Malefícios do estresse para o corpo a curto e a longo prazo

Bem-estar Equilíbrio
26 de Outubro, 2021
Malefícios do estresse para o corpo a curto e a longo prazo

O corpo sabe lidar com o estresse do dia a dia, mas isso não significa que ele passe ileso. Isso porque dependendo da intensidade da situação que gera a tensão e da demora para voltar ao normal, a pessoa pode desenvolver problemas a curto e a longo prazo devido aos malefícios do estresse.

Malefícios do estresse

A morte de um familiar, uma traição ou o divórcio são situações destacadas pela Associação Americana do Coração (AHA, na sigla em inglês) devido ao risco de desenvolver a síndrome do coração partido. Chamada também de cardiomiopatia induzida pelo estresse, ou de Takotsubo, a condição gera um aumento no tamanho do coração, prejudicando seu funcionamento. Assim, os sintomas se assemelham a um ataque cardíaco e o tratamento mistura medicamentos com acompanhamento psicológico.

Mesmo fatores estressores de menor intensidade causam problemas, embora com efeitos no futuro. Porque se o organismo não for capaz de voltar ao estado de normalidade e passar a conviver com níveis alterados dos hormônios cortisol e adrenalina, pode favorecer algumas condições, segundo Carla Rosana Guilherme Silva, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica – Regional São Paulo. Dentre elas:

  • Aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial;
  • Além disso, alterações hormonais que podem piorar o desempenho cognitivo e imunológico, causando maior risco para infecções, descontrole glicêmico e obesidade;
  • Alteração da memória e da psicomotricidade;
  • Síndromes funcionais do sistema gastrointestinal, alteração da microbiota intestinal e motilidade visceral;
  • Por fim, ansiedade.

Leia também: Quando o estresse e ansiedade podem ser bons

Como amenizar os malefícios do estresse?

Diante de uma situação em que o organismo se sente atacado, a resposta do corpo pode ser “ficar e lutar” ou “fugir”. Seja qual for a decisão, as glândulas suprarrenais produzem os hormônios adrenalina, noradrenalina e cortisol, que vão alertar todos os sistemas.

A adrenalina, por exemplo, aumenta o ritmo cardíaco e a pressão sanguínea para garantir que o sangue chegue aos músculos, caso seja preciso correr.

Se a pessoa convive com muitas situações que geram estresse, mas que não exigem uma “luta ou fuga” real, esses hormônios vão ser produzidos de forma desnecessária e irão se manter na corrente sanguínea. Para controlá-los, algumas medidas podem ser adotadas, de acordo com dados da AHA:

  • Fazer exercícios físicos de forma regular;
  • Manter amizades e conversar sobre preocupações e sentimentos;
  • Ter momentos de descanso, com atividades que tragam felicidade, como hobbies;
  • Limitar o consumo de notícias;
  • Além disso, dormir bem;
  • Procurar ajuda médica e psicológica.

Leia também: Estresse: Como esse sentimento pode atrapalhar a digestão

Saúde emocional

Uma pesquisa realizada em 2019 com mil profissionais das áreas de educação, finanças e saúde de São Paulo e Porto Alegre constatou que o estresse havia causado a ansiedade em 89% dos entrevistados, além de angústia (85%) e culpa (74%).

“Quando apresentamos sintomas físicos e emocionais, automaticamente temos alguma reação comportamental. De acordo com a pesquisa, 59% usavam medicamento, seja devidamente prescrito ou não; 56% consumiam bebida alcóolica ou droga, devido ao nível de desconforto; e 38% reagiam comendo petiscos condimentados”, explica Ana Maria Rossi, doutora em Psicologia Clínica e presidente da unidade brasileira da International Stress Management Association (Isma-BR), que conduziu o estudo. Contudo, os resultados ainda não foram publicados em periódicos científicos.

Leia também: Estresse engorda? Entenda de vez a conexão

(Fonte: Agência Einstein)

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