Engravidar após a menopausa é possível? Especialista esclarece

Gravidez e maternidade Saúde
22 de Fevereiro, 2022
Engravidar após a menopausa é possível? Especialista esclarece

A menopausa é um processo natural do corpo feminino em que ocorre uma queda dos hormônios responsáveis pela menstruação e gravidez (estrogênio e progesterona). Mas será que é possível engravidar após a menopausa?

De acordo com o Ministério da Saúde, mulheres com mais de 35 anos são consideradas gestantes de alto risco. Porém, com a tecnologia de congelamento de óvulos essa chance de engravidar no futuro, até os 50 anos, se torna possível. Confira a explicação da especialista.

Congelamento de óvulos possibilita engravidar após a menopausa

Para a medicina, existe uma idade ideal para congelar óvulos: até os 35 anos. Essa idade pode variar de acordo com componentes genéticos e ambientais. Assim, o congelamento pode ser a partir da menstruação, ou seja, em fases pré-puberais, ou pode se o congelar tecido ovariano, afirma a Dra. Hitomi Nakagawa, ginecologista.

Outro extremo, de acordo com a médica, é se a mulher decide congelar os óvulos com 39 anos, pois as probabilidades de se ter um bebê vai depender da sua reserva ovariana e de sua saúde. “É possível ser mãe após os 35 anos, tanto de forma natural, quanto por meio de tratamento, a depender do contexto de saúde reprodutiva dessa mulher, como a reserva de óvulos adequada”, completa a especialista.

Como funciona o congelamento de óvulos

As mulheres nascem com uma reserva de óvulos limitada. Dessa forma, possuelm, geralmente, de 200 a 500 ovulações durante a vida reprodutiva. Se os óvulos não forem utilizados, eles vão degenerando, por lotes, a cada ciclo menstrual. Por isso, quando se chega ao final da vida reprodutiva, com o comprometimento da quantidade e qualidade dos gametas femininos, ocorre a menopausa. Essa perda é progressiva, inexorável e irreversível. Daí a importância de entender os riscos de se postergar indefinidamente a gestação, sem se preocupar com o avanço da idade.

A ginecologista analisa que, atualmente, as pessoas aceitam melhor as técnicas de reprodução assistida. Antigamente, o assunto provocava temor e apreensão nas pacientes, que chegavam a chorar nos consultórios com medo de ser essa a indicação de tratamento para engravidar após a menopausa. “Em relação ao perfil das mulheres, observamos que ainda é marcado por uma população com idade entre 36 e 38 anos – média de idade alta em termos reprodutivos”, explica.

Isso reflete no resultado dos procedimentos, uma vez que a qualidade dos óvulos nessa faixa etária já pode estar mais comprometida em algumas mulheres.

Os riscos de engravidar após a menopausa

O tratamento de congelamento de óculos não é impossível, mas tem maior risco de abortamento e a chance de engravidar por transferência demora mais. Porém, quando a paciente tem indicação e faz a biópsia embrionária, ou seja, transferir um embrião sabidamente sem alterações dos cromossomos, pode propiciar resultados equivalentes aos de populações mais jovens.

“Por esses motivos é que, se a mulher deseja ter um filho no futuro, deve se preocupar com a sua reserva ovariana. Nesse sentido, é comum vermos muitas pessoas procurando viver uma vida saudável que inclui: desde ir à academia, comer bem, ter sono adequado, etc. Vale lembrar que a saúde geral é importante mesmo que não adie a perda de folículos ovarianos”, completa a especialista.

Leia mais: Sim, é possível engravidar na pré-menopausa. Entenda

Fonte: Dra. Hitomi Nakagawa, ginecologista da Associação Brasileira de Reprodução Assistida.

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