Tireoidite de Hashimoto: Sintomas, diagnóstico e tratamentos

Saúde
26 de Agosto, 2022
Tireoidite de Hashimoto: Sintomas, diagnóstico e tratamentos

A tireoidite de Hashimoto é uma doença autoimune que causa a inflamação da tireoide. Dessa forma, a glândula, cuja função é liberar hormônios para o corpo, pode trabalhar em excesso, como é o caso do hipertireoidismo. Ou, então, pode liberar as substâncias em quantidades insuficientes, sendo o quadro de hipotireoidismo.

Assim, a doença de Hashimoto é uma das causas mais comuns do hipotireoidismo, especialmente em mulheres adultas. Ainda não se sabe o que faz a glândula inchar e funcionar incorretamente. Mas a ciência já tem conhecimento de que o organismo começa a produzir anticorpos que atacam suas próprias células, e que as mulheres adultas são as mais afetadas.

Leia também: Tireoide e depressão: Conheça a relação

Sintomas da tireoidite de Hashimoto

  • Depressão;
  • Aumento indolor da tireoide;
  • Aumento do colesterol;
  • Cansaço excessivo;
  • Aumento de peso;
  • Prisão de ventre;
  • Pele fria e pálida;
  • Cabelo e unhas fracas;
  • Dores musculares ou articulares;
  • Baixa tolerância ao frio.

Diagnóstico

A melhor forma de diagnosticar a tireoidite de Hashimoto é consultar um endocrinologista e realizar o exame de sangue para avaliar os hormônios: T3, T4 e TSH. Além disso, também é recomendada uma pesquisa dos anticorpos antitireoidianos (anti-TPO). Dessa forma, no caso da tireoidite, o TSH fica geralmente aumentado.

Exames para o diagnóstico

Outros exames auxiliam para um diagnóstico mais detalhado. Como:

Ultrassom da tireoide: o ultrassom pode ser solicitado em caso de alteração à palpação da tireoide. O exame é indolor e dura cerca de 10 minutos.

Ultrassonografia com Doppler Colorido: este exame é solicitado para obter uma imagem mais clara e detalhada da glândula tireoide. Dessa forma, também detecta qualquer anormalidade. O doppler colorido analisa o fluxo sanguíneo, possibilitando também a avaliação funcional da tireoide.

Anticorpos antitireoglobulina: assim como o anti-TOP, este exame também é de sangue. Se os valores do resultado forem menores que 40,00 UI/mL, significa que o valor está dentro do normal. Portanto, acima deste número o anticorpo está alto e deve ser avaliado junto ao médico.

Autoexame da tireoide

Você sabia que é possível realizar um autoexame da condição? Portanto, essa é uma forma prática e rápida, que ajuda o próprio paciente a detectar qualquer anormalidade. A Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP) elaborou um guia de como fazer o exame corretamente:

  • Com a ajuda de um espelho, procure a área abaixo do “pomo-de-adão” (gogó) no pescoço. Ali é onde fica a tireoide;
  • Em seguida, incline a cabeça para trás, fazendo com que o pescoço fique exposto. Deixe o espelho bem centrado nesta área;
  • Beba um gole de água. Ao engolir, a tireoide sobe e desce. Observe se existe algum aumento ou saliência durante isso;
  • Por fim, se precisar, repita o autoexame.

Complicações da tireoidite de Hashimoto

A tireoide provoca alterações hormonais. Portanto, quando não recebe o tratamento correto, pode causar problemas cardíacos e de saúde mental, como a depressão. Além disso, doença também pode gerar a mixedema, condição que causa o inchaço do rosto, ausência de energia e perda de consciência.

Principais tratamentos da doença de Hashimoto

A principal estratégia para recuperar a saúde da tireoide é acalmar o sistema imune, que está ativamente atacando a glândula, e manter o funcionamento do intestino. O tratamento é indicado quando há alterações dos valores de TSH ou quando surgem sintomas.

Então, durante seis meses, é feita a reposição hormonal com Levotiroxina. No final desta etapa, o paciente deve voltar em consulta com o endocrinologista para avaliar os resultados e optar ou não pela continuidade da medicação.

Por fim, a remissão da doença pode acontecer a partir de uma dieta personalizada e muita disciplina para seguir os protocolos. Assim, o primeiro passo é remover alimentos inflamatórios e intolerantes do cardápio. Mas, caso o inchaço na glândula dificulte a respiração ou a alimentação, o médico pode indicar uma tireoidectomia, que é a cirurgia para a remoção total da glândula.

Qual médico procurar?

Endocrinologista: é ele quem vai diagnosticar a doença, informar os fatores de risco e prescrever os medicamentos corretos (caso necessário). Durante todo o período de tratamento, o médico deve acompanhar a evolução do paciente e analisar as necessidades ou mudanças de todo o processo.

Nutricionista: esse profissional irá personalizar o cardápio do paciente para uma alimentação saudável, seguindo as necessidades, gostos e rotina de cada um. Assim, o nutricionista monta um plano alimentar que se adapta ao diagnóstico. Ele trabalha em conjunto com o endocrinologista.

Perguntas frequentes sobre a tireoidite de Hashimoto

A doença tem cura?

Ainda não há cura para a tireoidite de Hashimoto. No entanto, o controle da disfunção e reposição hormonal permite que o paciente tenha uma vida normal. Sendo assim, o tratamento é feito pelo resto da vida.

A condição causa dor?

Geralmente, a tireoidite de Hashimoto não causa dor. Mas se sentir qualquer tipo de desconforto na região, busque ajuda médica.

Dieta para tireoidite de Hashimoto

É recomendado que pacientes com tireoidite de Hashimoto evitem alimentos gordurosos, bebidas alcoólicas, alimentos industrializados, glúten, café e soja. Ou seja, uma boa dieta para a condição precisa ser rica em alimentos naturais, com alto teor de fibras, gorduras saudáveis e proteínas magras. Então, investir em alimentos com nutrientes como o iodo, complexo B e cálcio é uma ótima sugestão. Por fim, mantenha-se sempre bem hidratado.

Confira sugestões de alimentos para incluir na dieta.

Referências: Manual MSD; Ministério da Saúde; Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP).

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