Alimentação e desejo sexual: entenda a relação

Alimentação Bem-estar Saúde
04 de Março, 2022
Alimentação e desejo sexual: entenda a relação

Quando o assunto é alimentação e desejo sexual, a gente ouve de tudo por aí. Chocolate amargo, vinho, ostras e até amendoim são utilizados por quem busca aumentar a libido e melhorar a vida sexual. Mas será que funciona assim mesmo? Veja o que especialistas dizem:

O que é libido?

“Também conhecida como ‘tesão’, a libido nada mais é do que o desejo sexual. Ela pode aparecer em qualquer relação ou orientação sexual e é diferente de uma simples ereção porque envolve mecanismos que vão além dos fisiológicos”, explica o médico urologista Danilo Galante.

Para que a libido apareça, são levados em conta diversos fatores, como hormônios, sentimento de atração e até níveis de estresse.

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Por que a libido diminui?

De acordo com o urologista Eduardo Leze, algumas pessoas têm mais desejo sexual do que outras — e não há nada de errado em nenhum dos casos. “Contudo, no contexto pessoal, se houver uma queda brusca de interesse, precisamos avaliar questões psicológicas, hormonais e até metabólicas”, aponta o especialista.

No que diz respeito à mente, por exemplo, estresse e cansaço afetam diretamente o desempenho sexual. “Eles ativam o sistema nervoso simpático, que descarrega adrenalina e cortisol no organismo (hormônios da luta e da sobrevivência). A ereção pede o oposto: a ativação do sistema nervoso parassimpático, que está ligado ao relaxamento e ao bem-estar”, explica Eduardo Leze.

Outro fator que pode causar a queda na libido é o envelhecimento. Afinal, nessa fase ocorre uma redução da produção de testosterona (em homens e mulheres), principal substância que estimula o impulso sexual.

“A baixa da testosterona pode levar a sintomas como labilidade emocional, irritabilidade, apatia e desinteresse sexual. É importante juntar as queixas da pessoa com uma avaliação feita por meio de exames. Desse modo, pode ser proposta uma reposição hormonal ou, então, simplesmente uma mudança de hábitos”, pontua o urologista.

Além disso, pressão alta, diabetes não controlada, obesidade, tabagismo e o uso de drogas são verdadeiros vilões do equilíbrio hormonal e, consequentemente, da libido.

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Alimentação e desejo sexual: relações

Algumas pessoas se desesperam quando percebem que a libido está baixa e acabam investindo em alimentos conhecidos por estimularem o desempenho sexual, como é o caso do amendoim e da catuaba. Contudo, nenhum ingrediente, sozinho, é capaz de trazer o desejo de volta.

“Eles não aumentam a libido, apenas são estimulantes e trazem a sensação de bem-estar, pois promovem a liberação de endorfina”, afirma Danilo Galante. Um bom exemplo é o chocolate amargo.

Outra aposta perigosa é o álcool para apimentar a relação. Isso porque a sua ingestão diminui a atividade do sistema nervoso central, trazendo consequências para a parte sexual. Em doses moderadas, as bebidas alcoólicas podem até ajudar a desinibir. Mas em excesso, o efeito é o oposto.

Por outro lado, um estilo de vida saudável, com prática regular de atividades físicas, alimentação saudável e boas noites de sono, pode ajudar. “Esses hábitos vão favorecer a testosterona e, ainda, aumentar a disposição, a autoconfiança e a autoestima”, complementa Danilo.

Fontes: Danilo Galante, médico urologista, doutor em urologia, membro Titular da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) e Instrutor do ATLS (Advanced Trauma Life Support); e Eduardo Leze, médico urologista e doutor em Fisiopatologia e Ciências Cirúrgicas.

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