Dieta para labirintite: Alimentos que melhoram e pioram o quadro
O nosso labirinto é uma estrutura extremamente delicada e localizada na parte mais interna do ouvido. Ele é responsável pela audição e pela sensação de equilíbrio. Por isso, quando inflama, pode gerar quadros nada agradáveis de tonturas e náuseas. Mas você sabia que uma dieta equilibrada pode ajudar a aliviar a labirintite? Entenda melhor:
O que é a labirintite?
Labirintite é uma inflamação do labirinto, que pode ser causada por um vírus (como um resfriado ou uma simples gripe, por exemplo) ou uma bactéria (advinda de otites ou até meningites). Como essa estrutura é responsável por enviar estímulos sonoros ao cérebro (para que ele possa interpretá-los) e perceber os movimentos que fazemos com a cabeça e com o corpo, quando ela é prejudicada, pode começar a enviar sinais confusos.
Desse modo, é comum surgirem sintomas como tontura, náusea, sensação de movimento mesmo parado, desequilíbrios e quedas, zumbidos no ouvido e até perda de audição. Esses sinais podem começar de repente e durar minutos, horas ou dias.
Apesar de parecer comum, a labirintite na verdade é considerada rara, mas muitas vezes é confundida com outras doenças relacionadas à vertigem — segundo a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp). Ela acomete sobretudo pessoas acima dos 40 anos, com diabetes, que não realizam tratamento, pacientes com hipertensão e colesterol alto, tabagistas e usuários de álcool.
Durante uma crise, recomenda-se deitar (de lado geralmente é mais confortável), não fumar, evitar luzes fortes e procurar atendimento médico para o correto tratamento (que é feito com uso de medicamentos e mudanças no estilo de vida).
Leia também: Como manter o equilíbrio à medida que envelhecemos
Além disso, não é indicado ingerir alimentos como chocolate e café. Isso porque a alimentação tem tudo a ver com a melhora/piora do problema, sabia? Entenda melhor:
Dieta para labirintite: Alimentos que aliviam a condição
Geralmente, a melhor dieta para labirintite é rica em ingredientes anti-inflamatórios, que ajudam o corpo a combater o vírus/a bactéria e a desinflamar a região. Bons exemplos são aqueles fontes de ômega-3, por exemplo:
- Salmão;
- Atum;
- Sardinha;
- Sementes (chia, linhaça, gergelim, girassol e abóbora);
- Oleaginosas (castanhas, amendoim, amêndoas, nozes);
- Azeite de oliva extravirgem;
- Abacate.
Além disso, vale caprichar na ingestão de fibras e vitaminas (com frutas, verduras, legumes, cereais integrais, por exemplo), manter-se hidratado e fazer refeições a cada três ou quatro horas para evitar picos de glicemia (nível de açúcar no sangue).
Leia também: Alimentos que combatem a ansiedade: Veja algumas opções
Dieta para labirintite: Alimentos que pioram a condição
Por outro lado, itens pró-inflamatórios são considerados verdadeiros vilões. Portanto, evite:
- Açúcar refinado e doces;
- Farinhas brancas (pães, biscoitos, pizzas);
- Bebidas açucaradas (refrigerantes e sucos industrializados);
- Estimulantes (energéticos, café, chá verde, chá preto, chá mate e chimarrão);
- Frituras;
- Carnes embutidas (salsicha, linguiça, presunto, bacon, salame, mortadela, peito de peru);
- Bebidas alcoólicas.
Por fim, não esqueça de diminuir a ingestão de sal ou de alimentos ricos em sódio. Isso porque ele aumenta a pressão interna do ouvido, agravando a sensação de tontura.
Referência: Associação Americana de Fisioterapia, Seção de Neurologia; Labirintite; 2010. Disponível em: https://www.neuropt.org/docs/vsig-portuguese-pt-fact-sheets/labyrinthitis-labirintite.pdf?sfvrsn=7d0e6c21_2.