IMC: o que é, como calcular e tabela de resultados

Alimentação Bem-estar
19 de Maio, 2022
IMC: o que é, como calcular e tabela de resultados

Você sabe o que é o IMC? Seja por razões estéticas ou de saúde, todo mundo quer estar de bem com o peso do corpo. Mas, poucas pessoas sabem exatamente qual é o peso ideal para determinada altura.

Criado no século 19 pelo matemático Lambert Quételet, o Índice de Massa Corporal, conhecido pela sigla IMC, é um cálculo simples que permite medir se alguém está ou não com o peso ideal. Assim, essa é uma das medidas mais utilizadas para definir se uma pessoa está excessivamente magra, saudável ou muito gorda. Ou seja, basta dividir o peso, em quilos, pelo valor da altura, em metros, ao quadrado. 

Por exemplo, se uma pessoa tem 1,70m de altura e pesa 56 kg, a conta fica assim:

Descubra o seu IMC aqui:

O resultado dessa fórmula matemática poderá indicar, por exemplo, se você está com peso adequado, se apresenta magreza, sobrepeso ou obesidade. Mas, segundo o Ministério da Saúde, o resultado do IMC deve ser interpretado de acordo com a tabela abaixo:

Menor que 16 – Magreza grave;

16 a menor que 17 – Magreza moderada;

17 a menor que 18,5 – Magreza leve;

18,5 a menor que 25 – Saudável;

25 a menor que 30 – Sobrepeso;

30 a menor que 35Obesidade Grau I;

35 a menor que 40 – Obesidade Grau II (considerada severa);

Maior que 40 – Obesidade Grau III (considerada mórbida).

IMC Magreza grave

A magreza grave (IMC abaixo de 16) é uma condição que pode ser causada por desnutrição severa. Assim, consulte um médico, pois este peso é uma ameaça à saúde.

Magreza moderada

Condições hormonais, como o hipertireoidismo, podem afetar o peso de uma pessoa, além de parasitas ou simplesmente uma dieta com poucas calorias diárias. Nesse sentido, você pode consultar um médico para ter certeza de que não tem nada de errado.

Magreza leve

Pode ter algumas consequências, mas no geral não é preocupante. Logo, um IMC acima de 17 não fica muito longe do saudável.

IMC Saudável

Essa classificação garante um risco menor para diversas doenças que variam de anemia a infarto. Estar nessa classificação é estar no peso ideal para seu corpo, mas é bom lembrar de verificar a circunferência da cintura em busca de excesso de gordura.

Mas, para mulheres, a cintura deve ter até 80 cm. Para homens, até 94 cm. Por outro lado, a cintura deve ser medida logo abaixo das costelas.

IMC Sobrepeso

O sobrepeso pode causar alguns problemas de circulação no corpo, além de fadiga. Mas assim como a magreza leve, se o IMC estiver pouco acima de 25, não é preocupante. Ou seja, uma dieta com um pouco menos de calorias ou um pouco mais de exercícios na rotina pode resolver a situação.

Obesidade grau I

Acima do IMC 30 a pessoa é considerada obesa, o que por si só já é uma doença. Graças ao peso, o risco para diversas condições aumenta consideravelmente. Um médico pode indicar um meio ideal para a regulação do peso.

Obesidade grau II

Estar com obesidade grau II é ter riscos elevados de diabetes, hipertensão, além de câncer e infarto. Procure um médico para lidar com a situação.

IMC Obesidade grau III

Chamada de obesidade mórbida, esta condição representa sérios riscos à saúde. Procure ajuda médica.

IMC dos idosos

A perda muscular inerente ao envelhecimento também não é levada em conta pela calculadora de IMC padrão. Neste caso, vale usar a mesma fórmula para pessoas acima de 65 anos, mas a classificação deve ser a seguinte:

Magreza: abaixo de 22

Normal: de 22 a 27

Excesso de peso: acima de 27

IMC em grávidas

Durante a gravidez, o corpo da mulher muda bastante. Contudo, isso não impede com que o IMC seja calculado. Para as gestantes, a forma de identificar o índice segue a mesma. Assim, o que irá fazer diferença é a maneira de interpretação dos valores. Por exemplo, o que seria considerado como saudável pode variar de acordo com os meses da gestação.

