Alimentos enriquecidos ou fortificados: o que são? Vale a pena comprar?

Alimentação Bem-estar
28 de Setembro, 2022
Alimentos enriquecidos ou fortificados: o que são? Vale a pena comprar?

Nas prateleiras dos supermercados, é bem comum você se deparar com os famosos “alimentos enriquecidos”, ou “fortificados”. São leites em pó, leites tradicionais, farinhas, bolachas recheadas e muitos outros itens que contam logo de cara que contêm vitaminas e minerais a mais na composição. Mas como isso funciona?

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O que são e para que servem os alimentos enriquecidos

“Os alimentos enriquecidos ou fortificados são métodos utilizados atualmente para reforçar o valor nutritivo dos itens para a recuperação da saúde e a prevenção de carências nutricionais“, explica a nutricionista do Grupo Prontobaby, Paula Tuffy.

A vantagem dos alimentos fortificados é que recebem a adição de nutrientes como o ferro, vitaminas (como a B12), ômega-3, cálcio, fibra e ácido fólico. Elementos que, se em quantidades insuficientes, trazem consequências para a saúde.

Acredite se quiser, o Brasil é um país que ainda sofre bastante com a deficiência nutricional. Quando falamos do ferro, por exemplo, a anemia (ou seja, a carência de ferro) pode chegar a 60% da população, dependendo da região do país. Fora isso, existem estudos que dizem que aproximadamente 50% das crianças brasileiras com até 5 anos não ingerem as quantidades adequadas de vitamina A.

É por isso que os alimentos fortificados costumam ser indicados para pessoas mais suscetíveis às faltas vitamínicas. Como crianças e idosos, ou pessoas que comprovadamente estejam lidando com alguma deficiência dessa natureza. Pode-se usar os leites em pó com fortificação, por exemplo, nos dois casos. Isso porque eles contam com vitaminas e minerais que, possivelmente, essas pessoas não estão recebendo na alimentação comum.

Segundo a legislação brasileira atual, existem também regras para algumas fortificações de nutrientes que conhecidamente faltam na alimentação brasileira — é o caso do sal de cozinha, fortificado com iodo, e das farinhas de trigo e milho, que devem conter ferro e ácido fólico.

Outra vantagem, de acordo com a nutricionista, é que esses alimentos não têm contraindicação: qualquer pessoa pode consumi-los, sem restrição. No entanto, é importante, primeiro, fazer o acompanhamento com um profissional nutricionista para saber a real necessidade de fortificação e, segundo, pensar a qualidade do alimento enriquecido.

Vale a pena comprar alimentos fortificados?

Um balizador importante, nesse sentido, é se perguntar: esse alimento seria considerado saudável se não tivesse esses elementos extras? Um pacote de bolachas recheadas fortificadas, por exemplo, deixa de ser interessante a partir do momento em que percebemos que esse alimento é muito mais rico em gorduras e açúcares do que qualquer outra coisa — ou seja, a fortificação vitamínica não necessariamente torna esse um produto saudável.

Outro ponto interessante é questionar o porquê da fortificação: por qual motivo você precisa dessas vitaminas e minerais extras? É possível adquiri-las a partir da própria alimentação? Muitas vezes, pequenos ajustes alimentares são suficientes para você manter as suas necessidades nutricionais de forma saudável e natural.

Para isso, é fundamental contar com o acompanhamento de um nutricionista — só ele poderá montar um plano alimentar e recomendar as suplementações necessárias da forma correta.

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Fonte: Paula Tuffy, nutricionista do Grupo Prontobaby.

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