Entenda os perigos do efeito sanfona, vivido pelo ator de “Stranger Things”

Saúde
25 de Julho, 2022
Entenda os perigos do efeito sanfona, vivido pelo ator de “Stranger Things”

Logo que o mês de julho chegou, os fãs de “Stranger Things” ficaram vidrados com a segunda parte da quarta temporada da série. Entre os atores que voltaram a ganhar destaque, principalmente pela entrega à produção, está David Harbour, quem dá vida à Jim Hopper, pai de Eleven. Para interpretá-lo, o artista eliminou 34 quilos (de 120 kg para 86 kg) com treinos intensos e alimentação regrada. No entanto, agora, David vive os perigos do efeito sanfona.

Isso porque depois de gravar a quarta temporada de “Stranger Things”, ele foi chamado para encenar um papai noel em um filme que estreia no fim de 2022. Assim, ele precisou engordar novamente. Todavia, com o anúncio da quinta parte da série, David está lutando para emagrecer mais uma vez.

Embora as transformações vividas pelo ator façam parte da sua trajetória como artista, o ato de ganhar e perder peso consecutivas vezes tende a ser prejudicial para a saúde diante de diferentes perspectivas.

Leia mais: Obesidade: o que é, tipos, tratamento e prevenção

Por que o efeito sanfona acontece?

Antes de entender as consequências do efeito sanfona, é preciso ter consciência do porquê ela ocorre. De acordo com a Associação Brasileira para o Estudo de Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO), ele acontece pela soma de dois fatores.

A pessoa costuma adotar métodos para emagrecer que são difíceis de serem mantidos a longo prazo, como dietas restritivas. Além de praticar exercícios físicos como se eles fossem uma punição e em uma quantidade que chega a causar esgotamento físico e mental.

Além da parte comportamental, o físico também influencia nessa ida e vinda do peso. Em suma, o organismo passa a ir contra a eliminação dos quilos com o intuito de estocar gordura e, consequentemente, energia. Isso ocorre devido ao instinto de sobrevivência presente no ser humano contra a escassez de comida.

“A reação de preservar nossa vida faz com que a fome aumente e o gasto de energia diminua. Assim, a pessoa tende a recuperar o que perdeu ou preservar o peso para se manter vivo”, explica o endocrinologista Thiago Fraga Napoli, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo – SBEM-SP.

Ainda de acordo com o especialista, essa dificuldade em perder o peso ocorre porque, caso a pessoa tenha engordado e permanecido no sobrepeso por um longo período, o hipotálamo grava esse valor no cérebro. Assim, quando o organismo tenta se regular no processo, ele costuma voltar para esse número alto.

Leia mais: Como perder peso de maneira saudável e evitar o efeito sanfona

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Os perigos do efeito sanfona

Com a consciência das causas do efeito sanfona, o próximo passo é entender quais são as consequências de ganhar e perder peso consecutivas vezes. A princípio, essa mudança na balança leva ao desiquilíbrio de hormônios como a insulina e leptina. Em suma, eles são importantes para o controle neural do comportamento alimentar.

Sabe-se também que o efeito sanfona faz com que a composição corporal piore. Em outras palavras, a pessoa tende a acumular massa gorda e perder a magra entre as idas e vindas dos quilos a mais. Esse processo, inclusive, faz com que a pessoa viva períodos de estímulos inflamatórios intermitentes quando há o consumo excessivo de calorias.

Assim, os riscos de problemas cardiovasculares são maiores. “Além disso, por se viver grandes períodos acima do peso, aumentam-se os riscos de carga de peso nas articulações, apneia do sono, hipertensão e diabetes”, destaca Dr. Thiago.

A saúde também pode ficar comprometida nesse movimento de altos e baixos, sendo gatilho para o surgimento de problemas psicológicos como ansiedade e depressão.

Leia mais: Efeito sanfona pode aumentar riscos de doenças cardíacas e diabetes

Como contornar os perigos do efeito sanfona?

Quando o organismo percebe a diminuição do estoque de energia no processo de emagrecimento, ele vai tentar reverter a situação. Assim, a primeira a orientação do endocrinologista, para contornar o efeito sanfona, é se alimentar corretamente para que a fome seja controlada.

Junto a isso, entra a prática de exercícios físicos para rebater o gasto de energia reduzido associada a musculação para garantir a massa muscular e continuar tendo o metabolismo. “Inclusive, se a pessoa perdeu peso e usou medicação, a tendência é mantê-la a longo prazo porque essa questão de reganho aparentemente é eterna”, completa Dr. Thiago.

Por fim, ele também reforça que a ida regular a um especialista faz parte do tratamento do efeito sanfona. “Quando se faz a consulta médica, a pessoa está renovando, para si mesmo, um voto de manutenção dos hábitos de vida”, destaca o especialista.

Leia mais: Como começar uma dieta?

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Fonte: Dr. Thiago Fraga Napoli, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo – SBEM-SP.

Referências:

Associação Brasileira para o Estudo de Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO)

Vigilantes do Peso

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