Comer alimentos vencidos faz mal?

Alimentação Bem-estar
23 de Setembro, 2022
Comer alimentos vencidos faz mal?

Nem todos os alimentos que se adquire em supermercados, hortifrutis ou outros locais têm o consumo no mesmo dia. Muitas vezes, ele é esquecido ou guardado para outras ocasiões, mas passa do prazo de validade. Nesse caso, muitas pessoas se questionam se o alimento deve ser jogado fora ou se ainda pode ser consumido. Afinal, consumir alimentos vencidos faz mal à saúde?

“A data de validade indica até quando o alimento está seguro para consumo. Não é aconselhável o consumo após a data prevista, independente do odor, aparência ou textura. Uma vez que não é próprio para consumo, pode trazer prejuízos à saúde como intoxicação alimentar e problemas intestinais”, explica a nutricionista Caroline Ferreira.

Então, a especialista alerta que o prazo de validade depende de diversos fatores do alimento, que vai desde a formulação dos ingredientes até as condições higiênicas ao longo da produção. Além disso, também vale analisar a condição de armazenamento e embalagem utilizada nos alimentos. 

Mais sobre os alimentos vencidos

O prazo de validade geralmente possui uma folga por questões de segurança. Então, pode ser que não faça mal comer aquele item que passou um dia depois do prazo (mas não tem garantia, viu?). Contudo, isso vale apenas para alimentos não perecíveis — como arroz e feijão crus, chocolates, biscoitos e óleo. No caso dos perecíveis, por outro lado, o ideal mesmo é respeitar a data de corte.

Isso porque, por mais que um ingrediente pareça intacto, pode haver o surgimento de bactérias e fungos prejudiciais ao corpo humano nele. O que pode causar, por sua vez, intoxicações alimentares e parasitoses. Maionese, peixe, frango, leite, carne e pão de forma são exemplos que não devem ter consumo após a data de validade.

Como funciona o prazo de validade no Brasil

No país, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é o órgão que coloca ordem nas coisas. Os padrões de controle são duros e exigem que os fabricantes deem um prazo seguro para a ingestão a de alimentos e bebidas. Quando a data na embalagem é ultrapassada, é proibido por lei (Lei 8.137/90) que restaurantes, supermercados e comércios vendam o produto.

A data de validade tem base por testes extremamente rigorosos — desse modo, cada tipo de alimento tem que passar por um exame diferente. Além disso, o prazo começa a contar assim que o produto é feito (ainda na fábrica) e vai até o momento em que ele é aberto pelo consumidor.

Ou seja, depois de aberto, ele provavelmente durará menos do que o escrito no rótulo da caixa (ou do saquinho), dependendo dos ingredientes em questão. Por lei, a empresa também tem que sugerir um período que ainda dá para comer depois da abertura.

Por fim, as organizações precisam seguir outro critério que é ainda mais importante do que o prazo de validade: a conservação e o transporte corretos. Isso porque não é incomum nos depararmos com algo que está dentro da data, mas já estragou.

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Conservação dos alimentos

A nutricionista explica que, dependendo do alimento, pode haver adição de conservantes e aditivos para que ele fique válido por mais tempo. “Alguns podem durar mais apenas pelo avanço da tecnologia, como o leite UHT, que passa por um processo de aquecimento em altas temperaturas e inativa todas as bactérias presentes”, diz Caroline Ferreira.

Por isso, fique atento aos prazos recomendados de consumo: os alimentos naturais, por exemplo, têm menor data de validade, assim, o prazo depende do armazenamento e perecibilidade do alimento. “No geral, se bem armazenados, dura de 3 a 7 dias (em resfriamento)”, ressalta a nutricionista. 

Por outro lado, os produtos enlatados são menos perecíveis por conta do armazenamento. Assim, eles podem durar em torno de 6 meses. Porém, ao ser aberto, precisa ter consumo feito em até 48 horas por conta da exposição.

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Fonte: Caroline Ferreira, nutricionista. 

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