Preciso suplementar vitamina D no verão?
A vitamina D é um micronutriente essencial para nós. Ela contribui para diferentes funções, incluindo a saúde óssea e o sistema imunológico. Por isso, é importante garantir que seus estoques estejam adequados no organismo. Por ser associada à luz solar, muita gente acredita que não precisa atentar-se à vitamina D durante o verão. Mas você sabia que não é bem assim que funciona? Saiba mais sobre o assunto:
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Para que serve a vitamina D?
De acordo com a médica endocrinologista Dra Livia Marcela, as principais vantagens dessa vitamina incluem a manutenção e a saúde da massa óssea – ou seja, ajuda a prevenir a osteopenia e a osteoporose.
“Existem também outros benefícios, como redução do número de quedas, melhora da performance muscular e melhora do sistema imunológico. Além disso, ela atua como um cofator da absorção de cálcio presente nos alimentos pelo sistema gastrointestinal”, complementa.
Ainda segundo a especialista, a melhor fonte de vitamina D é o sol. Isso porque os raios UVB são muito eficazes na metabolização e na ativação da vitamina D. É por isso que muita gente associa o micronutriente ao verão!
Por fim, alguns alimentos também possuem vitamina D, por exemplo, peixes e cogumelos. “Mas a quantidade não costuma ser suficiente para fazer a reposição ou a manutenção dessa vitamina no corpo. Por isso, há casos em que os médicos recomendam a suplementação por medicamentos.”
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Por que algumas pessoas precisam suplementar vitamina D mesmo no verão?
Como já explicado, os níveis desse macronutriente se mantêm dentro da faixa considerada normal principalmente com a exposição solar do indivíduo. Contudo, dependendo da rotina da pessoa, ela pode não receber a quantidade necessária de sol mesmo no verão. É o caso de muita gente que trabalha o dia todo no escritório e não costuma sair de casa aos fins de semana, por exemplo.
Mas, calma. Não é só porque você faz home office que necessariamente precisará de suplementação. A forma ideal de descobrir se você sofre com deficiência de vitamina D é por meio de um exame laboratorial (de sangue). Essa análise é muito importante especialmente para gestantes e lactantes, mulheres no pós-menopausa, pessoas com osteoporse ou quem está fazendo tratamento para doenças crônicas, como diavetes e artrite reumatoide.
O principal sintoma da falta do nutriente no corpo é a dor óssea. “Porém, ele só ocorre quando a deficiência é muito importante e já está instalada há algum tempo. Na maioria dos casos, não há sintomas. Por isso, é necessário o acompanhamento com dosagem laboratorial”, diz a médica.
Para a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), os valores recomendados de vitamina D são:
- População geral saudável: maior do que 20 ng/mL;
- Grupos de risco: entre 30 e 60 ng/mL.
Cuidados
Vale lembrar, por fim, que o ideal é não suplementar sem prescrição médica. “A vitamina D também atua como um hormônio, e o excesso dela pode causar prejuízos, como alteração do ritmo do coração e mais predisposição a pedras nos rins”, alerta a especialista.
Se você aposta na exposição solar para garantir estoques adequados de vitamina D, também deve tomar cuidado com os exageros pensando na saúde da pele.
Fonte: Dra Livia Marcela, médica endocrinologista.