Por quanto tempo devo tomar vitamina E?
Famosa por suas propriedades antioxidantes, a vitamina E é um dos aliados de uma pele saudável. Isso se deve, em grande parte, à ação antioxidante e anti-inflamatória que contribui com o efeito rejuvenescedor. Por outro lado, a vitamina também previne o câncer de pele, a diabetes e ajuda a controlar os níveis de colesterol. Com tantos benefícios assim, é comum que as pessoas se perguntem “por quanto tempo devo tomar vitamina E?” A seguir, veja o que dizem os especialistas ouvidos pela Vitat.
Quando é necessário tomar vitamina E?
A vitamina E é um nutriente essencial para o corpo humano, já que ela age como antioxidante no organismo. Não à toa, o componente é largamente utilizado nos produtos de pele. Além disso, algumas pesquisas sugerem que a vitamina tenha efeitos benéficos na prevenção de doenças crônicas, como doenças cardíacas e certos tipos de câncer.
No entanto, a suplementação via oral desse tipo de vitamina está longe de ser indicada diretamente para cuidar da pele. A médica nutróloga Marcella Garcez, Diretora da Associação Brasileira de Nutrologia, explica que os comprimidos de vitamina E representam uma opção de tratamento apenas para pessoas com deficiência do nutriente.
A seguir, confira as principais situações em que é necessário suplementar vitamina E com indicação médica:
- Doença hepática;
- Fibrose cística;
- Distúrbios genéticos;
- Problemas e absorção de gordura;
- Doença celíaca;
- Pancreatite crônica;
- Cirurgias intestinais.
Além disso, para usufruir dos benefícios da vitamina E na pele, é possível optar por produtos de skincare, que possuem o nutriente em sua composição, aliado a uma alimentação saudável.
Vitamina E na alimentação
Em situações comuns, podemos obter a vitamina E através da alimentação. Inclusive, essa é a fonte mais indicada por profissionais de saúde antes de se considerar a suplementação (salvo nos casos de deficiência comprovada). “É absolutamente possível obter as quantidades ideais de vitamina E por meio de uma dieta equilibrada e rica em itens que contenham esse micronutriente, encontrado principalmente em alimentos ricos em gorduras saudáveis”, explica a médica.
Portanto, podemos considerar os seguintes alimentos como boas fontes de vitamina E:
- Sementes oleaginosas como amêndoas, sementes de girassol, sementes de abóbora e avelãs;
- Óleos vegetais como os de gérmen de trigo, girassol e amêndoas;
- Azeite de oliva;
- Verduras de folhas escuras como espinafre, couve, acelga e outros vegetais folhosos;
- Frutas como kiwi, abacate e morangos;
- Grãos integrais, como trigo integral e aveia.
No entanto, antes mesmo de considerar a suplementação, observe se você está incluindo fontes de vitamina E na alimentação. Dessa forma, a suplementação só deve ser considerada após uma avaliação médica adequada da necessidade individual e a dosagem deve ser ajustada conforme necessário para evitar efeitos colaterais indesejados.
E por quanto tempo devo tomar vitamina E?
O tempo que se deve tomar vitamina E como suplemento pode variar com base nas necessidades individuais, condições de saúde e objetivos específicos. Segundo a médica, os principais critérios incluem:
- Se a suplementação é realizada para corrigir uma deficiência diagnosticada de vitamina E, o tempo de tratamento dependerá da gravidade e da resposta do corpo.
- Se a indicação é para apoiar a saúde geral e prevenir deficiências, é aconselhável seguir as orientações e os critérios médicos para o consumo.
- Condições médicas específicas, como distúrbios genéticos que afetam a absorção de gordura, problemas intestinais crônicos ou outras condições de saúde, a suplementação de vitamina E pode ser recomendada a longo prazo, com supervisão médica.
- Se a suplementação está sendo considerada para prevenção de doenças crônicas, como doenças cardíacas.
Por isso, não há como determinar um tempo fixo sem considerar as necessidades individuais. Ou seja, é importante discutir essa decisão com um médico de confiança.
Qual a quantidade ideal de consumo de vitamina E?
As recomendações de ingestão diária de vitamina E variam de acordo com a idade, sexo e outras condições individuais. As diretrizes alimentares geralmente são expressas em miligramas de alfa-tocoferol equivalente, que
- Adultos (homens e mulheres), com 14 anos ou mais: 15 miligramas ou 22,4 UI por dia.
“Essa é uma recomendação geral, e as necessidades individuais podem variar. Mulheres grávidas ou lactantes, pessoas com condições médicas específicas e outras situações podem exigir uma ingestão diferente”, completa a médica.
Por isso, antes de suplementar, o ideal é consultar um médico de confiança para determinar a quantidade indicada para cada caso. Lembrando sempre que a vitamina E é lipossolúvel e como todas as vitaminas lipossolúveis (vitaminas A, D, E, K), se consumida em excesso, pode causar intoxicação.
Cuidados com a suplementação de vitamina E
Embora a vitamina E seja essencial para a saúde, a suplementação em doses elevadas pode apresentar riscos e contraindicações, como:
- Interação com medicamentos, como anticoagulantes, que aumentam o risco de sangramentos.
- Problemas cardiovasculares, nos casos de doses elevadas, especialmente para aqueles com condições cardíacas pré-existentes.
- Problemas gastrointestinais, como náuseas e diarreia.
Por fim, a toxicidade, que é rara, também pode acontecer pela ingestão excessiva de suplementos e os sintomas incluem fadiga, fraqueza, dor de cabeça e visão turva. Por isso, consulte um médico antes de incluir a suplementação de vitamina E na sua rotina.
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Fonte:
- Dra. Marcella Garcez, médica nutróloga, Mestre em Ciências da Saúde pela Escola de Medicina da PUCPR, Diretora da Associação Brasileira de Nutrologia e Docente do Curso Nacional de Nutrologia da ABRAN.