Dieta Atkins: o que é, fases, vantagens e desvantagens
Diminuir a ingestão de carboidratos e priorizar as proteínas e as gorduras. A princípio, parece que estamos falando da dieta low carb, ou mesmo da dieta cetogênica, não é mesmo? Mas na verdade, existe uma metodologia que parece ser ainda mais velha (e mais radical) do que as duas: a dieta Atkins.
A seguir, você entende tudo sobre ela: o que é, como funciona, as fases e as vantagens e desvantagens:
O que é a dieta Atkins?
Trata-se de um plano alimentar criado pelo Dr Robert C Atkins, médico e cardiologista estadunidense, cujos principais objetivos consistem em perder peso e tratar a obesidade. O próprio criador afirma que ela é “a melhor dieta do século XX.”
Como funciona?
A dieta Atkins é hipocalórica (ou seja, baixa em calorias), cetogênica (isto é, reduzida em carboidratos) e liberada em lipídios (gorduras) e proteínas, como:
- Carne vermelha;
- Ovos;
- Manteiga;
- Laticínios.
Por outro lado, alguns itens são restringidos. Por exemplo:
- Frutas;
- Pães;
- Farinha;
- Macarrão;
- Acúcares;
- Doces.
A princípio, a estratégia nutricional não parece muito diferente de uma dieta low carb, ou mesmo da cetogênica. Mas a grande diferença está na quantidade de carboidratos que pode ser consumida: a metodologia Atkins é ainda mais radical do que as outras duas, chegando a permitir apenas 20g do macronutriente por dia em algumas fases (para você ter uma ideia, em uma alimentação normal, um indivíduo consome cerca de 300g/dia).
Leia também: Dieta low carb: o que é, como fazer e cardápio
Fases da dieta Atkins
São quatro as principais fases:
Dieta de indução
É a etapa que promove a maior perda de peso, uma vez que corta severamente o consumo de carboidratos – a pessoa só pode consumir entre 15g e 20g por dia. Ela dura duas semanas e permite alimentos como carnes, ovos, azeite, manteiga, queijos e leite de coco. Alguns vegetais também estão liberados, por exemplo, alface, rúcula, nabo, pepino, repolho, gengibre, escarola, rabanete, cogumelos, cebolinha, salsa, aipo e chicória.
Dieta permanente
Aqui, a cada semana, o indivíduo aumenta 5g na cota de carboidratos que ele pode comer por dia, até atingir de 40g a 60g. Apesar do nome, a fase não é permanente, ela dura até que o peso desejado seja atingido.
Dieta pré-manutenção
Os carboidratos aumentam para 70g/dia, mas o paciente deve sempre observar se o peso aumentou. Caso isso aconteça, ele volta para 60g/dia – ou vai diminuindo até encontrar o volume ideal para seu organismo. Assim que o fizer, a pessoa pode passar para a próxima etapa.
Outros alimentos são liberados desde que não ultrapassem as quantidades do macronutriente: abóbora, cenoura, batata inglesa, batata-doce, inhame, mandioca, feijão, grão-de-bico, lentilha, aveia, farelo de aveia, arroz e frutas como maçã, banana, cereja, uva, kiwi, goiaba, manga, pêssego, ameixa e melancia.
Dieta de manutenção
Com as porções ideais estabelecidas, a ideia é que a pessoa adote a dieta Atkins como um estilo de vida.
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Vantagens e desvantagens da dieta Atkins
Vantagens
De acordo com o próprio criador, as principais vantagens da metodologia seriam perda rápida de peso, manutenção da perda de peso sem aumento do apetite, melhora dos indicadores de saúde e prevenção de doenças cardiovasculares.
Além disso, um estudo realizado em 2004 acompanhou 63 pacientes com obesidade (mas sem diabetes) por um ano. Eles foram divididos em dois grupos: o primeiro fez a dieta Atkins, enquanto o segundo optou por uma dieta hipocalórica com 25% de gorduras, 15% de proteínas e 60% de carboidratos.
Depois de seis meses de pesquisa, os cientistas perceberam que os seguidores da Atkins obtiveram uma maior perda de peso, cerca de 7%, em comparação com os outros voluntários, aproximadamente 3%. Assim, eles concluíram que isso aconteceu pela diminuição da resistência à insulina e pelo controle do apetite a curto prazo no primeiro grupo – características que também podem beneficiar a pressão arterial e o colesterol. Contudo, ao final dos 12 meses, o emagrecimento entre os dois grupos se igualou, não apresentando diferenças significativas.
Desvantagens
Contudo, a metodologia alimentar também apresentou riscos à saúde. Isso porque ela é extremamente restritiva e radical, o que pode gerar consequências negativas, como:
- Baixa adesão: por ser difícil de manter, poucas pessoas conseguem completar todas as fases;
- Efeito sanfona: ao abandonar as restrições calóricas e voltar para uma alimentação convencional, a pessoa corre o risco de engordar e voltar ao peso inicial (ou até ganhar mais);
- Perda de massa muscular: sem carboidratos, o corpo passa a mobilizar as proteínas e as gorduras estocadas como fonte de energia – e menos músculos significam um metabolismo mais “lento”;
- Desidratação: a restrição de carboidratos leva à perda de glicogênio e água no organismo. Por isso, a perda de peso inicial poderia acontecer por conta da diminuição dos líquidos no corpo, e não da queima de gordura;
- Deficiências nutricionais e outros problemas de saúde: por não preconizar a ingestão de frutas, vegetais e gorduras boas, há falta de nutrientes importantes para o corpo;
- Sintomas desagradáveis: estudos citam o aparecimento de constipação, dor de cabeça, hálito cetônico, diarreia, erupções cutâneas e fraqueza geral.
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