Mas, com o resultado do IMC em mãos, o que fazer? 

Cada pessoa tem um tipo de corpo diferente. Importante saber que o IMC serve apenas como um instrumento métrico que procura, de uma maneira geral e bem ampla, interpretar a forma corpórea das pessoas. Com a análise deste e de outros parâmetros em conjunto, como outras métricas corpóreas (a circunferência abdominal, por exemplo) a avaliação médica e os exames laboratoriais, facilita-se a tomada de uma decisão importante – e difícil – no sentido de perder ou de ganhar peso.

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“Deve-se levar em conta também outros fatores na quantificação de gordura, como as diferenças estruturais entre homens e mulheres, a anatomia do quadril, que nem sempre diz respeito a diferenças na quantidade de gordura. Inclusive, a circunferência do quadril sofre pouca modificação durante um tratamento de redução do peso, fato que torna o IAC insuficiente no seguimento terapêutico”, explica Dr. Luciano Giacaglia, endocrinologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

O IMC não leva em consideração a composição corporal. Assim, pessoas consideradas magras, mas que carregam muito músculo (e pouca gordura) no corpo podem ter um índice mais elevado – e que não reflete necessariamente o seu estado de saúde.

O professor Naveed Sattar, do Instituto de Ciências Médicas e Cardiovasculares da Universidade de Glasgow, na Escócia, diz que é provável, contudo, que essa seja a situação de menos de 1% dos indivíduos.

As diferentes especialidades envolvidas na avaliação do IMC

Endocrinologista: é quem vai determinar o diagnóstico e intervir com medicamentos caso for necessário. As consultas dessa especialidade deve acontecer junto com as demais.

Nutrólogo: o nutrólogo também consegue avaliar o IMC. Ele irá preparar um cardápio adequado para o tipo necessário de cada paciente.

Nutricionista: por fim, a nutricionista também pode avaliar o IMC. Além disso, ela também pode elaborar cardápios e dietas específicas de acordo com a necessidade da pessoa.

IMC: Qual é a importância de estar no peso ideal?

De acordo com o Mapa da Obesidade e a VIGITEL 2019, 55,5% da população brasileira está com excesso de peso. Além disso, 19,8% está com o IMC indicando obesidade. Outros dados da Pesquisa Nacional de Saúde 2019, do IBGE, também mostram que na população feminina, a obesidade subiu de 14,5% para 30,2%. Já a masculina saltou de 9,6% para 22,8%.

Manter o peso ideal vai muito além da estética. Assim, com tudo equilibrado, ajuda a diminuir as possíveis doenças crônicas, gera muito mais disposição, melhora o funcionamento dos aparelhos respiratórios e as atividades sexuais, e, por fim, a qualidade do sono.

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Por que o IMC não é perfeito

Alguns pontos cruciais são esquecidos na hora da conta. Por exemplo:

Massa óssea

Pessoas com osteoporose têm os ossos frágeis – ou seja, são mais leves. Isso influencia no peso corporal e, consequentemente, no cálculo.

Tipo de gordura

Por ser profunda, a gordura visceral oferece mais riscos do que a subcutânea, localizada logo abaixo da pele. O IMC não faz essa distinção.

Musculatura

Músculos pesam. Então, olhe a ironia: o excesso de peso apontado no IMC pode ser resultado do tempo dedicado à malhação. Um ponto importante a ser considerado é que o IMC não avalia se o peso está ligado ao tecido muscular ou adiposo. Sendo assim, uma pessoa saudável, com grande quantidade de massa muscular pode acabar tendo o resultado de obesidade.

Sexo

O índice despreza diferenças físicas entre homens e mulheres. Portanto, isso abala a conta, afinal, eles tendem a ser mais altos e musculosos do que elas.

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Meu IMC não está saudável. O que fazer? 

