Monkeypox em animais de estimação: cuidados que se deve ter com pets
Ainda que o Brasil tenha sido eleito como o terceiro país com mais casos de varíola dos macacos, a primeira notificação da monkeypox em animais de estimação só aconteceu na última terça-feira (23). A situação aconteceu em Juiz de Fora e, assim, foi confirmada pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).
O quadro trata-se de um cachorro, de apenas cinco meses, que conviveu com um caso humano confirmado de monkeypox. O animal de estimação começou a apresentar sintomas da varíola dos macacos no dia 13 de agosto. Dessa forma, constatou-se a doença por meio de um teste realizado com uma amostra do cão.
A seguir, veja as principais orientações em relação a enfermidade em bichos domésticos!
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Sintomas da monkeypox em animais de estimação
Assim como aconteceu com o caso confirmado deste cachorro, a varíola dos macacos causa sintomas como coceira e lesões cutâneas. Normalmente, elas se parecem com espinhas e/ou bolhas. Além disso, o bicho de estimação tende a ter:
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Como se dá transmissão da doença entre humanos e animais?
Até o momento, o Brasil não possuía nenhuma notificação de passagem de monkeypox para animais de estimação. No entanto, a partir do caso citado, começou-se a estudá-la. Inclusive, mundialmente, suspeita-se de dois casos assim: um nos Estados Unidos e outro no Reino Unido. Mas, mais uma vez, ressaltamos que não há plena certeza sobre essa forma de propagação da doença.
Dessa forma, de acordo com o Ministério da Saúde, presumi-se que essa transmissão normalmente ocorre por meio do contato próximo com lesões, fluidos corporais e gotículas respiratórias de pessoas ou animais infectados. Assim, a passagem da doença pode acontecer desde o início dos sintomas da doença bem como até que as feridas cutâneas tenham se curado totalmente.
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Monkeypox em animais de estimação: os principais cuidados
Ainda de acordo com o órgão federal, caso o pet tenha tido contato com um caso positivo de monkeypox e suspeita-se da doença, ele precisa ser cuidado cautelosamente – logo, não se deve abandoná-lo. Inclusive, a eutanásia não é recomendada para conter uma posição exposição do animal à varíola dos macacos.
Além disso, o Ministério da Saúde orienta a:
- Não colocar máscara no animal de estimação;
- Não limpar ou banhar o pet com desinfetantes químicos, como álcool 70%, lenços de limpeza, produtos industriais ou de superfícies;
- Não utilizar tratamentos medicamentosos sem antes o bicho de estimação passar por uma consulta veterinária;
- Não deixar que ele lamba as erupções cutâneas ou mucosas. Para isso, recomenda-se a utilização de colar pós-operatório.
Diante das feridas cutâneas, o tutor deve higienizá-las com soro fisiológico e secá-las corretamente para evitar possíveis infecções.
Em suma, os animais de estimação contaminados devem ficar separados de outros possíveis pets por pelo menos 21 dias ou até que estejam completamente curados. Além disso, deve-se evitar o contato deles com pessoas imunossuprimidas, grávidas, pessoas com filhos menores de oito anos ou que tenham dermatite atópica assim como eczema.
“Eles podem estar em risco aumentado de desfechos graves da doença. Logo, estes não devem prestar cuidados a animais doentes”, orienta o MS.
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Como cuidar de um animal contaminado com monkeypox?
Para manejar um bichinho de estimação com suspeita de varíola dos macacos, recomenda-se que o tutor use equipamentos de proteção individual, como avental, óculos, luvas e máscaras cirúrgicas/N95. Além disso, sempre que possível, deve-se utilizar camisetas de manga longa bem como calças para manter a pele protegida. Depois de interagir com o animal, deve-se lavar as mãos.
“Todos os resíduos, incluindo resíduos médicos, precisam ser descartados de maneira segura e não acessíveis a roedores e outros animais”, reitera o órgão federal.
Referências: