Gastroenterite: causas, sintomas, tratamentos e como prevenir
A gastroenterite é uma doença comum: cerca de 2 milhões de brasileiros sofrem, todos os anos, com a enfermidade. Atinge, principalmente, pacientes infantis, cuja mortalidade é maior, de acordo com a OMS. São necessários o diagnóstico precoce, o tratamento correto e uma dieta adequada para reforçar o sistema de defesa do corpo e evitar a desidratação. Entenda.
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O que é a gastroenterite?
A gastroenterite é uma inflamação do trato gastrointestinal que afeta o estômago e o intestino delgado. Geralmente, é causada por uma infecção viral, bacteriana ou parasitária, mas também pode ser desencadeada por intoxicação alimentar ou reações alérgicas a certos alimentos.
Quais são as causas?
Normalmente, a gastroenterite é transmitida de três principais formas:
- Contato com alimentos ou água contaminados;
- Por saliva (com beijos ou copos e utensílios compartilhados, por exemplo);
- Toque em uma superfície contaminada.
Quais são os sintomas da gastroenterite?
Os principais sintomas incluem diarreia, cólicas, náuseas, vômitos e febre (geralmente baixa), mas há também sinais mais específicos:
- Dores locais: no abdômen ou reto;
- No aparelho gastrointestinal: arroto, engasgos, fezes verdes, inchaço, indigestão, dores de estômago ou flatulência;
- No corpo: calafrios, desidratação, fadiga, perda de apetite, sede excessiva, tontura ou suor;
- Além disso, é comum: boca seca, dor de cabeça, perda de peso, produção insuficiente de urina ou ritmo cardíaco acelerado.
Como diagnosticar a gastroenterite?
A princípio, o diagnóstico da gastroenterite é simples, ou seja, não exige exames laboratoriais ou de imagem muito complexos na maioria dos casos. Assim, o exame de fezes é um dos principais para detectar a doença. Inclusive, com ele, é possível determinar qual tipo de agente infeccioso está presente no organismo. Além disso, exames de sangue e uma avaliação clínica também podem ser necessários para investigar e diagnosticar o quadro.
Tratamento
O tratamento da gastroenterite geralmente se concentra na reposição de líquidos e eletrólitos perdidos devido à diarreia e ao vômito. Isso pode ser feito através da ingestão de líquidos claros, como água, caldo e bebidas isotônicas, por exemplo. Em casos mais graves, pode ser necessário buscar atendimento médico para receber fluidos intravenosos e medicações para aliviar os sintomas.
Se não combatida, a condição pode levar à morte, sobretudo em áreas mais vulneráveis, onde não há saneamento básico, e em crianças menores de cinco anos, justamente pelo risco de desidratação.
Nesse sentido, o médico pode recomendar o uso de alguns medicamentos. Mas o mais importante é manter uma dieta própria para gastroenterite, fazer repouso e priorizar a reposição de líquidos e sais minerais perdidos.
Dieta para gastroenterite
É normal que o apetite diminua durante a gastroenterite, mas isso não quer dizer que você deva parar de comer. Mesmo diminuindo o volume das refeições, é muito importante se alimentar adequadamente e beber bastante água para ajudar o corpo na recuperação.
Os alimentos mais indicados são carboidratos de fácil digestão (arroz branco, pão branco, macarrão branco e frutas sem casca), e proteínas com baixo teor de gordura (peixes brancos, frango sem a pele, tofu, ovo e cogumelos). Confira mais exemplos para incluir no cardápio:
- Frutas sem casca, como maçã, pera, banana prata, pêssego, abacaxi, caju, goiaba, maracujá, melão ou limão.
- Vegetais, cozidos e sem casca, como cenoura, beterraba, chuchu, abobrinha, berinjela, tomate ou vagem.
- Cereais com fibras de fácil digestão, como arroz branco, macarrão branco, pão branco ou tapioca.
- Tubérculos, como batata, batata doce, batata baroa, cará, inhame ou aipim.
- Proteínas magras, como frango sem pele, peixes brancos sem pele, ovos, tofu ou peito de peru sem pele.
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Por fim, evite itens que irritam o trato digestivo, como café, pimentas, temperos fortes (mesmo que naturais), carnes embutidas e ingredientes ultraprocessados. Sobre as bebidas, além da água pura, dá para apostar em chás sem cafeína, água de coco, e águas saborizadas.
Como prevenir?
Para prevenir a gastroenterite, é importante observar uma boa higiene, como lavar as mãos regularmente, especialmente após usar o banheiro e antes de manusear alimentos. Além disso, evitar o consumo de alimentos mal cozidos ou estragados e beber água potável também pode ajudar a reduzir o risco de infecção.
Referência: Helio Magarinos Torres Filho; Gastroenterites infecciosas; abril de 2013.