Bebê não dorme? Entenda o que pode estar acontecendo e o que fazer

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23 de Agosto, 2021
Bebê não dorme? Entenda o que pode estar acontecendo e o que fazer

As crianças precisam de mais horas de descanso do que os adultos. Isso porque o ciclo de sono delas costuma ser mais curto e menos profundo — para você ter uma ideia, o relógio biológico dos pequenos se repete a cada três ou quatro horas, fazendo com que as sonecas sejam imprescindíveis durante o primeiro ano de vida. Mas e quando o bebê não dorme, o que fazer? Entenda melhor:

Por que os bebês dormem tanto?

De acordo com a pediatra Elisangela Pinto, as crianças têm um ritmo de sono diferente. Antes de completar um ano, por exemplo, elas ainda não possuem um ciclo circadiano bem estabelecido (mecanismo no qual o organismo regula os processos que realiza de dia, e os que realiza à noite).

Até o primeiro aninho, espera-se que esse ciclo seja definido — apenas 20% dos bebês não conseguem fazer isso. É por isso que os recém-nascidos dormem mais (cerca de 16 horas diárias), e vão ficando cada vez mais tempo acordados (uma criança de 18 meses só dorme aproximadamente 13 horas por dia). Veja qual o período de sono ideal de acordo com a idade:

  • Recém-nascido: 16 horas diárias;
  • 1 mês: 16 horas diárias;
  • 3 meses: 16 horas diárias;
  • 6 meses: 15 horas diárias;
  • 12 meses: 14 horas diárias;
  • 18 meses: 13 horas diárias;
  • 36 meses: 12 horas diárias.

Leia também: Como organizar a rotina de sono do bebê: Dicas

E por que os bebês acordam à noite?

Justamente por possuírem um relógio biológico mais curto e um metabolismo mais acelerado (eles gastam duas vezes mais calorias do que os adultos, comprovou um estudo recente), os bebês geralmente acordam para comer, pois estão com fome. Mas também podem despertar por outros motivos, como cólicas, dores de dente e frio/calor.

Contudo, a quantidade de mamadas por noite também tende a diminuir com o tempo. Se uma criança de três meses costuma levantar de duas a três vezes por noite, uma de 18 meses, por outro lado, acorda apenas uma vez. “Quando esse número é maior, pode ser indício de algum distúrbio do sono — provavelmente o pequeno precisará de ajuda para dormir, seja de um responsável, objeto ou som”, diz a pediatra.

Leia também: Sono e saúde mental: Como a qualidade das nossas noites afeta a mente

Bebê não dorme: Quais as possíveis causas?

As causas de um sono agitado podem variar bastante. A começar por pequenas alterações no ambiente: excesso de barulho, luzes, quarto diferente e até vínculo com a mãe prejudicado atrapalham a noite do pequeno. “Quanto menor o nível de estresse materno, maior é a chance de um sono tranquilo”, afirma Elisangela.

Além disso, a criança também pode sofrer com doenças neuropsiquiátricas, problemas respiratórios (apneia, hipertrofia de corneto e amígdala aumentada, por exemplo) e alterações gastrointestinais (refluxo, cólicas ou alimentação excessiva). Em todos esses casos, o acompanhamento médico é essencial para o diagnóstico e o tratamento.

Leia também: Insônia na gravidez: Principais causas e o que fazer

O que fazer quando o bebê não dorme?

A especialista recomenda incentivar o bebê a dormir sozinho desde pequeno. Para isso, você precisa propiciar um ambiente seguro e calmo, com elementos que provoquem um sentimento de familiaridade. “Nas crianças maiores, vale adotar técnicas de meditação e pensamentos positivos”, aconselha.

Estabelecer uma rotina noturna (a chamada higiene do sono) também é essencial para que o pequeno entenda que é hora de descansar:

  • Inicie o ritual sempre no mesmo horário;
  • Em seguida, coloque o pijama, ofereça o lanchinho noturno (ou a mamadeira) e escove os dentes — sempre na mesma sequência;
  • Reduza a intensidade da luz à noite, desligue eletrônicos (celulares, TVs, tablets) pelo menos duas horas antes de deitar, fale mais baixo e diminua o volume de músicas ou áudios;
  • Substitua atividades como correr, pular e gargalhar pela leitura ou pela música, pois assim o pequeno não ficará agitado;
  • Por fim, estimule a criança a deitar na própria cama — mas faça isso de maneira gentil, sem traumatizá-la.

Leia também: Desafio do sono: Hábitos para você dormir melhor

Fonte: Elisangela Pinto, Pediatra e coordenadora de Pronto Atendimento Digital da Sharecare.

Sobre o autor

Amanda Panteri
Jornalista e repórter da Vitat. Especialista em alimentação saudável.

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