É possível misturar mais de um tipo de carboidrato no prato?

Alimentação Bem-estar
19 de Julho, 2022
É possível misturar mais de um tipo de carboidrato no prato?

O carboidrato é um macronutriente essencial para nós. Seu principal papel é garantir energia para o corpo, funcionando como a primeira fonte de combustível do organismo — isso porque é de rápida absorção. Desse modo, devemos incluí-lo em nossas refeições. Mas será que podemos misturar diferentes carboidratos no prato, ou devemos escolher apenas um?

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Podemos misturar carboidratos no prato?

Você deve conhecer alguém (ou até mesmo é a pessoa) que ama um arroz com macarrão, ou então não abre mão de um arroz com farofa e batatinhas assadas. Todos esses alimentos são fontes de carboidratos, o que faz muita gente pensar que as combinações engordam. Mas será que é verdade?

De acordo com a nutricionista Inarí Ciccone, a resposta depende de algumas variáveis. A primeira delas tem a ver com a quantidade de energia (isto é, carboidratos) que seu corpo precisa por dia.

Esse número é muito diferente de pessoa para pessoa, uma vez que envolve biotipo, sexo, idade, prática de atividade física (ou não) e outras possíveis doenças existentes. “Se a pessoa faz exercícios intensos ao final do dia (ou se sua profissão exige muita energia), por exemplo, pode ser indicado ter duas fontes de carboidrato no almoço”, explica a especialista.

Outra variável muito importante é o tipo de carboidrato que você decide misturar. Se as fontes forem refinadas (como arroz, macarrão e pão brancos, bolachas e biscoitos) e/ou preparadas com excesso de gordura (como frituras), as chances de você extrapolar nas calorias diárias são muito maiores. Assim, há a possibilidade de ganho de peso em excesso — bem como a piora de alguns indicadores de saúde (colesterol e triglicérides).

Por fim, a última questão importante tem a ver com a composição geral do seu prato. Ele precisa conter outros nutrientes além do carboidrato, que também são essenciais para o corpo e ajudam a aumentar a saciedade. Bons exemplos são proteínas, fibras e gorduras boas. Afinal, uma refeição com arroz, batata, frango e salada é muito melhor que apenas macarrão e batata no prato, não é mesmo?

Como fazer isso dentro de uma refeição equilibrada?

“A combinação é mais determinante do que o alimento de forma isolada”, diz Inarí Ciccone, que dá as dicas:

  • Prefira os carboidratos integrais, ricos em fibras e livres de aditivos químicos: arroz integral, batata-doce, macarrão integral e outros cereais integrais;
  • Legumes pobres em amido também representam boas opções: abóbora ou mandioquinha, por exemplo;
  • Não exagere na quantidade: ela deve estar de acordo com o seu gasto energético;
  • Não dispense as proteínas magras: frango sem pele, alcatra e tilápia;
  • Escolha também vegetais ricos em vitaminas e minerais, mas pobres em calorias: brócolis, abobrinha, cenoura e tomate.

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Fonte: Inarí Ciccone, nutricionista e especialista em Obesidade e Emagrecimento pela UNIFESP e mestre em Ciências da Saúde com ênfase em reprodução humana pela FMUSP.

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Sobre o autor

Amanda Panteri
Jornalista e repórter da RD Saúde. Especialista em alimentação saudável.

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