Introdução alimentar: Dicas de como facilitar o processo
A introdução alimentar acontece quando é necessário adicionar outros alimentos além do leite materno ao cardápio das crianças. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e com o Ministério da Saúde (MS), esse processo deve ser feito após seis meses de vida.
Assim, para muitos, a introdução alimentar pode ser um bicho de sete cabeças. Mas com algumas dicas, você pode encarar essa fase com tranquilidade.
A nutricionista Renata Branco diz que o importante é tentar inserir os alimentos na dieta dos pequenos de forma criativa.
Tente a introdução alimentar das crianças aos poucos
É normal, no início, a criança rejeitar certos alimentos. Isso porque desde a gestação, os pequenos já têm contato com a alimentação da mãe, e essa memória pode ser levada para o resto de sua vida.
“A fase mais comum é nos 2 anos e na fase pré-escolar, pois o processamento sensorial é o responsável por organizar o significado das sensações, seja um toque, um sabor ou um cheiro maravilhoso de um prato” explica a especialista.
Contudo, não desista de apresentá-lo novamente ao ingrediente. Tente aos poucos, mudando a textura, a forma de preparo ou o tempero. Dessa maneira, tenha calma e busque caprichar na introdução alimentar.
Nunca force-os a comer
Por mais que seu filho não queira ingerir alguns alimentos, lembre-se de agir de forma natural, evitando possíveis traumas.
“Se o seu filho recusar algum alimento, não force, ameace ou até mesmo utilize recompensas. Mesmo a criança recusando aquele alimento, não deixe de colocar no prato dele. Muitas mães gostam de fazer misturinhas escondendo os legumes e verduras, não tem problema fazer isso” afirma Renata.
Diga não aos industrializados
Ter uma alimentação equilibrada na infância e na adolescência é determinante para o desenvolvimento saudável de uma criança. Dessa forma, é importante para a prevenção de doenças como anemia, obesidade e cárie dental, além de condições crônicas como doenças cardíacas, diabetes, hipertensão e osteoporose.
Mas para isso, a nutricionista explica que é fundamental que as crianças tenham o mínimo de contato com alimentos industrializados.
Leia mais em: Saiba como diminuir o colesterol em crianças
“Uma alimentação saudável não significa uma alimentação cara ou de difícil acesso. Fazem parte de uma alimentação de verdade muitos alimentos ‘in natura’, tais como: feijão, arroz, milho, trigo, frutas, legumes, verduras, sementes e castanhas. Eles devem ser consumidos em porções adequadas todos os dias para garantir os nutrientes essenciais ao organismo”, afirma.
Além disso, uma dica é visar descascar mais e desembalar menos.
“Se seu filho não quiser comer, não troque a comida por um lanche (pães, biscoitos, bolos, massas, embutidos) e espere outro momento para oferecer outra refeição saudável”, finaliza Renata.
Alimentos indicados para a introdução alimentar
Veja, abaixo, a lista de alimentos indicados por Renata Branco para a introdução alimentar. Os principais itens incluem carboidratos, proteínas, vitaminas A e C, ferro, zinco e cálcio, fibras e gorduras boas.
- Arroz com feijão;
- Tubérculos: batata-doce, aipim, inhame;
- Frutas: abacate, banana, laranja, maçã, frutas vermelhas;
- Legumes e verduras: cenoura, chuchu, abóbora, berinjela, couve, brócolis, oleaginosas;
- Carne, frango, peixe, ovos;
- Gorduras boas: azeite;
- Além disso, temperos naturais: alecrim, sálvia, cheiro verde, salsa, cúrcuma e orégano.
Fonte: Renata Branco, nutricionista.