Fevereiro Roxo conscientiza sobre Lúpus, Fibromialgia e Alzheimer

Saúde
27 de Janeiro, 2022
Fevereiro Roxo conscientiza sobre Lúpus, Fibromialgia e Alzheimer

A campanha Fevereiro Roxo foi criada para conscientização e tratamento das doenças Lúpus, Alzheimer e Fibromialgia. Embora diferentes, as doenças apresentam dois pontos em comum: são crônicas e incuráveis. 

Lançada em 2014, a campanha foi motivada por organizações não-governamentais e prefeituras que começaram a promover ações de esclarecimentos para a população sobre a importância de buscar auxílio médico já aos primeiros sinais das patologias. Dessa forma, tem como objetivo orientar a população para que estas doenças sejam identificadas ainda na fase inicial, para que seus sintomas sejam controlados ou retardados, oferecendo melhor qualidade de vida aos pacientes acometidos pelas patologias. Saiba mais sobre cada doença.

Lúpus

O lúpus eritematoso sistêmico — ou simplesmente lúpus — é uma doença crônica de origem autoimune que pode afetar múltiplos órgãos e tecidos, como pele, articulações, rins, cérebro e outros órgãos.

O distúrbio que integra o Fevereiro Roxo afeta o sistema imunológico, causando a produção de anticorpos em excesso e provocando inflamações e lesões em órgãos internos ou na pele. Dessa forma, ela acontece quando o sistema imunológico perde o controle, passa a funcionar de modo inapropriado e, como consequência, ataca o organismo.

O Lúpus pode ocorrer em pessoas de qualquer idade e sexo, mas é mais comum em mulheres de 20 a 45 anos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, cerca de 65 mil pessoas vivem com a doença atualmente no Brasil.

Diversos fatores podem causar o lúpus, como questões genéticas, hormonais e até ambientais — exposição prolongada ao sol, por exemplo. Além disso, observações clínicas indicam que o estado emocional debilitado também contribuir para a exacerbação da doença.

Leia mais: Você sabe qual é a relação entre o lúpus e a saúde mental?

Fevereiro Roxo: Sintomas do lúpus

É importante estar atento aos sintomas para buscar ajuda especializada o quanto antes. Existem alguns tipos de lúpus e o mais comum é o sistêmico, que afeta diversos órgãos. Já o discoide afeta apenas a pele, mas precisa de tratamento para não evoluir para o outro tipo.

Alguns sintomas comuns em quem tem lúpus são:

  • Fadiga;
  • Febre;
  • Rigidez muscular e dor nas articulações;
  • Lesões na pele que pioram após a exposição ao sol;
  • Dificuldade para respirar e dor no peito;
  • Erupções cutâneas;
  • Inchaço nos membros;
  • Ademais, feridas na boca.

Leia mais: Dieta para lúpus: Melhores alimentos para quem tem a doença

Fibromialgia

A fibromialgia é um problema reumático caracterizado por uma dor muscular generalizada e crônica, que pode evoluir para a incapacidade física. Assim como no caso do Lúpus, a maioria dos pacientes são mulheres e, de acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, pelo menos 5% dos pacientes que vão a um consultório de Clínica Médica têm o problema. Ele geralmente aparece entre os 30 e 60 anos, mas também pode ser identificado em crianças, adolescentes e pessoas mais velhas.

Sem inflamação, lesões ou mudanças estruturais, a fibromialgia chegou a ser considerada uma doença psicossomática — ou seja, sinais físicos ligados a fatores emocionais. Mas pesquisas atuais mostram pacientes com sinais de envelhecimento precoce do cérebro, o que justificaria a sensação de dor.

Essa doença reumatológica acomete cerca de 3% da população brasileira, em sua maioria mulheres. O diagnóstico é clínico, isto é, não são necessários exames para comprovar que ela está presente. Sem o tratamento, a doença pode evoluir para incapacidade física e limitação funcional, complicações que afetam a qualidade de vida do paciente. Ainda que a fibromialgia não tenha cura, é possível realizar medidas para conseguir controlar adequadamente os sintomas e ter uma vida, muitas vezes, completamente normal. Dessa forma, a base do tratamento é a educação e a atividade física regular. Conhecer a doença, saber que pode ter períodos de piora, saber que o estresse pode agravá-la, compreender o tratamento é fundamental para viver bem.

Leia mais: Pacientes com fibromialgia sofrem mais com as sequelas da Covid-19

Fevereiro Roxo: Sintomas de fibromialgia

As dores tomam conta de todo o corpo, como se fosse uma forte gripe que causa fadiga e mal-estar. Os pacientes também relatam sensações de inchaço e de sensibilidade ao toque, mesmo não havendo sinais clínicos de uma possível artrite.

As pernas pesadas e a falta de energia podem se agravar se combinadas com a má qualidade do sono, que infelizmente também costuma aparecer. Isso porque a pessoa fibromiálgica não consegue se manter no estágio 4 do sono, o de descanso profundo. Por isso, acorda com frequência na madrugada e não consegue dormir. Dor de cabeça e dificuldade de concentração também aparecem nos momentos de crise.

A angústia da doença, as dores e as privações na rotina fazem com que boa parte dos doentes desenvolvam depressão ou ansiedade.

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Alzheimer

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa em que ocorre uma deterioração das funções cerebrais, como perda de memória e da linguagem. A idade é o fator mais prejudicial para desenvolver Alzheimer, pois à medida que você envelhece, maior é o risco de desenvolvê-la. Sendo assim, a doença se manifesta, principalmente, em pessoas com mais de 65 anos. Conforme a doença evolui, os sintomas também vão se agravando, podendo manifestar dificuldades para conversar ou interagir com outras pessoas. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, quase 2 milhões de pessoas têm demência no Brasil, sendo que cerca de 40 a 60% delas são do tipo Alzheimer.

Sintomas de Alzheimer

  • Memória falha para acontecimentos recentes;
  • Dificuldade para acompanhar conversas ou pensamentos complexos;
  • Incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas;
  • Dificuldade para dirigir automóvel;
  • Irritabilidade;
  • Agressividade;
  • Interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos.
https://youtu.be/BlWtBgBXpb4

Sobre o autor

Fernanda Lima
Jornalista e Subeditora da Vitat. Especialista em saúde

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