Não existe fórmula mágica: combinar dieta e atividade física é a maneira mais eficaz de evitar o sobrepeso e a obesidade. Mas, não adianta mudar de uma hora para outra. Ou seja, é importante fazer de maneira gradual e com um cardápio saudável e variada.

IMC: perder peso com saúde

Para perder peso com saúde o indicado é aprender a se alimentar melhor. Nesse sentido, nada de restringir a alimentação por si, escolhendo sopas, shakes ou chás milagrosos. Sendo assim, nada de ficar comendo apenas proteínas e limitar os carboidratos.

Pensa só, você não vai viver a vida inteira consumindo apena shakes, sopas para emagrecer ou só comendo proteína. Não, dessa forma, você vai voltar a comer da mesma forma de antes, mantendo os mesmos hábitos que a levaram a engordar.

Você precisa ter consciência das escolhas mais saudáveis para emagrecer gradativamente e com saúde. Então, ao chegar em sua medida ideal, você será capaz de se manter no peso dos sonhos. Aprender a comer melhor é a maneira mais eficiente de perder peso com saúde e mantê-lo pela vida inteira. Por isso, confira algumas dicas para emagrecer rápido e secar a barriga:

Aposte em alimentos que queimam a gordura

Alguns alimentos ajudam a emagrecer porque estimulam a queima de gordura. O chá de hibisco, lichia, farinha de amora estão entre eles.

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Coma alimentos que desincham

Alimentos ricos em ômega 3 (salmão, atum, sardinha, arenque, cavala, linhaça, castanhas) contribuem para o emagrecimento por suas ações anti-inflamatórias.

Aumente a saciedade

Alimentos ricos em fibras proporcionam maior saciedade, logo a fome demora mais a aparecer, ajudando o emagrecimento. As principais fontes de fibras são: frutas e cereais integrais, como arroz, trigo, centeio, cevada e a aveia. As leguminosas, como feijões, lentilha, grão-de-bico e ervilha. Por fim, as sementes, como a chia, linhaça e semente de abóbora, também tem fibras.

Consuma alimentos que aceleram o metabolismo

Os alimentos com ação termogênica estimulam a maior queima de calorias e ajudam na perda de peso. Os principais termogênicos são: pimenta, chá verde, canela, gengibre e café.

Invista em um prato equilibrado e variado

Uma alimentação saudável pede equilíbrio de nutrientes e variedade de alimentos. Para emagrecer, vale investir em frutas, legumes e verduras. Não se esqueça de completar o menu com diferentes tipos de carnes, cereais, leguminosas (feijão, lentilha), leites e derivados, grupos alimentares essenciais para a alimentação diária.

Pratique exercícios

A Organização Mundial de Saúde recomenda praticar ao menos 150 minutos de exercícios moderados por semana para uma pessoa ser considerada ativa. Ou seja, praticando uma hora de exercício em três dias na semana (180 minutos), você já ultrapassa essa meta. Assim, para queimar gordura e emagrecer é importante investir em atividades aeróbicas como: caminhadas, corridas, bicicleta, dança, natação, etc.

IMC: diminua o consumo de sódio e açúcar

Os produtos industrializados são as principais fontes de sódio, mineral que, em excesso no organismo, aumenta o risco de hipertensão e a retenção de líquido. Já o açúcar consumido em excesso se transforma em acúmulo de gordura, principalmente na região da barriga. Alimentos fontes de carboidratos simples são ricos em açúcar. Entre eles estão: açúcar de adição, refrigerantes, doces e os que contam com muita farinha branca, como pães, massas e bolos.

Beba uma média de dois litros de água por dia

Consumir os líquidos certos contribui e muito para emagrecer de forma saudável. Ou seja, a recomendação é ingerir entre 30 a 35 ml por kg de peso corporal de líquidos, portanto, uma média de 2 litros por dia.

Beba chá

Por fim, bebidas como o chá verde, chá de gengibre, de casca de laranja, de limão, de mexerica ou de jabutica tem alto teor de fitoquímicos que previnem doenças, aumentam a perda de gordura e o ganho de massa magra. Assim, eles também ajudam a silenciar os genes envolvidos com o ganho de peso.

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