O diabetes é uma condição de saúde que causa o aumento do açúcar (glicose) no sangue, um quadro conhecido como hiperglicemia. Ele pode ser resultado de alterações na secreção ou na ação do hormônio insulina — produzido pelo pâncreas —, cujo papel é regular a chegada de glicose no organismo, fazendo dela um combustível para as mais diversas funções celulares. Já é sabido há muito tempo que pessoascom diabetes podem controlar melhor a condição se adotarem hábitos saudáveis (dieta balanceada e exercício físico, por exemplo).
Contudo, o recomendado é não tentar mudar o estilo de vida de repente e sozinho. O apoio profissional é essencial, tanto para montar um cardápio adequado, quanto para planejar os treinos. No último caso, o ideal é que você avise seu personal trainer sobre a condição. Desse modo, ele poderá apontar as melhores atividades. Saiba o que você precisa contar para ele:
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A alimentação é uma das principais maneiras de controlar e estabilizar o diabetes, assim como o exercício físico. “Cientificamente, ao treinar você faz com que seu corpo utilize a glicose como fonte de energia. Com isso, você nivela e organiza a glicemia, e é justamente isso que pessoas com diabetes precisam: controlar e dosar essa quantidade que tem no sangue. Então, o exercício potencializa exatamente o que o corpo tem dificuldade de fazer. Essa é a principal função da prática de atividade física para os pessoas com diabetes”, detalha Guilherme Micheski, educador físico.
Giulliano Esperança, personal trainer, concorda com a importância dos exercícios nesse cenário e ressalta: “pesosas com diabetes insulino-dependente até conseguem uma redução na dose da insulina, mas o manejo global da glicose não tem tanta melhora como no diabetes tipo 2. Entretanto, existem muitos outros benefícios potenciais dos exercícios regulares, incluindo redução nos fatores de risco de doença cardiovascular, aptidão física aumentada e bem-estar psicológico elevado”.
A prática de atividade física, no caso das pessoas com diabetes, requer atenção especial. Primeiro, vale checar com o médico as melhores opções para cada situação. Também é importante verificar o nível de glicemia sempre antes de se exercitar. Se estiver alterada, é melhor evitar o exercício e relatar quaisquer sintomas. “Qualquer percepção de queda de pressão, enjoo, mal-estar e indisposição requer o dobro de atenção em pessoas com diabetes e precisam ser levados em consideração”, alerta Guilherme.
De acordo com Giulliano, é interessante ainda realizar exames preventivos, manter hábitos saudáveis, ter boas noites de sono, estar hidratado e atento aos sinais de alteração glicêmica. “Pessoas com diabetes insulino-dependente tem como principal risco, segundo a Associação Americana de Diabetes, a hipoglicemia, porque as variáveis — como aptidão física, duração e intensidade do exercício e o momento que for realizar o treino em relação ao momento da administração da insulina e das refeições — afetarão a resposta metabólica. Um programa seguro, para evitar a hipoglicemia, deve adotar um padrão regular de treino e alimentação, com mensurações frequentes da glicemia”, acrescenta.
Com relação à frequência e intensidade ideais, quando o diabetes está controlado, é possível seguir com um plano normal, sendo o único ponto de observação a medição da glicemia antes do treino. “Não é sobre intensidade, mas sobre consistência, progresso e controle. Treinar de cinco a seis dias por semana com intensidade moderada é altamente recomendado”, diz Giulliano.
Outra dica é comer algo leve antes de qualquer atividade física, bem como estudar as reações do próprio corpo para que, durante a prática, não ocorra um mal-estar.
“O exercício é um treino para o corpo, então ele não pode ser muito fora do normal, mas também não pode ser muito confortável. No caso das pessoas com diabetes, isso não sai da regra — o exercício tem que tirá-los da zona de conforto, no entanto, é preciso saber qual é essa zona de conforto e qual é o limite interessante, se atentando ao que ele já sentiu praticando atividades físicas”, afirma Guilherme.
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Quem tem diabetes precisa, antes de iniciar qualquer modalidade de exercício, conversar com o instrutor e contar sobre sua condição. Ao treinar com um personal trainer, por exemplo, existem algumas informações relevantes que você deve compartilhar.
A seguir, confira uma lista elaborada por Guilherme e Giulliano e saiba o que dizer ao profissional que vai te acompanhar.
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Fontes: Guilherme Micheski, profissional de educação físico de uma das academias parceiras da TotalPass; e Giulliano Esperança, personal trainer e diretor técnico da Sociedade Brasileira de Personal Trainers.