Vitamina A: quem precisa suplementar, quando e cuidados

Alimentação Bem-estar Saúde
07 de Fevereiro, 2024
Vitamina A: quem precisa suplementar, quando e cuidados

Boa visão, sistema imunológico forte e proteção do organismo contra doenças são algumas das promessas da vitamina A. Embora traga benefícios para a saúde, o micronutriente não é produzido pelo organismo, sendo que a principal forma de obtê-la é através da alimentação saudável ou via suplementação. Com tantos benefícios assim, surge a dúvida ‘por quanto tempo tomar vitamina A?’. A seguir, veja o que dizem os especialistas ouvidos pela Vitat.

Afinal, quem precisa suplementar vitamina A? 

A vitamina A é um micronutriente indispensável para a saúde dos olhos, para a renovação das células do corpo, formação dos dentes e do colágeno, além de evitar infecções recentes. 

“O micronutriente também possui propriedades antioxidantes, responsáveis por combater os radicais livres, ou seja, moléculas que provocam estresse oxidativo. Essas moléculas têm sido associadas a diversas doenças como doenças cardiovasculares e câncer. Por fim, a vitamina A também auxilia no metabolismo do ferro”, complementa Beatriz Clivati, médica nutróloga do Instituto Nutrindo Ideais

Considerada como um problema de saúde pública, a deficiência de vitamina A afeta diversos países em desenvolvimento, inclusive o Brasil. Isso acontece devido a desnutrição e falta de acesso a uma alimentação saudável, especialmente em crianças e gestantes. Embora a principal forma de obtê-la seja através da alimentação saudável, em alguns casos, no entanto, a suplementação é essencial para evitar complicações.

A seguir, veja quem deve suplementar vitamina A: 

  • Grávidas;
  • Crianças de 6 a 59 meses;
  • Doença hepática crônica;
  • Alcoolismo;
  • Candidatos a transplante hepático;
  • Doença renal crônica;
  • Síndrome do intestino curto;
  • Obesidade.

Além disso, antes de chegar até o diagnóstico de deficiência de vitamina A, é comum apresentar alguns sintomas, como por exemplo:

  • Ressecamento nos olhos;
  • Pele e cabelos secos;
  • Infecções recorrentes (especialmente no trato respiratório);
  • Dificuldade em enxergar no escuro (princípio de cegueira noturna).
  • Comprometimento da função imunológica e da barreira intestinal.

Vitamina A na alimentação 

Encontrada em fontes animais e vegetais, a vitamina A está presente em diversos alimentos. Confira as principais fontes alimentares do micronutriente: 

Origem animal (retinol):

  • Carne 
  • Fígado
  • Peixe (salmão)
  • Laticínios, como queijos
  • Manteiga ou margarina enriquecidas com retinol
  • Gema do ovo 

Origem vegetal

  • Vegetais folhosos verdes (como espinafre e couve)
  • Vegetais amarelos (como abóbora e cenoura
  • Frutas amarelo-alaranjadas (como manga, caju, goiaba, mamão e caqui).

Por quanto tempo tomar vitamina A?

A quantidade de vitamina A recomendada por dia e o tempo de tratamento varia de acordo com a idade e a necessidade do indivíduo. Além disso, durante a suplementação, é importante realizar exames para acompanhar os níveis e identificar a necessidade de continuar com a vitamina ou não. 

“Vale lembrar que, por ser um cálculo complexo, o melhor a fazer é procurar orientação médica. Mas você pode fazer a sua parte e começar a incluir na sua dieta alimentos que são fontes de vitamina A”, diz a médica.

Qual a quantidade ideal de consumo de vitamina A?

A quantidade diária recomendada de vitamina A pode variar de acordo com a idade, sexo e estado fisiológico, como gravidez e lactação. No entanto, existem diretrizes padrões para a ingestão diária do micronutriente. Veja a seguir: 

  • Homens: 900 microgramas (3.000 UI)  por dia;
  • Mulheres: 700 mcg (2.300 UI) por dia;

No entanto, o limite máximo é de 3.000 mcg (10.000 UI).

Cuidados com a vitamina A

Altas doses por um tempo curto pode levar a toxicidade aguda, com sintomas que incluem: náuseas, dores de cabeça, dores nas articulações e ossos. 

Por fim, o uso inadequado ou por mais de 6 meses, com uma variação individual, pode levar a risco de toxicidade crônica com efeitos hepatológicos. Assim, se ocorrerem sinais de toxicidade, qualquer suplementação com a vitamina deve ser interrompida. 

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Fonte:

Sobre o autor

Tayna Farias
Jornalista e repórter da Vitat. Especialista em gravidez e maternidade

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