Saúde emocional e saúde mental: Diferenças e semelhanças

Bem-estar Equilíbrio
18 de Julho, 2019
Saúde emocional e saúde mental: Diferenças e semelhanças

Igualmente importantes para o bem-estar e equilíbrio do ser humano, a saúde emocional e saúde mental estão intimamente conectadas. Saiba as particularidades de cada uma e porque você precisa cuidar de ambas para ser mais feliz e resiliente diante dos desafios da vida.

Saúde emocional: Cuidando da qualidade dos seus pensamentos

A saúde emocional diz respeito à percepção de si próprio por meio da autoestima. Ou seja, quando está saudável, o indivíduo conhece suas emoções (raiva, medo, alegria), mantendo seu equilíbrio e comportamento controlados em situações desgastantes do dia a dia. 

A principal característica da saúde emocional está ligada ao conteúdo dos pensamentos, que podem ser pessimistas ou otimistas. Ao ser prejudicada, a pessoa fica presa em um padrão de pensamentos negativos durante a maior parte do tempo. 

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Dessa forma, o principal sintoma de que a saúde emocional não vai bem é a oscilação constante de comportamento, entre feliz e triste, agitado e apático, além de perder o entusiasmo com facilidade.

“As emoções são uma parte vital do cotidiano das pessoas. Não importa se você está rindo de um programa de TV ou se sentindo incomodado com o trânsito. Esses altos e baixos que você sente podem afetar seu bem-estar. Sem controle, pensamentos e emoções podem arruinar qualquer bom humor. Com o tempo, isso pode se tornar tão comum que até parece normal”, explica Yuri Busin, psicólogo doutor em neurociência do comportamento e diretor do Centro de Atenção à Saúde Mental – Equilíbrio (CASME).

Saúde mental: reações químicas que importam

Atrelada à saúde emocional, a saúde mental está conectada ao bem-estar do indivíduo e também à sua capacidade de controlar as emoções. No entanto, quando precisa de atenção, pode abrir precedentes para o desenvolvimento de transtornos como depressão, síndrome do pânico e bipolaridade. Ou seja, tem muito mais a ver com sintomas que desencadeiam desequilíbrios fisiológicos e neurológicos. Por isso que, nestes casos, é preciso a intervenção de um psiquiatra, que avalia e diagnostica um possível transtorno mental. 

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A saúde emocional entra como um indicativo importante para descobrir se algo não vai bem com a saúde mental. 

Saúde emocional e saúde mental: Semelhantes, porém diferentes

Os sintomas são praticamente iguais – insônia, alterações no humor, isolamento social, dificuldade em lidar com situações do dia a dia, falta de motivação e de concentração são alguns relevantes. 

A saúde emocional, entretanto, é mais perceptível porque afeta diretamente a relação com as pessoas e a autoestima. É menos complicada de ser gerenciada, porque tem a ver com o autoconhecimento e a capacidade de aprender a lidar com as emoções. 

Já a mental consiste em descompensações fisiológicas e neurológicas, que exigem acompanhamento profissional para um diagnóstico e tratamento adequados.

As duas são co-dependentes: precisam estar em sintonia para o bem-estar do indivíduo. Se uma não está em equilíbrio, certamente prejudicará a outra, levando a problemas que estão se tornando uma epidemia mundo: depressão, estresse pós-traumático, síndrome de Burnout, bipolaridade e outras doenças que afetam profundamente a saúde mental. Por isso, uma não se sustenta sozinha se a outra não estiver plena.

Saúde emocional e saúde mental: Como cuidar delas

Ambas possuem basicamente os mesmos caminhos, e o autocuidado é um deles. Embora a saúde mental afetada realmente exija acompanhamento psicológico ou por vezes psiquiátrico, algumas atitudes e mudanças na rotina e no padrão de pensamento podem ajudar. 

Exercite-se

O movimento gera reações fisiológicas positivas, com a produção de neurotransmissores. Endorfinas e serotonina são liberadas no sangue e causam bem-estar, otimismo e disposição. Por isso que a OMS recomenda o exercício como principal aliado de doenças como depressão e sedentarismo (que conduz a doenças potencialmente letais como obesidade e diabetes).

Medite

A meditação tem o poder de modular a atividade cerebral e alterar padrões. Ao fazer uma meditação diária, de cinco a 20 minutos por dia, em oito semanas é possível notar melhora da concentração, atenção plena e mais autoconhecimento para reconhecer comportamentos e emoções.

Cultive sua autoestima

Exercite sua mente a enxergar suas qualidades que fazem de você um ser humano único. Anotar tudo em um papel ou fazer um diário sobre como se sente são estratégias de visualização que ajudam a identificar a origem de suas inseguranças e desequilíbrios.

Tenha um tempo só seu

Bloqueie pelo menos uma hora do seu dia para fazer algo que lhe dê alegria e relaxamento. Hobbies como correr, praticar ioga, ler, aprender algo novo são estimulantes e renovam a disposição para encarar o dia a dia.

Valorize as amizades

Reveja amigos e pessoas queridas sempre que possível. Uma boa conversa nunca faz mal a ninguém e pode ser terapêutica. Seja para desabafar, dar boas risadas… Esteja sempre cercado de pessoas que lhe fazem bem.

Receba apoio

Procure ajuda profissional, mesmo que você não tenha algum transtorno mental. Fazer terapia é uma forma de ir a fundo nas emoções e resolver conflitos internos, principalmente se você tem dificuldade em se abrir com amigos e familiares.

Leia também: Autocuidado: O que é, como praticar e benefícios desse hábito

Fonte: Yuri Busin, psicólogo doutor em neurociência do comportamento e diretor do Centro de Atenção à Saúde Mental – Equilíbrio (CASME).

Sobre o autor

Amanda Figueiredo
Amanda Figueiredo é nutricionista clínica pela USP (Universidade de São Paulo), pós-graduada em Saúde da Mulher e Reprodução Humana pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) e especialista em emagrecimento e nutrição estética CRN-3 77456 Também é jornalista e editora-chefe da Vitat.

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