Mitos e verdades sobre as enzimas digestivas
Muitos mitos e verdades rondam o tema enzimas digestivas. Se você já pesquisou rapidamente sobre o assunto na internet, provavelmente leu que elas ajudam a emagrecer, que todo mundo deveria suplementá-las… Mas será que todas as informações são verdadeiras? A seguir, a nutricionista Vanessa Costa, especializada em Nutrição Estética e Saúde da Mulher e criadora do Método Reset, nos ajuda a desvendar:
Leia também: Enzimas digestivas: o que são e em quais alimentos encontrar
Mitos e verdades sobre as enzimas digestivas
1 – Enzimas digestivas são moléculas presentes naturalmente no organismo
VERDADE. “Elas são de extrema importância para o processo de digestão, desempenhando um papel fundamental na quebra das macromoléculas dos alimentos”, explica a profissional.
Vanessa compara as enzimas digestivas a artesãs meticulosas que transformam o que comemos em moléculas menores, deixando tudo pronto para ser assimilado pelo intestino. “Esse processo não apenas facilita a absorção de micronutrientes, como vitaminas e minerais, mas também garante que nutrientes e energia cheguem às nossas células”, ela complementa.
Pâncreas, estômago, intestino e glândulas salivares são exemplos de estruturas que produzem enzimas digestivas como a amilase (que quebra carboidratos), a lipase (que quebra gorduras) e a protease (que quebra proteínas). “Cada uma delas contribui para o processo de transformação alimentar em nutrientes absorvíveis.”
2 – Todo mundo deveria suplementar enzimas digestivas
MITO. Justamente por elas serem produzidas pelo corpo humano, não é todo mundo que precisa suplementá-las. “A suplementação, quando indicada corretamente, pode ser uma aliada valiosa na busca por uma digestão eficiente e uma vida saudável. Mas sempre consulte um profissional de saúde antes de iniciar, pois cada corpo é único, e as necessidades variam”, afirma a nutri.
Como já dito, em alguns casos, pode ser interessante ingerir enzimas digestivas exógenas. Vanessa explica que, à medida que envelhecemos, por exemplo, enfrentamos um declínio natural dessas enzimas, o que pode resultar em uma digestão menos eficiente e uma absorção reduzida de nutrientes.
“Condições como insuficiência pancreática, doença celíaca e síndrome do intestino irritável (SII) também podem comprometer a produção adequada de enzimas digestivas”, ela afirma.
Outra situação em que há a necessidade de suplementar enzimas é na intolerância à lactose. Isso porque o problema pode ter como um dos tratamentos o consumo da enzima lactase, que ajuda a decompor o açúcar presente no leite e nos laticínios.
“Além disso, hábitos alimentares inadequados, dieta rica em alimentos processados e o estresse crônico podem impactar negativamente a produção de enzimas digestivas. Assim, nessas situações, a suplementação é uma ferramenta valiosa para apoiar o sistema digestivo.”
3 – Mitos e verdades: enzimas digestivas emagrecem
MITO. “Apesar do papel vital das enzimas digestivas na quebra dos alimentos, não há evidências robustas que comprovem que consumir antes das refeições resulte diretamente em emagrecimento ou aumento da queima de gorduras”, esclarece Vanessa Costa.
Contudo, a profissional complementa que o uso de enzimas pode contribuir para uma digestão eficiente e um sistema digestivo saudável, promovendo indiretamente o equilíbrio metabólico. “Contudo, é crucial destacar que a suplementação deve ter a orientação de um profissional de saúde, observando sempre a individualidade de cada organismo.”
Fonte: Vanessa Costa, nutricionista especializada em Nutrição Estética e Saúde da Mulher e criadora do Método Reset.