Obesidade é uma doença crônica ou fator de risco? Especialista esclarece

Saúde
24 de Agosto, 2022
Obesidade é uma doença crônica ou fator de risco? Especialista esclarece

No Brasil e no mundo, a obesidade vem crescendo significativamente a cada ano. O assunto sempre ganha novas vertentes para conscientizar as pessoas sobre os riscos do excesso de peso. No entanto, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre questões básicas e, por essa razão, desconhecem a gravidade da condição. Por exemplo, a obesidade é uma doença crônica ou fator de risco? E o que isso quer dizer e como impacta na nossa saúde? Saiba mais a seguir!

Veja também: Benefícios das terapias cognitivas e comportamentais no tratamento da obesidade

O que é obesidade?

De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a obesidade é o excesso de gordura que traz problemas à saúde. A princípio, para definir quem tem obesidade ou não, existe um parâmetro bem conhecido, chamado IMC (índice de massa corporal). Em síntese, é preciso dividir o peso (em kg) pelo quadrado da altura (em metros) de uma pessoa. O resultado mostra se o peso está dentro da faixa ideal, abaixo ou acima do desejado, indicando, então, se há sobrepeso ou obesidade. Confira a classificação:

  • Menor que 18,5 – abaixo do peso.
  • Entre 18,5 e 24,9 – peso normal.
  • Entre 25 e 29,9 – sobrepeso.
  • Igual ou acima de 30 – obesidade.

Além disso, entre os graus de obesidade:

  • De 30 a 34,9 – grau I.
  • Entre 35 e 39,9 – grau II.
  • Acima de 40 – grau III.
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O que é doença crônica e fator de risco?

“A doença crônica é uma alteração na normalidade do organismo, que se instala e evolui por um longo período. Portanto, precisa de tratamento e controle pelo resto da vida. Por sua vez, o fator de risco é uma situação ou condição que leva a outras doenças”, esclarece Lorena Lima Amato, endocrinologista Doutora pela Universidade de São Paulo.

Afinal, a obesidade é uma doença crônica ou fator de risco?

Lorena explica que a obesidade se enquadra nas duas características. Dessa forma, por ser uma doença crônica, requer mudanças no estilo de vida para emagrecer, chegar a um peso saudável e mantê-lo para sempre. Em alguns casos, quando a obesidade já influenciou outras doenças, é necessário utilizar medicamentos e outros recursos para evitar complicações, pois não há uma cura definitiva. O excesso de gordura provoca uma inflamação generalizada do organismo, que leva a alterações hormonais, resistência à insulina, riscos de doenças cardiovasculares, problemas respiratórios… “Além disso, a obesidade pode causar diabetes, hipertensão, pelo menos três tipos de câncer e até transtornos emocionais, como a depressão”, acrescenta Lorena. Por isso que a obesidade também é um fator de risco, e, portanto, não deve ser negligenciada.

Outros motivos para levá-la a sério

Você já percebeu que a doença pode trazer grandes prejuízos a uma pessoa. Agora, imagine a obesidade em uma proporção maior, que afeta mais de 500 milhões de indivíduos pelo mundo. “São mais de 40 milhões de crianças, com idade até cinco anos, que estão acima do peso. Só no Brasil, cerca de 20% da população tem obesidade. Além disso, o excesso de peso está presente em 60% dos brasileiros adultos. Essas estatísticas estão em elevação e em todas as faixas etárias”, alerta a SBEM em comunicado. Os números mostram que a obesidade é um problema de saúde pública e isso impacta o futuro da população, que pode estar fadada a morrer por doenças que poderiam ter sido evitadas.

A obesidade é uma doença — e deve ser tratada como tal

A obesidade é grave e a “força de vontade” não deve ser um requisito para tratá-la. Muitas vezes, a pessoa sofre uma série de constrangimentos, pois ouve de médicos que o excesso de gordura é sua culpa e que “é só comer menos”. Contudo, a alimentação inadequada é fruto de diversos fatores. Somados a isso, a predisposição genética e o estilo de vida podem contribuir para a situação: um ambiente que não favorece o movimento e a mudança, questões familiares, sociais, emocionais…

Então, se você vive a obesidade na pele e já passou por algo semelhante, procure profissionais que compreendam que a condição é, de fato, uma doença. Como tal, exige acompanhamento de diversas especialidades que analisem todos os aspectos da rotina e do comportamento do paciente para chegar a um tratamento personalizado e acolhedor.

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Sobre o autor

Amanda Preto
Jornalista especializada em saúde, bem-estar, movimento e professora de yoga há 10 anos.

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