Kombucha: O que é e quais os benefícios da bebida

Alimentação Bem-estar
22 de Julho, 2019
Kombucha: O que é e quais os benefícios da bebida

Você já viu produtos descritos como “Kombucha” e não sabe exatamente o que é? Cada vez mais comum em lojas de produtos naturais, a bebida é resultado do chá (preto, verde, mate ou hibisco) fermentado com uma colônia de bactérias chamada de Scoby.

Originária da China, a novidade passou pela Europa, América e chegou ao Brasil com duas pronúncias: kombucha ou kombutchá. 

O açúcar funciona como alimento para as bactérias, fazendo com que elas se multipliquem e acrescentem a característica gaseificada. E as várias combinações de sabores, como frutas, especiarias ou o gostinho mais doce, fizeram a fama das garrafinhas. Não demorou muito para virarem substitutas de refrigerantes, sucos industrializados e até a bebida alcoolica. 

Como tudo é feito com ingredientes naturais, o refresco oferece qualidades probióticas, semelhantes àquelas encontradas em iogurtes e no kefir, que ajudam o funcionameno do intestino. Também é rico em vitaminas e nutrientes, e ainda conta com enzimas que auxiliam a digestão.

Os benefícios

Uma das principais bandeiras do kombucha é que o ácido glicurônico contido nele ajuda na desintoxicação do organismo e eliminação de toxinas. Além disso, o chá auxilia no funcionamento intestinal, absorção de nutrientes, aumento da imunidade, diminuição de alergia e intolerâncias alimentares.

Os probióticos podem incentivar a produção de leptina e insulina, hormônios relacionados à saciedade. Então é possível que você não sinta uma fome exagerada e reduza a alimentação naturalmente. O intestino é outro ponto importante, o equilíbrio de bactérias na região, o funcionamento adequado e a absorção de nutrientes ingeridos nas refeições ajudam ainda mais o organismo. 

A pele tende a ficar mais nutrida com o aumento do consumo de líquido e a disposição pode melhorar com as vitaminas sendo bem absorvidas. 

A base escolhida

Dependendo do chá escolhido como base, o kombucha pode ter uma ação diferente. São eles que definem o  sabor e a coloração, a acidez, intensidade e a doçura da bebida. O branco e o verde agem como antioxidantes, são os que possuem maior capacidade de combater os radicais livres. As opções com cafeína, chá preto ou verde, trazem vantagens na disposição e a busca de energia. Hibisco e erva-doce também aparecem nas derivações.

Os açúcares funcionam como o alimento das bactérias. O branco, orgânico, demerara ou cristal podem ser usados como fermentador. Lembrando que os naturais preservam as propriedades e que a quantidade final no produto depende do tempo de fermentação. 

O álcool é outra consequência da fermentação, já que as leveduras se alimentam do açúcar e geram o gás dióxido de carbono que gaseifica o líquido.

Quantidade diária

Algumas pessoas consomem o kombucha apenas para substituir as bebidas industrializadas, outras buscam os benefícios do probiótico. O indicado é uma ingestão inicial de 150 ml por dia. É preciso acompanhar os possíveis desconfortos e o funcionamento do intestino, se a aceitação for boa, a quantidade pode chegar a até 600 ml. 

Faz mal?

O kombucha pode causar gases, estufamento ou problemas intestinais em algumas pessoas. As alterações digestivas também podem acontecer por ser uma bebida ácida, ou seja, é melhor pegar leve em caso de gastrite ou refluxo, por exemplo.

Se for devidamente produzido e ingerido, não representa malefícios ao organismo. Mas o preparo ou armazenamento inadequado podem causar reações adversas. Lembrando que kombucha não é remédio, e sim um alimento funcional. 

Receita de kombuchá caseira

Ingredientes

  • 1 colônia de Kombucha e 100 ml do líquido que fica com a colônia, também conhecido como starter
  • 1 litro de chá adoçado (mate, chá preto, chá verde…), adoce com o quanto você tomaria.
  • 1 pote de pelo menos 1 litro para fermentar, de preferência de boca larga que entre uma mão
  • 1 garrafa pet de pelo menos 1 litro para o envase
  • Especiarias ou frutas para saborizar

Modo de preparo

1) Misture o chá adoçado, em temperatura ambiente com a colônia e o starter.

2) Cubra o pote com um pano e elástico e deixe em temperatura ambiente evitando a luz solar direta.

3) Experimente o chá de 2 em 2 dias com uma colher para acompanhar a mudança do sabor. Dependendo da temperatura pode levar de 5 a 15 dias para ter uma mudança grande no sabor que deve ser bem menos doce do que no início e não tão acético (sabor de vinagre).

4) Após o período da primeira fermentação, extraia 90% do líquido para uma garrafa pet e saborize com especiarias: cravo, canela, grãos de café, cardamomo ou frutas: pedaços ou no máximo 100ml de suco de frutas (10% do total de kombucha pronto).

5) Feche bem a garrafa e certifique-se que não está vazando e deixa fora da geladeira até a garrafa pegar pressão naturalmente (você sentirá apertando a garrafa). Quando pegar pressão, coloque na geladeira e beba gelado. Consuma em até 10 dias, mais do que isso o sabor poderá ser alterado. Com o scoby e o líquido que ficou no pote, adicione mais chá e recomece o processo. Caso não for fazer mais kombucha, adicione mais 500 ml de chá e deixe por até 2 meses em um local fresco. Se por acaso o sabor do chá ficar muito acético (sabor de vinagre), despreze 90% do chá e recomece deixando fermentar por menos tempo.


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