C;
  • Sorologia para citomegalovírus (virose que se der na gravidez pode levar a má-formação fetal);
  • Exame para diagnosticar taxoplasmose;
  • Teste para verificar se a mãe não tem rubéola.

“Também é fundamental o exame anti-mulleriano, para entendermos a reserva ovariana dessa mulher e sabermos se será necessário a consulta com um especialista em reprodução humana. Do mesmo modo, não podemos esquecer que o homem também precisa passar por análises, como a do espermograma”, completa o Dr. Nilo.  

Leia mais: Primeiro trimestre de gravidez: sintomas, exames e cuidados

3. Atualize a carteirinha de vacinação

Em seguida, o especialista também irá checar a carteirinha de vacinação e atualizá-la caso seja necessário. Alexandre cita, por exemplo, a importância da imunização contra Covid-19 estar em dia bem como a da gripe.

Recomenda-se também que a tentante receba as vacinas contra as hepatites B e C e da rubéola, caso ela ainda não tenha sido imunizada contra a infecção viral contagiosa. Assim, ela deve ser feita três meses antes de engravidar, porque é contraindicado aplicá-la durante a gestação.

4. “Quero engravidar. E agora?”: evite bebidas alcóolicas e com cafeína

Já em relação aos hábitos alimentares, indica-se que a tentante suspenda o consumo de bebidas alcóolicas e com cafeína. “Em suma, elas contribuem para a “inflamação” do organismo e podem prejudicar os gametas femininos e masculinos, fundamentais para que a gravidez ocorra”, esclarece o Dr. Nilo.

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5. Reponha o ácido fólico

De acordo com o Dr. Alexandre, também é de suma importância que a tentante comece a consumir ácido fólico pelo menos três meses antes de engravidar. Ele é necessário principalmente na formação do tubo neural do bebê, estrutura embrionária que dará origem ao seu cérebro e à medula espinhal.

“Em outras palavras, ele é fundamental para o bom desenvolvimento dos órgãos infantis e ajuda até mesmo na prevenção de má-formações”, completa o médico.

Leia mais: Afinal, quais alimentos têm ácido fólico e para que ele serve?

6. Exercícios físicos precisam ser uma prioridade

Por fim, o período anterior a gravidez precisa caminhar junto com uma rotina de exercícios físicos. Afinal, eles ajudam na manutenção do peso, regulação hormonal, além do funcionamento de neurotransmissores. Em suma, tudo isso favorece a ovulação feminina e consequentemente aumenta as chances de gravidez. Também é importante que a tentante mantenha uma alimentação saudável e, para isso, pode ser necessário recorrer a uma nutricionista.

“A atividade física também deve ser mantida durante a gestação para evitar excesso de peso, hipertensão na gravidez e diabetes gestacional”, finaliza o Dr. Alexandre.

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Fontes: Dr. Nilo Frantz, ginecologista e obstetra, especialista em reprodução humana e Dr. Alexandre Rossi, ginecologista e obstetra, responsável pelo ambulatório de Ginecologia Geral do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros e médico colaborador de Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP.

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