Palatinose, creatina ou whey protein: para que serve cada um?
Palatinose, creatina, whey protein… Quando o assunto é suplemento alimentar para otimizar os resultados nos treinos, é comum ficarmos em dúvida diante de tantas opções. O mais indicado, sempre, é consultar um profissional para te ajudar com a escolha, mas também é importante buscar informações para saber mais a respeito desses produtos.
A seguir, o nutricionista clínico e esportivo Dereck Oak explica melhor sobre a palatinose, a creatina e o whey protein – e conta quais as funções de cada um:
Palatinose, creatina ou whey protein: o que são?
1 – Palatinose
Dereck Oak afirma que a palatinose, também conhecida como isomaltulose, é um carboidrato de baixo índice glicêmico derivado da beterraba.
“Ao contrário de outros carboidratos que são rapidamente digeridos e absorvidos, a palatinose é digerida e absorvida mais lentamente. Isso resulta em uma liberação gradual e constante de glicose na corrente sanguínea”, ele diz.
Essa característica proporciona um fornecimento de energia sustentável ao longo do tempo, evitando picos e quedas abruptas de açúcar no sangue. Justamente por isso, o nutricionista conta que o suplemento é ideal para atividades de longa duração e resistência, como corridas de média e longa distância, ciclismo e outras atividades aeróbicas.
“É indicada para quem busca manter os níveis de energia estáveis durante o exercício, evitando a fadiga precoce.”
2 – Creatina
Já a creatina é uma substância natural encontrada em diferentes alimentos – especialmente aqueles de origem animal, como carnes e peixes. Segundo o especialista, ela fica armazenada nos músculos na forma de fosfocreatina, que atua como uma reserva de energia durante atividades de curta duração e alta intensidade, como levantamento de peso e tiros e corrida. Além disso, também ajuda na síntese de proteínas musculares.
“Ao suplementar com creatina, os níveis musculares de fosfocreatina aumentam. O que pode levar a uma maior produção de ATP (a molécula de energia do corpo). Consequentemente, há uma melhora no desempenho durante exercícios de alta intensidade e uma maior capacidade de recuperação entre as séries”, ele complementa.
3 – Whey protein
Por fim, Derek afirma que o whey protein nada mais é do que uma proteína de alto valor biológico – isso quer dizer que é uma fonte completa de aminoácidos essenciais, espécies de “blocos de construção” para os nossos músculos.
O suplemento é obtido durante o processo de fabricação de queijos e iogurtes. “Além disso, o whey protein também contém peptídeos bioativos que podem oferecer benefícios adicionais para a saúde, como a melhora do sistema imunológico e a redução do estresse oxidativo”, explica o nutricionista.
Trata-se de uma opção prática para adicionar na dieta, contribuindo para o atingimento da quantidade de proteínas que a pessoa deve consumir no dia. Desse modo, o whey auxilia na recuperação muscular após o exercício, promovendo o crescimento e a reparação dos tecidos musculares danificados depois do treino.
Apesar de ser mais consumido por quem busca atingir o ganho de massa muscular e/ou pratica atividades físicas intensas (como musculação e esportes de alto rendimento), o suplemento também pode ser recomendado para aqueles que precisam consumir mais proteínas no dia a dia, sejam praticantes de exercícios físicos ou não. “Isso porque a proteína é um nutriente essencial para a manutenção e funcionamento adequado do organismo.”
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Palatinose, creatina ou whey: quais as semelhanças e diferenças?
De acordo com o nutricionista, a principal semelhança entre os três suplementos é que eles ajudam a melhorar o desempenho físico e promover a recuperação muscular. “Podendo ser incorporados na dieta para suprir necessidades específicas de acordo com os objetivos e o tipo de treinamento.”
Mesmo assim, também é possível obter esses nutrientes por meio da alimentação, sem a necessidade de suplementação, sabia? “Contudo, para obter as quantidades necessárias de cada um e poder manipulá-los com mais facilidade e praticidade, geralmente optamos pela suplementação”, explica o profissional.
Com relação às diferenças, Derek destaca: “o whey protein fornece proteína de rápida absorção e de maneira mais isolada dos outros nutrientes. Já a creatina fornece energia rápida para atividades explosivas. E por fim, a palatinose é uma fonte de carboidratos que proporciona uma liberação lenta e constante de energia. Cada um tem um papel específico e pode ser mais adequado para diferentes tipos de treino e metabolismo.”
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Preciso incluir os três suplementos na minha rotina?
Nem sempre! “A necessidade de cada um depende dos objetivos individuais, do tipo de treinamento e das características metabólicas de cada pessoa. Enquanto o whey protein pode ser útil para quem busca ganho de massa muscular ou simplesmente para suprir a demanda de proteínas do dia, a creatina pode funcionar para atividades de alta intensidade e explosão muscular. Por outro lado, a palatinose pode ser benéfica para quem busca manter energia constante durante treinos de resistência. Ou seja, cada suplemento tem diversas aplicações e sua dose e posologia devem ser indicadas por um profissional para que sejam prescritas de maneira individualizada”, finaliza o especialista.
Fonte: Dereck Oak, nutricionista clínico e esportivo pós-graduado em Nutrição, Metabolismo e Fisiologia do Exercício Físico.