Anti-mulleriano: entenda o exame e sua relação com a fertilidade feminina

Saúde
15 de Março, 2022
Anti-mulleriano: entenda o exame e sua relação com a fertilidade feminina

O hormônio anti-mulleriano é produzido pelas células do ovário, responsável por regular o crescimento e desenvolvimento dos folículos durante a vida reprodutiva. De acordo com a endocrinologista Claudia Chang, o exame tem a função de analisar a reserva ovariana da mulher, oferecendo, portanto, uma estimativa aproximada da quantidade de óvulos que ela possui.

Dessa forma, mulheres que estão tentando engravidar, normalmente têm grande potencial para realização do exame, bem como aquelas acima de 30 anos que não possuem filhos e preferem adiar a gravidez.

Leia mais: Envelhecimento de óvulos é revertido pela primeira vez

Como é feito o exame anti-mulleriano?

Primeiramente, o realizada uma coleta de sangue. Lembrando que o exame pode ser realizado em qualquer etapa do ciclo menstrual sem sofrer variações no resultado. Dessa forma, o anti-mulleriano dura, em média, 10 minutos para ser coletado. A periodicidade com que deve ser feito vai depender da avaliação e recomendação do médico.

“A dosagem do hormônio anti-mulleriano não deve ser feita rotineiramente. Deve-se solicitar sobretudo naquelas mulheres em que há necessidade de avaliação da capacidade reprodutiva (fertilidade)”, pondera. Vale ressaltar que normalmente o exame também é solicitado para quem precisa realizar um tratamento de fertilização in vitro (FIV) ou outro tratamento de reprodução assistida.

Relação com a fertilidade feminina

Como resultado, os níveis representados no exame podem demonstrar uma maior probabilidade de haver uma reserva ovariana adequada e, consequentemente, maiores chances de engravidar. De modo geral, a interpretação é feita da seguinte forma:

  • Mais de 4.0 ng/ml: níveis elevados
  • 1.5-4.0 ng/ml: níveis normais
  • 1.0-1.5 ng/ml: níveis normais-baixos
  • 0.5-1.5 ng/ml: níveis baixos
  • Menos de 0.5 ng/ml: níveis muito baixos

No entanto, os resultados devem ser interpretados pelo médico, de modo a levar em consideração fatores que podem interferir na reserva ovariana, como a idade da mulher e doenças. “Isso porque a dosagem é um valor que prediz mais a quantidade do que qualidade dos óvulos, ou seja, não quer dizer que a mulher que tenha os níveis elevados não possa ter alguma dificuldade para engravidar”, esclarece a médica.

Fonte: Dra. Claudia Chang, Pós-Doutora em endocrinologia e metabologia pela USP, Membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e Coordenadora e Professora da pós-graduação Endocrinologia ISMD.

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