Calor extremo: grupos que precisam de atenção redobrada

Saúde
18 de Março, 2024
Calor extremo: grupos que precisam de atenção redobrada

O verão resolveu chegar ao fim este ano em grande estilo: faltando menos de uma semana para o início do outono, diversos estados brasileiros presenciaram recordes de altas temperaturas. Diante da condição climática atípica, alguns grupos de risco precisam de cuidados especiais para evitar complicações de saúde geradas pelo calor extremo. Saiba mais:

Grupos de risco para o calor extremo: bebês e crianças

Os pequenos têm a pele mais sensível e absorvem mais intensamente os raios de sol. Portanto, estão mais suscetíveis à chamada insolação. Queimaduras solares, fraqueza, desidratação, respiração e batimentos acelerados, febre e até vômitos são os principais sinais de alerta que os pais devem ficar de olho.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda, então, que bebês e crianças não sejam expostos ao sol entre 9h e 15h30 nos dias de calor extremo. Além disso, é preciso reforçar a hidratação e a proteção solar (seja com uso de filtros e roupas). E em qualquer sinal de insolação, vale levar o pequeno ao hospital.

Leia também: 6 sinais de que o seu bebê está com calor

Idosos

Com o passar do tempo, nosso corpo perde cada vez mais a capacidade de se adaptar a mudanças bruscas de temperatura. Além disso, também temos uma redução na sensação de sede e na capacidade de eliminar calor do corpo (geralmente, idosos transpiram menos). Esses fatores aumentam as chances de problemas como desidratação e hipertermia.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), a “prevenção deve ser feita a partir de cuidados simples e diários. Ingerir pelo menos dois litros de água por dia, usar roupas leves, preferir alimentos menos gordurosos e passar protetores solares nas áreas dos corpos expostos aos raios solares são algumas medidas para manter a saúde”, indica o presidente da instituição.

Pessoas com diabetes

As altas temperaturas favorecem quadros de hipo e hiperglicemia, além de estragarem medicamentos como a insulina. Isso porque:

  • O calor estimula a perda de água através do suor, propiciando quadros de desidratação. E para quem já tem diabetes, isso pode aumentar os níveis de açúcar no sangue por meio da osmose;
  • Por outro lado, locais muito quentes também podem fazer com que o organismo absorva insulina ou outros medicamentos de forma muito rápida. Esse processo favorece a hipoglicemia, isto é, quantidades muito baixas de glicose na corrente sanguínea;
  • Além disso, é essencial manter o correto armazenamento dos medicamentos para diabetes. A insulina, por exemplo, perde seus efeitos se atinge temperaturas acima de 30°C.

Leia também: Calor extremo favorece hipo e hiperglicemia em pessoas com diabetes

Grupos de risco para o calor extremo: pacientes renais

O calor extremo faz com que as taxas de desidratação no país cresçam – um ponto de atenção para os rins. Uma pesquisa sugere, por exemplo, que o aumento de apenas 1°C na temperatura média pode elevar em 1% o risco de internação por doenças que afetam os rins.

Sem contar que os pacientes renais que fazem diálise, por exemplo, muitas vezes precisam controlar a ingestão de líquidos. E em dias quentes, isso pode ser um problema. Por isso, é preciso redobrar os cuidados com a alimentação e a hidratação recomendadas pelo médico – tentando não ultrapassar as porções estabelecidas pelo profissional.

Pessoas com problemas cardíacos

O sistema cardiovascular tende a ser sensível a mudanças bruscas de temperatura – especialmente em pessoas que já têm alguma condição de saúde. O calor pode levar a queda súbita da pressão arterial, desmaios e até engrossamento da espessura do sangue (aumentando, desse modo, o risco de formação de coágulos).

O ideal, portanto, é evitar exercícios físicos de alta intensidade, beber muita água e usar roupas leves.

Fontes: Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), e Fundação Pró-Rim.

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