Parar de usar anabolizantes engorda? Confira todos os riscos da utilização da substância

Saúde
04 de Maio, 2022
Parar de usar anabolizantes engorda? Confira todos os riscos da utilização da substância

Recentemente, a ex-BBB Amanda Gontijo deu uma entrevista ao site Quem contando que já fez uso de esteroides anabolizantes, e que sofreu com o efeito sanfona quando resolveu parar. “Durante dois anos, fiquei acima do peso. Engordei de 15 kg a 18 kg, mais ou menos, então tratei isso tudo e agora estou voltando com o meu corpo de antes”, afirmou ao portal.

A influenciadora digital disse que optou pela chamada “bomba” porque se sentia muito magra — com 54 kg —, e recebeu um convite para participar de um concurso de fisiculturismo. “Acabei usando anabolizante e tive efeito rebote. Nunca tinha usado nada, usei com médico, mas meu organismo não aceitou e acabei engordando muito”, disse. Além desse efeito colateral, ela sofreu com espinhas, queda de cabelo e voz grossa.

O depoimento de Amanda Gontijo acendeu um sinal de alerta para os riscos que o uso dos esteroides anabolizantes podem trazer. Afinal, o efeito sanfona (emagrece, engorda, emagrece…) não é a única possível consequência, e nem a mais grave. Saiba mais sobre o assunto:

O que são os esteroides anabolizantes?

Os esteroides anabolizantes (ou somente anabolizantes) são formas sintéticas de hormônios, geralmente a testosterona, usadas para aumentar o tamanho dos músculos e gerar mais força e energia para a prática de atividades físicas. Desse modo, justamente por melhorarem o desempenho dos atletas de maneira artificial, eles são proibidos em competições esportivas oficiais.

Eles podem ser utilizados por via oral, injetados diretamente no músculo ou aplicados na pele em forma de gel ou adesivo. Na medicina, eles são prescritos para tratar doenças que provocam a diminuição dos níveis de testosterona no organismo (hipogonadismo) e para evitar a perda muscular acentuada em pacientes na UTI, com queimaduras graves, com câncer ou com AIDS.

Leia também: Uso indiscriminado de ervas e anabolizantes pode adoecer o fígado

Riscos do uso indiscriminado de esteroides anabolizantes

Quem aposta nos anabolizantes para ganhar massa muscular geralmente adota o método de ciclos: ou seja, intercala períodos de pausa e de uso durante o ano. Contudo, há outras técnicas, como a pirâmide (isto é, aumentar a dose a cada ciclo de uso), e o empilhamento (aplicar vários hormônios ao mesmo tempo). No entanto, sem a prescrição e o acompanhamento de um médico, os usuários podem ultrapassar de 10 a 50 vezes a quantidade máxima ideal desses medicamentos, o que pode acarretar diversos efeitos negativos:

Alterações físicas

  • Aparecimento de acne grave;
  • Retenção hídrica;
  • Dores nas articulações;
  • Aumento da pressão sanguínea;
  • Alteração do metabolismo do colesterol (diminuindo, assim, o HDL e aumentando o LDL, com elevação do risco de doenças coronarianas);
  • Alterações nos testes de função hepática, icterícia e tumores no fígado;
  • Exacerbação da apneia do sono (se já houver);
  • Estrias;
  • Maior tendência a lesões no aparelho locomotor (pois as articulações não estão aptas para o aumento de força muscular);
  • Por fim, em caso de adolescentes, defasagem no desenvolvimento ósseo.

Riscos em homens e mulheres

Especificamente no público masculino, a utilização indiscriminada dos anabolizantes pode gerar atrofia do volume testicular, redução da contagem de espermatozoides, impotência, infertilidade, calvície, hipertrofia da próstata e desenvolvimento das mamas (com ginecomastia nem sempre reversível).

Nelas, é comum o aparecimento de pelos em lugares inusitados, alterações ou ausência de ciclo menstrual, hipertrofia do clitóris, voz grave e diminuição de seios (atrofia do tecido mamário).

Saúde mental

Além disso, também há uma chance aumentada dos seguintes problemas psicológicos:

  • Variações de humor;
  • Irritabilidade;
  • Agressividade e raiva incontroláveis que podem levar a episódios de suicídio e homicídio (a depender de outros fatores);
  • Sintomas depressivos;
  • Ademais, síndrome de abstinência (durante a interrupção do uso);
  • Cuíme patológico;
  • Quadros maníacos e esquizofrênicos;
  • Ilusões;
  • Distração;
  • Confusão mental e esquecimentos;
  • Por fim, alterações na libido.

Referências:

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