Doenças que podem aumentar com as mudanças climáticas

Saúde
11 de Dezembro, 2023
Doenças que podem aumentar com as mudanças climáticas

Temperaturas extremas, tempestades e catástrofes naturais têm se tornado cada vez mais comuns. E tudo isso também impacta a nossa saúde: de acordo com pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), algumas doenças poderão aumentar consideravelmente no Brasil por conta das mudanças climáticas.

É o caso das arboviroses (dengue e febre amarela, por exemplo), das parasitoses e até dos infartos. Essas informações foram levantadas por meio da AdaptaBrasil, uma plataforma que analisa os potenciais riscos do clima extremo no país em diferentes regiões. Saiba mais:

Leia também: O que acontece com o seu corpo no calor extremo?

Doenças que podem aumentar com as mudanças climáticas

Arboviroses

Denominam-se arboviroses as doenças virais transmitidas principalmente por mosquitos. De acordo com o estudo, essas condições se tornarão ainda mais preocupantes no futuro porque os bichinhos que as carregam têm uma grande capacidade de se adaptar às mudanças do clima – e se tornarão cada vez mais resistentes.

Um exemplo é o Aedes aegypti, vetor bastante conhecido por transmitir dengue, chikungunya e zika vírus. Ele consegue se reproduzir em diferentes ambientes, como no lixo e em água suja (o que não acontecia há alguns anos).

Por isso, projeções mostram que dengue e até malária poderão se alastrar nos próximos anos – atingindo sobretudo as regiões Norte e Nordeste. Especialistas também apontam para o aumento de casos de leishmaniose.

Problemas cardiorrespiratórios e renais

A exposição a longo prazo às temperaturas extremas (bem como às mudanças climáticas bruscas) diminui a capacidade do corpo de manter a sua própria temperatura. Isso pode acabar sobrecarregando o organismo e aumentando as chances de insolação, síncope, exaustão e até infarto ou AVC.

Além disso, o calor extremo fará com que as taxas de desidratação no país cresçam – um problema para os rins. Uma pesquisa sugere, por exemplo, que o aumento de apenas 1°C na temperatura média pode elevar em 1% o risco de internação por doenças que afetam os rins.

Doenças infecciosas e parasitárias

Por fim, o aumento das tempestades e catástrofes naturais pode provocar mais doenças como esquistossomose, leptospirose e diarreia. Especialmente em áreas que apresentam dificuldades de drenar a água da chuva e falhas no sistema de coleta de lixo.

Isso porque as enchentes, por exemplo, deixam a população em contato com água contaminada, animais vetores de doenças e esgoto. O que favorece a proliferação de diferentes parasitas.

Leia também: Sol e praia favorecem casos de diarreia aguda; como evitar

Como lidar com as doenças causadas pelas mudanças climáticas?

Segundo os especialistas, é preciso um esforço conjunto do governo e da sociedade civil para amenizar os efeitos das mudanças climáticas na saúde.

Além de políticas que garantam moradia adequada, saneamento básico e tratamento efetivo dessas doenças, será mais importante do que nunca evitar acúmulo de lixo e água parada perto de casa, usar repelentes e tomar cuidado com os alimentos que consumimos.

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