Quase 15% das crianças brasileiras com menos de 5 anos têm deficiência de vitamina B12
Estima-se que cerca de 340 milhões de crianças no mundo sejam afetadas por deficiências de micronutrientes, de acordo com um relatório da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) — e dentre elas, está a deficiência de vitamina B12. E as consequências para os pequenos englobam déficit de crescimento, baixo desempenho cognitivo, raquitismo, comprometimento do sistema imunológico, diarreia e infecções respiratórias.
Para você ter uma ideia, no Brasil, o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ERNANI-2019) trouxe dados importantes sobre anemia e deficiência de vitaminas e minerais nos pequenos. Entre fevereiro de 2019 e março de 2020, pesquisadores visitaram mais de 12 mil domicílios brasileiros, levantando dados de mais de 14 mil crianças menores de cinco anos de 123 cidades diferentes.
Um dos resultados aponta que a prevalência de deficiência de vitamina B12 em crianças menores de cinco anos, proveniente exclusivamente de alimentos de origem animal – carne bovina, suína, fígado, vísceras e peixes – é de 14,2% no Brasil. Já a carência de vitamina A é de 6% (em 2006, era 17,4%); de vitamina D, 4,3%; e de zinco, 17,8%.
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Como evitar a deficiência de vitamina B12 em crianças
A introdução alimentar pode não ser uma tarefa fácil para os responsáveis. Mesmo assim, é importante que a criança comece a ingerir a quantidade ideal de nutrientes para ter uma alimentação saudável. Além disso, a infância é o melhor momento para criar e cultivar bons hábitos alimentares.
Vale ressaltar que antes de chegar nessa etapa, o aleitamento materno é a estratégia que, isoladamente, mais previne mortes em crianças menores de cinco anos. Isso porque ele é superior a qualquer outro leite nessa fase da vida, como explica a nutricionista do Grupo Prontobaby Paula Tuffy.
“É o primeiro alimento essencial para o ser humano, sendo fonte de energia, minerais e vitaminas. O leite materno é considerado o mais completo para o desenvolvimento do ser humano”, pontua a especialista.
Quando começamos a introduzir os alimentos, vale prestar atenção na quantidade de nutrientes que o pequeno ingere. “Carnes, peixes, aves, ovo, feijão e outras leguminosas e frutas vermelhas são alimentos essenciais e importantes para o crescimento das crianças, ricos em vitaminas A, C, E, B1, B3 e B9 e em minerais como fósforo, ferro, cálcio, zinco e magnésio”, esclarece a nutricionista.
Com relação ao tamanho das porções, cada faixa etária segue uma orientação e, por isso, é importante o acompanhamento de um profissional nutricionista ou pediatra.
“A introdução dos alimentos é particular de cada um e varia conforme a aceitação. No desmame, os alimentos são ingeridos de acordo com os gostos da criança, com uma sucessão de erros e acertos. Não há uma regra, mas geralmente inicia-se com papas de frutas e legumes. Por fim, o caldo do feijão também é uma opção ao menu a partir dos seis meses de idade”, orienta a nutricionista.
Fonte: Paula Tuffy, nutricionista do Grupo Prontobaby.