Refeição livre vale a pena ou pode atrapalhar a dieta?
A ideia de ter um “dia do lixo” na dieta consiste em separar um dia do cardápio para comer tudo o que você quiser — e nas quantidades que desejar. Contudo, essa ideia já está ultrapassada e não é a mais recomendada por especialistas. Para momentos de prazer saudáveis, o mais indicado é a chamada refeição livre. Entenda melhor:
Dia do lixo ou refeição livre
O dia do lixo deixou de ser um termo utilizado por quem faz dieta há bastante tempo. E isso por alguns motivos.
Primeiramente, separar os ingredientes em “permitidos” e “proibidos” pode fazer com que a gente crie um certo medo da comida, o que torna a nossa relação com a alimentação uma verdadeira tortura e aumenta as chances de sentimentos como culpa e até comportamentos compulsivos darem as caras.
Além disso, vale lembrar que toda refeição tem o seu papel — seja para nutrir o corpo ou trazer conforto depois de uma semana cansativa, por exemplo. Somos seres sociais, e a comida faz parte desse meio. Por isso, classificar qualquer alimento como “lixo” não é legal.
Por fim, um dia inteiro de excessos gordurosos, calóricos e nada nutritivos pode atrapalhar bastante a dieta. É por isso que aportar na refeição livre vale muito mais a pena! Trata-se de separar uma única refeição para comer algo apenas por ser gostoso, e não pensando somente nas calorias e nos nutrientes.
A grande vantagem é que “ela é pensada e calculada para o paciente comer o que quiser naquele momento, mesmo não sendo algo saudável”, explica a nutricionista Juliana Lucas P Lima, da Clínica do Dr Lucas Costa.
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Por que apostar na refeição livre?
De acordo com a especialista, uma ou duas refeições livres na sua semana podem ser úteis no controle da sensação de privação alimentar, facilitando a adesão prolongada à dieta. Sem contar que a estratégia facilita a reativação metabólica: isto é, você “engana e desperta o corpo” para que ele não economize tanta energia (característica comum em períodos de restrição calórica).
Ademais, a nutri afirma que a refeição livre ajuda a aumentar a leptina (hormônio conhecido por controlar o apetite). O que contribui, desse modo, para acelerar o metabolismo, controlar o peso e equilibrar os níveis de gordura corporal.
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Como fazer?
O primeiro passo é contar com o acompanhamento de um profissional. Ele calculará as porções e os alimentos no cardápio durante a semana para que a refeição livre não impacte o seu objetivo.
Geralmente, são reservadas uma ou duas refeições mais livres na semana. Assim, no dia, é recomendado realizar as outras refeições seguindo as indicações do especialista, beber bastante água e praticar exercícios físicos como de costume. Na manhã seguinte, nada de jejuns radicais ou restrições severas para “compensar” as calorias ingeridas.
Fonte: Juliana Lucas P Lima, nutricionista da Clínica do Dr Lucas Costa e especialista em Clínica Funcional com foco em emagrecimento, saúde e performance (CRN – 2011003680).