Salmonella: o que é, riscos para a saúde e como evitá-la

Saúde
26 de Setembro, 2022
Salmonella: o que é, riscos para a saúde e como evitá-la

Você já deve ter ouvido falar na salmonella, que pode causar problemas sérios à saúde se não for devidamente tratada. Afinal, que bactéria é essa e de que forma estamos vulneráveis a ela? A seguir, saiba mais sobre o micro-organismo, as complicações que pode oferecer e como se proteger da ameaça.

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O que é e como se contrai a salmonella?

A bactéria faz parte da família das enterobactérias — ou seja, bactérias intestinais que causam uma intoxicação alimentar e, em casos raros, pode provocar graves infecções e até mesmo a morte. 

De acordo com Arlei Alves, enfermeiro, porta-voz e cofundador do SafePill, a salmonella está dispersa no meio ambiente. Porém, basta ingerir água ou alimentos contaminados com fezes de animais para adquiri-la. Por exemplo, galinhas, porcos, répteis, anfíbios, vacas e até animais domésticos. “Isso acontece ao se comer carnes e ovos crus ou mal passados, quando não se lava as mãos antes de cozinhar ou manipular alimentos e até na ingestão de leite, temperos frescos, molhos de saladas e sobremesas preparadas com ovos não pasteurizados”, explica.

Quais as doenças causadas pela salmonella? 

A princípio, a salmonella pode causar dois tipos de doença, dependendo do sorotipo: salmonelose não tifoide e febre tifoide. 

“Os sintomas da salmonelose não tifoide podem ser bastante desagradáveis. Mas a doença geralmente é autolimitada entre pessoas saudáveis e é mais rara, com menos de 150 mil casos por ano”, esclarece Arlei. “Por sua vez, a febre tifoide é mais grave, tem uma taxa de mortalidade maior que a salmonelose não tifoide e é mais comum, com mais de 150 mil casos por ano”, alerta.

De acordo com o enfermeiro, as infecções mais graves ocorrem em pessoas idosas e crianças, devido à fragilidade do sistema imunológico. Além disso, indivíduos com transplante ou portadores de Aids/HIV, podem desenvolver quadros mais graves da infecção por causa da imunidade comprometida. 

No geral, os sintomas da infecção bactéria incluem febre, diarreia, calafrios, dor abdominal ou nos músculos, fadiga, perda de apetite e dores de cabeça. “Somado a isso, a febre tifoide causa hemorragia interna, irritação com pequenos pontos avermelhados, irritação na pele e perda de peso”, acrescenta o profissional.

Tratamento

Apesar da possível seriedade dos casos, a infecção por salmonella não exige internação ou outras intervenções médicas. “Nestes casos, o tratamento é caseiro, com repouso, ingestão de bastante água para manter a hidratação e controlar os sintomas. Em situações graves, a reposição eletrolítica (para fornecer eletrólitos perdidos pelo vômito e diarreia) e reidratação são eficazes”, explica Arlei. 

O tratamento com antibióticos não é recomendado para casos leves ou moderados em indivíduos saudáveis. Contudo, pode ser útil em grupos de risco, como bebês, idosos e pacientes imunocomprometidos. Vale lembrar ainda que existe vacina para febre tifoide, indicada apenas em áreas endêmicas, onde a doença é mais comum.

Afinal, como evitar essa bactéria? 

A salmonella pode ser adquirida em qualquer época do ano. Entretanto, durante o verão, quando as viagens de fim de ano e de verão acontecem e as refeições fora de casa são comuns, a disseminação torna-se mais fácil do que em outras ocasiões. Por isso, fique atento às dicas a seguir para evitá-la: 

  • Lave as mãos antes, durante e depois de manipular alimentos.
  • Lembre-se de higienizar os vegetais antes de consumi-los, deixando-os na água com hipoclorito de sódio.
  • Sempre asse e cozinhe bem carnes e ovos.
  • Se for beber leite, opte pela versão pasteurizada.
  • Guarde os ovos na geladeira. 
  • Por fim, beba apenas água potável ou de garrafas, principalmente se estiver viajando.
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