Alimentação para autistas: como driblar a seletividade
A alimentação para autistas pode ser uma forma de auxiliar o tratamento e reduzir o impacto do transtorno na vida de quem o sofre. Porém, um impasse pode ser a seletividade que, em geral, pacientes do transtorno do espectro do autismo (TEA) costumam apresentar na hora das refeições, principalmente as crianças. Mas, há jeitos de driblar a situação.
O que causa a seletividade na alimentação de autistas?
De acordo com um estudo do Centro Universitário de Anápolis, em Goiás, em que realizou-se uma análise dos impactos do autismo sobre a alimentação, foi comprovado que a seletividade alimentar é muito comum em pacientes de TEA em razão da sua sensibilidade sensorial. Não só, apontou-se que distúrbios de mastigação também são comuns.
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Como driblar a seletividade na alimentação para autistas
A seletividade é comum na infância, de forma que as crianças autistas podem ser pouco receptivas com a ideia de experimentar alimentos diferentes. Por isso, é importante introduzir uma alimentação saudável e variada desde cedo. Assim, é possível driblar esse comportamento que, a longo prazo, poderia causar danos à saúde e má nutrição, ou seja, a falta de nutrientes.
Ainda, apesar de existerem estratégias que ajudam a driblar essa conduta, é importante lembrar que cada criança é uma e o auxílio de um profissional que conheça seu caso de perto é sempre recomendável.
Retire os alimentos de calorias vazias da dieta
Uma maneira de driblar a seletividade alimentar é retirar da dieta os alimentos de calorias vazias. Ou seja, os alimentos pobres em nutrientes, como, por exemplo, fast food, salgadinhos e industrializados em geral. Dessa forma, é possível incentivar, em contrapartida, o consumo de alimentos nutritivos, como as frutas e os vegetais.
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Não incentive o consumo de refrigerante
O refrigerante é rico em açúcar e pode ser viciante para o paladar de uma criança. Além disso, evitar o consumo exagerado de açúcar na infância é recomendável para todas as crianças, não só as autistas. Não só, a abundância em açúcar não é o único problema, pois essas bebidas também “roubam” nutrientes do corpo, pois dificultam sua absorção. Os nutrientes em questão são: o cálcio, o magnésio e o zinco. Por isso, o ideal é cortar o refrigerante da dieta.
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Não insista na introdução de um alimento que a criança rejeitou
É importante não seguir insistindo na introdução de um alimento se a criança já o rejeitou antes. Em contrapartida, busque introduzir outra opção que possa fornecer os mesmos nutrientes. Por exemplo, se a criança recusar uma laranja (fonte de fibras e vitamina C), oferece-a um kiwi.
Não só, buscar tentar o motivo da rejeição daquele alimento também é uma boa ideia. Porém, não faça perguntas como “por que você não gostou?”. Em vez disso, questione o que ela achou da textura, do sabor, da cor e da temperatura do alimento. Isso ajuda a entender o paladar da criança e os alimentos que gosta mais.
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