Isoflavonas: o que são, onde encontrar e cuidados
As isoflavonas são compostos presentes naturalmente em plantas. Elas são consideradas fitoestrógenos, isto é, não são geradas pelo corpo humano, mas devido à sua estrutura molecular e ao tamanho, se assemelham aos estrogênios esteroides (hormônios sexuais femininos).
Encontradas sobretudo na soja e em seus derivados (que concentram daidzeína e genisteína), as isoflavonas geralmente são usadas para aliviar os sintomas da menopausa, mas também podem trazer outros benefícios. Contudo, para alguns grupos específicos, elas devem ser evitadas. Saiba mais sobre o assunto a seguir:
Potenciais benefícios das isoflavonas
Sintomas da menopausa
Alguns estudos mostram que tomar suplementos alimentares com isoflavonas leva a uma redução modesta na frequência de ondas de calor (de 10 a 20%), um dos sintomas da menopausa. Contudo, efeitos mais eficazes foram notados por mulheres que costumavam ter fogachos mais intensos.
Contudo, e embora os fitoestrógenos pareçam ter um impacto positivo em mulheres na pós-menopausa, seu efeito pode ser prejudicial para mulheres em idade reprodutiva. Nelas, as isoflavonas podem causar distúrbios do ciclo menstrual (dismenorreia), endometriose e infertilidade secundária.
Doenças cardiovasculares
Cientistas notaram que pessoas que consumiam maiores quantidades de soja e seus derivados por dia apresentaram uma menor incidência de problemas no coração. E isso por alguns motivos.
Um deles é que as isoflavonas podem ajudar a diminuir os níveis do colesterol LDL no sangue, o considerado “ruim” para o corpo. Além disso, a substância mostrou-se eficaz na redução da pressão arterial em indivíduos com hipertensão.
Saúde dos ossos
As pesquisas acerca da ação das isoflavonas para a saúde dos ossos ainda são iniciais e ambíguas. Contudo, algumas apontam que a genisteína, um tipo de isoflavona, pode ter efeitos positivos sobre ossos com osteoporose.
Propriedade antioxidante
Além disso, o composto possui uma atividade antioxidante considerável. Isso quer dizer que ele contribui para o combate ao excesso de radicais livres no corpo, o que pode ser importante para prevenir condições como envelhecimento precoce e outras doenças crônicas.
Leia também: Carboidratos: o que são, tipos, importância para a saúde e mais
Como tomar isoflavonas
Além da alimentação rica em soja e seus derivados, outra forma de obter as isoflavonas é por meio de suplementos. O modo de uso varia de acordo com cada produto, mas os comprimidos geralmente devem ser tomados com um pouco de água e sempre no mesmo horário.
E é claro que não recomenda-se o uso dessas substâncias sem a prescrição e o acompanhamento de um médico.
Alimentos ricos em isoflavonas
- Soja (concentração aproximada de 1,2 a 4,2 mg/g);
- Trevo vermelho (concentração aproximada de 10 a 25 mg/g);
- Trevo branco (concentração aproximada de 0,5 a 0,6 mg/g);
- Alfafa (concentração aproximada de 0,05 a 0,3 mg/g).
Outras fontes do composto incluem grão-de-bico e feijão, e pequenas quantidades de isoflavonas também estão contidas em outros produtos vegetais, como algumas frutas e nozes.
Contraindicações das isoflavonas
Confira quem não deve usar esse suplemento:
- Crianças: uma vez que pode afetar o desenvolvimento do sistema reprodutivo, especialmente em meninas;
- Lactantes: já que o composto pode passar para o bebê através do leite materno;
- Gestantes;
- Pessoas que têm ou já tiveram câncer de mama;
- Alérgicos à soja ou a qualquer ingrediente do produto em questão.
Vale lembrar, no entanto, que as isoflavonas podem interagir com alguns medicamentos. Por isso, consultar um especialista é muito importante.
Referência: Isoflavones, MDPI.