Carbofobia: Medo irracional de consumir carboidratos não é saudável
Carbofobia. O termo já existe há algum tempo, mas recentemente voltou a ser discutido após um episódio envolvendo o participante do BBB 22, Arthur Aguiar. A influencer fitness e esposa do brother, Maíra Cardi, fez uma brincadeira nas redes sociais ao ver seu marido comendo pão na casa. Em tom de ironia, ela disse que se sentia “traída”, e que todo o trabalho para esculpir o corpo do amado teria sido em vão — tudo por causa do alimento, que é rico em carboidratos.
Fontes de energia e essenciais para o corpo humano, os carboidratos são frequentemente excluídos da dieta de quem procura emagrecer. Contudo, o sentimento de terror criado em relação ao macronutriente não é considerado um hábito saudável, e pode até trazer alguns prejuízos para a saúde. Entenda tudo sobre a carbofobia:
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Afinal, carboidrato engorda?
Os carboidratos são do time dos macronutrientes, nutrientes que precisamos em maiores quantidades e que são facilmente absorvidos pelo organismo, assim como as proteínas e as gorduras.
Eles são formados por moléculas de carbono, oxigênio e hidrogênio, e possuem dois papéis bem importantes. O primeiro é fornecer energia para o organismo em forma de glicose. Ou seja, os carboidratos são combustíveis aos quais o organismo recorre para continuar trabalhando, porque são de rápida absorção. Além disso, integram alguns tipos de células.
A polêmica envolvendo os carboidratos e o ganho de peso é um pouco mais complexa do que parece. Isso porque alguns tipos (especialmente os encontrados em produtos industrializados e açucarados) podem sim favorecer o acúmulo de gordura e até alterar alguns indicadores da nossa saúde, mas se consumidos em excesso.
Por outro lado, aqueles de absorção lenta (cereais integrais, alguns legumes e frutas) evitam picos de insulina no sangue. Dessa forma, conferem mais saciedade e produção de energia por mais tempo.
Ou seja, os carboidratos são essenciais para nós e não necessariamente engordam. Desde que façam parte de uma alimentação saudável e composta por outros macronutrientes em quantidades adequadas.
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O que é a carbofobia e por que ela é perigosa?
Reduzir o consumo de carboidratos e aumentar o de proteínas e de gorduras boas geralmente consiste em uma estratégia válida para quem quer diminuir alguns números na balança. Mas isso não significa que é expressamente proibido comer um pãozinho recém-saído do forno de vez em quando, ou então aproveitar uma fatia de pizza com os amigos.
Essa ideia de que os carboidratos são nossos eternos inimigos, pelo contrário, pode trazer prejuízos tanto para a saúde mental quanto para a física. Isso porque muitos podem associar a ingestão de carboidratos ao sentimento de culpa extrema, pontapé inicial para o surgimento de transtornos alimentares como bulimia, anorexia e ortorexia (preocupação exagerada com a dieta e os exercícios físicos).
Sem contar que dietas radicais sem o acompanhamento profissional podem causar deficiências nutricionais. A longo prazo, elas não são sustentáveis, e também podem contribuir para um ciclo de compulsão/restrição nada bom.
Portanto, o ideal é procurar um nutricionista. O profissional poderá indicar para você as porções ideais de cada macronutriente de acordo com o seu objetivo, para que você possa ter uma alimentação prazerosa e sem terrorismos nutricionais!
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