Amamentação e câncer de mama: aleitamento materno reduz risco de ter a doença

Gravidez e maternidade Saúde
11 de Agosto, 2022
Amamentação e câncer de mama: aleitamento materno reduz risco de ter a doença

O leite materno é chamado de alimento de ouro e não por acaso. Ele é capaz de diminuir a incidência de mortes infantis, evitar diarreia, infecções respiratórias e mais. Atualmente, sabe-se também que há relação entre a amamentação e câncer de mama. Em outras palavras, é de conhecimento científico que o aleitamento materno diminui as chances de se ter essa neoplasia maligna. A seguir, entenda por quê!

De acordo com Fernanda Perez Magnani Leite, cirurgiã oncológica do A.C. Camargo Cancer Center, a cada doze meses que a mulher amamenta, diminui-se o risco de ter câncer de mama em torno de 4,3%. Isso ocorre principalmente em decorrência de dois fatores.

“A amamentação é um fator importante em relação a prevenção do câncer de mama porque durante o processo de aleitamento materno a mulher tem menos ciclos menstruais. Logo, ela fica menos exposta ao estrogênio, além de produzir menos desse hormônio”, esclarece a especialista.

Além disso, ao de dar mamar, o organismo feminino também passa por uma profunda renovação celular para produzir o leite. “Assim, acaba tendo eliminação de células que possivelmente poderiam ser “erradas”, ou seja, que levariam ao câncer de mama”, completa Dra. Fernanda.

Ainda de acordo com a especialista, o aleitamento materno também protege as mulheres dos cânceres de ovário e endométrio, ainda que em proporções menores. Isso se dá porque na amamentação, principalmente quando é exclusiva, há a diminuição dos ciclos menstruais e consequentemente a presença de estrogênio no organismo.

Leia mais: Existe leite materno fraco? Especialistas respondem principais dúvidas sobre amamentação

Amamentação e câncer de mama: os benefícios para o bebê

Só não pense que as vantagens do aleitamento materno se reduzem à figura materna. A cirurgiã oncológica explica que a amamentação também reduz as chances do bebê ter cânceres no futuro. Isso porque ela diminui os riscos do pequeno ter sobrepeso e/ou obesidade no futuro, o que é um grande fator de risco para diversos tipos de tumores, como de mama e intestino.

De acordo com a revisão da Organização Mundial da Saúde, divulgada pelo Ministério da Saúde, indivíduos amamentados têm 22% menos chances de terem sobrepeso ou obesidade ao longo da vida. Além disso, o tempo de aleitamento materno também conta: quanto mais meses o bebê é amamentado, menor é o risco dos números a mais na balança.

Fonte: Dra. Fernanda Perez Magnani Leite, cirurgiã oncológica do A.C. Camargo Cancer Center

Referências:

Instituto Nacional do Câncer – INCA

PEBMED

A.C. Camargo Cancer Center

Leia também:

Bem-estar Saúde

Como ter mais saúde com a Vitat?

Cuidar mais da saúde é uma das principais metas que as pessoas definem para o próximo ano. Para isso, diversas ferramentas podem ajudar, como o aplicativo

foto de Anderson Leonardo, do Molejo
Saúde

Câncer inguinal: entenda a doença que matou Anderson Leonardo, cantor do Molejo

O cantor Anderson, vocalista do grupo Molejo, morreu nesta sexta-feira, aos 51. Ele estava internado desde o dia 24/03 e tratava um câncer inguinal.

Tipos de gordura
Alimentação Bem-estar Saúde

Tipos de gordura: quais você deve evitar e consumir?

A OMS recomenda que a alimentação diária contenha 30% de gorduras. Veja quais priorizar!