Queimação no estômago: o que é, sintomas e tratamento
Sabe aquela sensação de mal estar no estômago, que muitas vezes pode ser como uma pontada ou até mesmo azia? Trata-se de queimação de estômago, uma sensação desconfortável que acontece na região localizada entre o tórax e o abdômen, o epigástrio. Somente quem convive com esses episódios sabe o quão dolorosos eles podem ser. Confira porque isso acontece, sintomas e tratamento.
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O que pode ser a queimação no estômago?
De acordo com o Dr André Augusto Pinto, cirurgião geral da Clínica Gastro ABC, “a queimação no estômago é uma sensação de dor na região do epigástrio, que fica entre o tórax e o abdômen. Essa dor pode ser como uma pontada, ou também, pode ser uma azia, queimação — sensação que ocorre quando o estômago produz uma quantidade excessiva de ácido.”
Além da própria queimação, outros sintomas podem estar relacionados, como náuseas, vômito, dor abdominal difusa, distensão abdominal, diarreia e outros.
Na maioria dos casos, a queimação é uma consequência da gastrite, mas alguns outros quadros também contam com a sua aparição, como as úlceras, as esofagites — inflamação do esôfago pelo refluxo gastroesofágico —, as hérnias de hiato e outras doenças que podem ter sintomas parecidos. Mas, para um diagnóstico assertivo, é essencial consultar um médico e realizar os exames recomendados.
Fatores que influenciam na queimação de estômago
São inúmeros os motivos para que esses episódios aconteçam. O principal deles é a alimentação. Quando alguns tipos de alimentos que fomentam a produção de ácido no estômago marcam presença no seu cardápio, esse sintoma pode aparecer. Confira alguns exemplos:
- Gorduras e frituras
- Enlatados e embutidos
- Comidas com muito molho, principalmente o de tomate
- Condimentos em geral
- Pimenta, pimentão e pimenta do reino
- Refrigerante e café em excesso
Para além da alimentação, alguns outros fatores influenciam nesse desconforto estomacal, que é o caso do estresse e da ansiedade, que acionam a produção de mais ácido no estômago.
O Dr. ainda ressalta que, por mais que sejam estimulantes da produção do ácido, o estresse e ansiedade não são os causadores da gastrite nervosa: “O estresse e a ansiedade estimulam o seu estômago a produzir mais ácido ainda, mas não é a causa principal”.
Além disso, confira outros cenários que podem ocasionar sensação de azia e queimação de estômago:
- Ficar muito tempo com o estômago vazio;
- Comer muito a noite e se deitar;
- Tomar muito líquido junto com a comida;
- Ficar muitas horas sem comer.
Tratamento e diagnóstico
Para um diagnóstico a partir da sensação de queimação no estômago, é de extrema importância compartilhar com o seu médico os sintomas e o que vem acontecendo.
A partir daí, alguns podem ser os exames que o seu especialista poderá pedir, como uma endoscopia digestiva alta e um ultrassom de abdômen total, por exemplo. Assim, é possível fazer o diagnóstico de uma possível gastrite.
Somente a partir desse diagnóstico o tratamento poderá ser iniciado de forma apropriada. A automedicação, em contrapartida, pode atrapalhar o processo de identificação desses sintomas e atrasar um tratamento assertivo.
Como aliviar a sensação de queimação no estômago?
Um ponto de partida para evitar esse desconforto é ficar de olho nos seus hábitos alimentares, bem como ajustá-los. Além disso, recomenda-se riscar do cardápio alguns alimentos que já foram listados, de acordo com o Dr. André, e “evitar tomar líquidos junto com os alimentos. Por isso, coma alguma coisa entre o café da manhã e o almoço, e entre o almoço e o jantar, para não ficar muito tempo com o estômago vazio”, completa.
Por fim, vale ressaltar que um estilo de vida com mais exercícios físicos e uma dieta balanceada são valiosos para evitar a queimação de estômago.
Queimação no estômago: fato ou fake?
Já te recomendaram algum chá de ervas ou outra receitinha “milagrosa” para acabar com a queimação? Será que todas essas dicas que a gente encontra na internet fazem bem mesmo? Responda o quiz e descubra se o que dizem por aí é verdade, ou não passa de mito:
Fonte: Dr. André Augusto Pinto, cirurgião geral da Clínica Gastro ABC.
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