Comer fora ou levar marmita: qual a melhor opção para emagrecer?
Após muito tempo de trabalho remoto, muitas empresas estão retornando ao modelo presencial (ou híbrido). Com isso, vem aquela dúvida sobre o que consumir na hora do almoço: comer fora ou levar marmita? E para quem tem o objetivo de perder peso, a dúvida se torna maior.
De acordo com a nutricionista e supervisora de estágio da Clínica-Escola de Nutrição da Universidade Cruzeiro do Sul, Leilane Giglio de Abreu, a marmita é a melhor opção em todos os dias de locomoção ao escritório! Por isso, entenda melhor:
Comer fora ou levar marmita?
“Ao levar marmitas para o trabalho, o colaborador consegue se planejar e programar quais serão os alimentos escolhidos para o dia, evitando, assim, o consumo em estabelecimentos que podem favorecer escolhas mais calóricas e menos saudáveis. Dessa maneira, ele pode optar por opções mais naturais e menos ultraprocessadas, e assim se assegurar de pratos mais saudáveis com fibras, vitaminas, minerais, proteínas, gorduras benéficas, entre outros”, explica Leilane.
A professora Dra Katia C Andrade, docente do curso de Nutrição da Universidade Cruzeiro do Sul, ressalta que para o trabalhador levar uma marmita saudável todos os dias, o primeiro passo, então, é verificar o que tem disponível no trabalho, como geladeiras e micro-ondas.
Em seguida, é preciso pensar onde e como serão armazenados e transportados os alimentos. “Também é importante adquirir uma bolsa térmica, potes e recipientes adequados (de preferência de vidro ou plástico livre de BPA), às vezes até com divisórias, pois serão fundamentais para a organização”, afirma.
Katia orienta, ainda, ir ao mercado com antecedência. Em relação à forma de preparo, vale evitar receitas que usem ovo cru ou leite, já que são mais perecíveis e podem estragar. “Frituras também não são indicadas, pois sofrem alterações de textura e crocância”, salienta.
Leia também: Como o álcool e o sono ruim atrapalham a perda de peso
Quanto tempo duram os alimentos na geladeira?
Leilane explica que quando a marmita é conservada de forma adequada, haverá menor risco de os alimentos mudarem o sabor, o aroma ou estragarem. Portanto, alguns cuidados na hora de prepará-los são fundamentais. O arroz e feijão podem durar cerca de cinco dias na geladeira; carnes vermelhas e brancas, por outro lado, costumam durar dois ou três; já saladas e verduras duram aproximadamente uma semana.
“É aconselhável usar uma marmita com divisórias, pois assim os alimentos não se misturam e conseguem se manter com as mesmas características de quando foram feitos. Outro ponto importante é não colocar os alimentos quentes na marmita, ou seja, espere esfriar para depois adicionar. Deixe para temperar a salada apenas na hora do consumo. Será fundamental o armazenamento em uma boa bolsa térmica durante o transporte para manter a temperatura, após isso, o ideal seria guardar em uma geladeira e aquecer no micro-ondas antes de consumir”, indica Leilane.
Comer fora ou levar marmita?
Segundo as especialistas da Universidade Cruzeiro do Sul, vários fatores podem favorecer o ganho de peso em excesso, e comer fora é um deles. De acordo com o Guia Alimentar Para a População Brasileira e uma série de estudos científicos da área, é possível observar como o ambiente pode influenciar nas escolhas alimentares e nas quantidades ingeridas. Além disso, os estabelecimentos, por terem grandes variedade e quantidade de alimentos disponíveis, podem favorecer más escolhas e um consumo maior do que o necessário.
“É importante optar por ambientes calmos, organizados e sem distrações (como celular e televisão) para conseguirmos nos alimentar com atenção plena. Isso porque quando estamos distraídos e com vários alimentos à nossa disposição, temos a tendência de optar por itens mais calóricos”, ressaltam as especialistas.
Leia também: 5 erros que muita gente comete ao preparar e beber chás
Alimentos que não podem faltar na marmita
Frutas geralmente são bem fáceis de transportar e conservar, como banana, maçã, pera, kiwi, caqui, laranja e uva. Você também pode incrementar os lanchinhos com mix de oleaginosas e passas. Se você possui uma bolsa térmica e há geladeiras no seu trabalho, os iogurtes são excelentes opções.
Para o almoço, é importante levar verduras e legumes como alface, tomate, cenoura, pepino, abobrinha, brócolis e couve-flor. E uma fonte de carboidratos, é claro: arroz integral, batata, mandioquinha, abóbora, entre outros.
Na parte das proteínas, vale escolher uma leguminosa (feijão, grão-de-bico, lentilha, ervilha, soja…) e ovo, tofu, peixe, carnes bovina ou suína pouco gordurosas. Se você não abre mão de um docinho após o almoço, uma barrinha pequena de chocolate amargo é a ideal. “As quantidades devem ser individualizadas, e é importante ter sempre por perto uma garrafa de água”, explicam as nutricionistas.
Por fim, as docentes ressaltam que não tem problema comer fora de vez em quando (afinal, imprevistos acontecem). Nesses momentos, prefira restaurantes com variedades de alimentos e comidas frescas.
Fontes: Leilane Giglio de Abreu, nutricionista e supervisora de estágio da Clínica-Escola de Nutrição da Universidade Cruzeiro do Sul; e Dra Katia C Andrade, docente do curso de Nutrição da Universidade Cruzeiro do Sul.