Abril Azul: Alimentação ideal para quem tem autismo

Alimentação Bem-estar
09 de Abril, 2021
Abril Azul: Alimentação ideal para quem tem autismo

O Abril Azul é o mês da conscientização sobre o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). É um transtorno neurológico cujo tratamento pode ser auxiliado por dietas, ou seja, pela alimentação adequada. Ainda existem muitos tabus sobre o que é o transtorno. Por isso, é importante se informar e entender do que se trata para que, assim, seja possível evitar a propagação de estereótipos e preconceitos.

Sintomas comuns e como diagnosticar o autismo

A princípio, no que diz respeito aos sintomas do autismo, ele pode impactar a capacidade de interação social e de comunicação verbal, bem como não-verbal. Não só, é possível notar comportamentos repetitivos e restritivos.

Ainda, seu diagnóstico costuma ser feito na infância, quando os primeiros sinais começam a aparecer.

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Alimentação como ferramenta no tratamento de autismo

Em geral, crianças com autismo devem seguir dietas mais restritivas, pois não devem consumir certos nutrientes e também devido à maior seletividade que têm em relação à comida.

De maneira resumida, o autismo deve ter uma alimentação rica em vegetais e frutas em geral, batata inglesa, batata doce, arroz integral, milho, cuscuz, castanhas, nozes, amendoim, feijão, azeite, coco e abacate.

Por outro lado, é recomendável que crianças com autismo evitem, por exemplo, os seguintes alimentos:

  • Ricos em caseína (proteína do leite) ou em glúten (dieta SGSC – sem glúten e caseína)
  • Que contenham soja em sua composição (tofu e tempeh, por exemplo)

Basicamente, esses nutrientes podem impactar o funcionamento do cérebro e a comunicação entre neurotransmissores. Por isso, crianças com autismo devem evitar seu consumo, pois os sintomas do transtorno poderiam se agravar.

Assim, a farinha de trigo pode ser substituída por farinhas sem glúten, como a de linhaça, de amêndoas, de castanha e de coco.

Já o leite e seus derivados podem ser substituídos por leites vegetais como leite de coco e de amêndoas, além de queijos em versões veganas.

Contudo, é preciso entender que nem sempre a dieta SGSC vai funcionar para melhorar os sintomas do autismo. Pois, nem todos os pacientes dão sensíveis para glúten e caseína. Sendo assim, deve-se seguir uma alimentação saudável geral.

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Suplementar nutrientes é uma boa ideia?

Sim, suplementar, por exemplo, o ômega-3 é recomendável, assim como a suplementação de EPA, um anti-inflamatório, bem como de DHA, importante para a saúde do cérebro e do fígado. Não só, também pode ser uma boa ideia suplementar magnésio e vitamina B6 também.

Por fim, a suplementação de qualquer nutriente deve ser feita com recomendação e acompanhamento médico. Além disso, exames, como o exame de sangue e de urina, ajudarão a pensar melhor em formas de adaptar a alimentação. Não só, o aconselhamento genético também ajuda a melhor direcionar a dieta.

Leia mais: As melhores ervas para a saúde do cérebro

Sobre o autor

Nathália Lopes
Estagiária de Jornalismo

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