Qual é a diferença entre a dieta hipocalórica e a dieta hipercalórica?
Cada estratégia alimentar é pensada para um objetivo distinto. Ela pode funcionar para uma pessoa, e se mostrar um completo fiasco para outra, por exemplo. E são tantas as opções existentes atualmente que é comum surgirem muitas dúvidas a respeito do assunto. Uma delas, por exemplo, envolve as diferenças entre a dieta hipocalórica e a dieta hipercalórica. Será que você acerta a resposta?
Dieta hipocalórica
A dieta hipocalórica consiste em um cardápio baixo em calorias. O grande objetivo dessa abordagem é promover o chamado déficit calórico — isto é, a pessoa se concentra em consumir menos calorias do que gasta diariamente. Desse modo, o corpo usa a gordura estocada como fonte de combustível, promovendo o emagrecimento.
Por exemplo: se você costuma consumir 2500 calorias em um dia, em uma dieta hipocalórica, pode ser que precise diminuir esse número para 2000 ou até 1800. Mas esse cálculo deve ser feito por um profissional qualificado, que levará em conta fatores como sexo, idade, prática de exercícios físicos e condições de saúde existentes.
Isso porque se a restrição for muito radical, o risco do surgimento de diversos problemas aumentam. Como déficits nutricionais, comportamentos compulsivos, queda de energia…
Além disso, é preciso ir além das quantidades no prato, e prestar muita atenção na qualidade dos mesmos. Ou seja, já que você vai diminuir a quantidade de calorias ingeridas, precisa garantir que elas sejam compostas por alimentos ricos em vitaminas e minerais essenciais para o organismo, justamente para também evitar as complicações descritas acima.
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Hipercalórica
Já a dieta hipercalórica, como o nome já diz, é um tipo de alimentação com um alto valor calórico. Ela costuma ser recomendada para aqueles que têm dificuldade em ganhar massa muscular e precisam comer quantidades maiores de comida.
“A indicação de dieta hipercalórica acontece para pessoas que possuem uma taxa de metabolismo mais acelerada e com facilidade em perder peso. Além disso, pode-se aplicá-la também em casos de pessoas que praticam exercícios que demandam maior consumo de calorias”, explica a nutricionista Carol Maretto. Por fim, a dieta hipercalórica também pode servir para pacientes que estão hospitalizados, por exemplo, e precisam de um maior aporte de nutrientes.
Apesar de ser uma estratégia de alimentação completa e que preza por quantidades bastante volumosas, a dieta hipercalórica não incentiva o consumo de alimentos gordurosos, ultraprocessados ou repletos de açúcares. Na verdade, ela prioriza a ingestão de carboidratos e proteínas, além das gorduras boas, legumes e verduras para que exista um consumo de calorias maior do que se gasta.
“O ideal é ter uma distribuição de 50 a 55% das calorias diárias vindas de carboidratos — por exemplo, frutas, aveia, arroz, batata, mandioca, quinoa, tapioca e pão. Assim como uma média de 30% de calorias vindas de boas proteínas: carnes, ovos, peixes, iogurte, whey, feijão, lentilha, proteína vegetal, tofu e colágeno. O restante é reservado às boas gorduras, como azeite, abacate, coco e castanhas”, pontua a especialista.
Além disso, é importante entender que essa mudança não se dá de forma abrupta. Carol explica que, geralmente, a ideia é incorporar, aos poucos, 500 a 1000 calorias a mais do que se consome diariamente e de modo bem distribuído ao longo das refeições. De qualquer forma, é sempre necessário consultar um profissional da área para obter êxito no processo.
Dieta hipocalórica e dieta hipercalórica: qual escolher?
Nesse caso, a resposta é simples: se o seu objetivo é emagrecer, a dieta hipocalórica é a indicada. Por outro lado, se o intuito é aumentar a massa muscular do corpo, aposte na dieta hipercalórica.
Mas em todos os casos, conte sempre com a ajuda de um especialista. Ele te ajudará a calcular as calorias e as porções adequadas para que o processo seja seguro e duradouro!
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