Desequilíbrio hormonal: principais causas e como tratar
Existem muitas condições de saúde que podem ser causadas por um desequilíbrio hormonal. Aliás, as questões relacionadas aos hormônios são tantas que, comumente, esse é o primeiro aspecto a ser investigado em pacientes com alguns sintomas específicos.
Leia também: Rejeição das próteses de silicone: por que ela acontece em alguns
O que é um desequilíbrio hormonal?
Mas, antes de partirmos para as doenças relacionadas aos hormônios, é importante entendermos o que, exatamente, caracteriza um desequilíbrio hormonal.
“Hormônios são glândulas endócrinas que percorrem a corrente sanguínea para tecidos e órgãos, tendo papel fundamental no controle do metabolismo e na reprodução”, explica o Dr Odilon Denardin, endocrinologista e consultor médico do Labi Exames. “O desequilíbrio hormonal ocorre quando os níveis de hormônios estão acima ou abaixo do esperado de acordo com gênero e faixa etária.”
Leia também: Inchaço pós-covid: Joelma melhora após cuidar da microbiota
Sintomas de um desequilíbrio hormonal
Por isso mesmo é difícil determinar um único sintoma que represente todas as disfunções hormonais que podem acometer o corpo humano. Dependendo da idade do paciente, do sexo, dos seus hábitos de vida e até da alimentação, essa variação hormonal pode diferir e gerar sintomas diferentes.
“Tudo vai depender do quadro”, explica a Dra Ludmilla Pedrosa, endocrinologista pediátrica pela Sociedade Brasileira de Pediatria. “Se estamos diante de uma obesidade, pode haver desequilíbrio, por exemplo, dos hormônios que regulam a glicose no sangue. Os desequilíbrios hormonais relacionados à tireoide, por sua vez, podem ser devido a um funcionamento em excesso ou deficitário da glândula, o que leva a sintomas totalmente diferentes.”
Ainda assim, existem alguns sintomas que podem ser indicativos de um desequilíbrio hormonal, por exemplo:
- Ganho ou perda de peso;
- Fadiga;
- Dor, fraqueza, sensibilidade ou rigidez muscular;
- Dor, rigidez ou inchaço nas articulações;
- Aumento ou diminuição da frequência cardíaca;
- Sudorese;
- Aumento da sensibilidade ao frio ou calor;
- Constipação intestinal com maior frequência;
- Micção com maior frequência;
- Aumento da sede e fome;
- Diminuição do desejo sexual;
- Depressão;
- Nervosismo, ansiedade ou irritabilidade;
- Visão embaçada;
- Infertilidade;
- Queda de cabelo ou fios finos e quebradiços;
- Pele seca;
- Estrias.
Alguns sintomas podem ainda ser relacionados diretamente ao sexo biológico do paciente, como menstruação irregular nas mulheres e o crescimento das mamas nos homens.
Fora isso, é importante reforçar que um ou mais sinais não significa, necessariamente, um desequilíbrio hormonal — muitos deles podem indicar outras doenças crônicas. Por isso, é muito importante buscar sempre orientação médica diante de qualquer sintoma.
Leia também: Cisto no ovário causa inchaço, como no caso de Hailey Bieber?
Principais causas dos desequilíbrios hormonais
“É importante que o paciente saiba que, mesmo sendo algo difícil, é completamente comum que tanto homens quanto mulheres passem por desequilíbrio hormonal pelo menos uma vez na vida”, explica a Dra Thais Mussi, endocrinologista e metabologista pela SBEM.
As causas do desequilíbrio hormonal estão ligadas ao estilo de vida do paciente, explica a médica, então, se a rotina é estressante, a alimentação não é saudável e não existe uma prática regular de atividades físicas, as chances de apresentar hormônios desregulados é grande.
Aqui, também podemos listar algumas das causas mais comuns que podem gerar desequilíbrios hormonais:
- Terapia hormonal;
- Medicamentos;
- Tratamentos de doenças como o câncer (quimioterapia);
- Tumores (cancerosos ou benignos);
- Tumores pituitários;
- Distúrbios alimentares;
- Estresse;
- Lesões ou traumas;
- Diabetes;
- Hipotireoidismo ou hipertireoidismo;
- Hipogonadismo (ovários ou testículos);
- Síndrome de Cushing;
- Hiperplasia adrenal congênita;
- Doença de Addison;
- Menopausa;
- Gravidez;
- Amamentação;
- Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP);
- Tratamentos hormonais (anticoncepcionais).
Fontes: Dr Odilon Denardin, endocrinologista e consultor médico do Labi Exames, Dra Ludmilla Pedrosa, endocrinologista pediátrica pela Sociedade Brasileira de Pediatria, e Dra Thais Mussi, endocrinologista e metabologista pela SBEM.