Jejum intermitente ou dieta com restrição de calorias?
Muitos são os planos existentes para a perda de peso. Cada um prioriza uma estratégia diferente, e todos funcionam melhor se forem pensados levando em conta as particularidades de cada pessoa. Diante de tantas opções, então, é comum surgir a dúvida: jejum intermitente ou dieta com restrição de calorias?
Jejum intermitente ou dieta com restrição calórica: diferenças?
Primeiramente, vamos entender as diferenças entre os dois. O jejum intermitente, apesar de muito conhecido, não é uma dieta, mas sim uma estratégia alimentar. Nele, você alterna períodos sem comer e períodos de alimentação. Por exemplo: ir jantar mais cedo e, no dia seguinte, pular o café da manhã — fazendo a primeira refeição do dia apenas no almoço.
Existem muitos tipos de jejum intermitente:
- O primeiro – e o mais adotado – é o de 12 horas;
- O segundo é de 16 horas seguidas sem alimentação e, nas 8 horas restantes do dia, acontece o que chamamos de janela alimentar, que é o período de refeições;
- O jejum de 18 horas;
- Jejum de 24 horas: apenas uma refeição no dia, e a próxima alimentação deve ser feita apenas no mesmo horário do dia seguinte.
Já uma dieta com restrição energética (ou calórica) nada mais é do que a adoção de um cardápio com menos calorias do que você costuma comer no dia (geralmente, menos 300 a 500 calorias diariamente). A ideia, aqui, é não fazer jejum (ou seja, comer de tempos em tempos), mas diminuir as quantidades e fazer trocas mais inteligentes.
Existem diferentes metodologias que priorizam a restrição calórica para emagrecer:
- Dieta low carb: redução de carboidratos e foco em proteínas e gorduras boas;
- Keto: diminuição ainda mais drástica de carboidratos;
- Dieta detox: eliminação de alimentos industrializados, alergênicos e inflamatórios do cardápio a fim de potencializar a expulsão de toxinas pelo corpo.
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Déficit calórico
A verdade é que tanto o jejum intermitente quanto a dieta com restrição de calorias podem levar à perda de peso. Contudo, para que os dois funcionem, é preciso que ocorra o déficit calórico: ou seja, gastar mais calorias do que consumir todos os dias. Desse modo, o corpo precisa encontrar fontes de energia para se manter funcionando, e acaba apostando na gordura como combustível.
No caso do jejum intermitente, o déficit ocorre porque ao passar mais de dez horas sem alimentação, você come menos. Assim, você diminui as calorias do dia, ficando com um saldo “negativo” na balança.
Mas é claro que existem algumas ressalvas. De nada adianta, por exemplo, fazer o jejum e atacar doces, massas e itens nada saudáveis durante a janela alimentar — isso atrapalha o emagrecimento e pode gerar problemas no estômago.
Da mesma forma, uma dieta com restrição de calorias também provoca o déficit calórico — e pode ser potencializada se você praticar exercícios físicos com frequência.
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Jejum intermitente ou dieta: qual é o melhor para emagrecer?
Já deu para perceber que, se feitos corretamente, os dois geram a perda de peso, não é mesmo? Então, qual escolher?
Uma pesquisa publicada na revista Science Translational Medicine, realizada por uma equipe de fisiologistas da Universidade de Bath, tentou desvendar essa questão. Para isso, os pesquisadores dividiram 36 voluntários saudáveis em três grupos:
- O primeiro praticou o jejum intermitente em dias alternados, e durante a janela, comeu 50% a mais do que o normal;
- O segundo, por outro lado, reduziu as calorias em todas as refeições diárias em 25%, mas não fez jejum;
- O último praticou o jejum intermitente em dias alternados, e durante a janela, comeu 100% a mais do que o normal.
Como resultado, os cientistas perceberam que as pessoas do grupo dois (restrição calórica) foram as que mais haviam perdido peso. Contudo, também houve um emagrecimento nos outros dois grupos. Ou seja, a melhor escolha talvez seja aquela com a qual você consegue se adaptar! É valido, então, procurar um especialista, que vai te ajudar a entender qual dos dois é ideal.