Amamentação e câncer de mama: aleitamento materno reduz risco de ter a doença
O leite materno é chamado de alimento de ouro e não por acaso. Ele é capaz de diminuir a incidência de mortes infantis, evitar diarreia, infecções respiratórias e mais. Atualmente, sabe-se também que há relação entre a amamentação e câncer de mama. Em outras palavras, é de conhecimento científico que o aleitamento materno diminui as chances de se ter essa neoplasia maligna. A seguir, entenda por quê!
De acordo com Fernanda Perez Magnani Leite, cirurgiã oncológica do A.C. Camargo Cancer Center, a cada doze meses que a mulher amamenta, diminui-se o risco de ter câncer de mama em torno de 4,3%. Isso ocorre principalmente em decorrência de dois fatores.
“A amamentação é um fator importante em relação a prevenção do câncer de mama porque durante o processo de aleitamento materno a mulher tem menos ciclos menstruais. Logo, ela fica menos exposta ao estrogênio, além de produzir menos desse hormônio”, esclarece a especialista.
Além disso, ao de dar mamar, o organismo feminino também passa por uma profunda renovação celular para produzir o leite. “Assim, acaba tendo eliminação de células que possivelmente poderiam ser “erradas”, ou seja, que levariam ao câncer de mama”, completa Dra. Fernanda.
Ainda de acordo com a especialista, o aleitamento materno também protege as mulheres dos cânceres de ovário e endométrio, ainda que em proporções menores. Isso se dá porque na amamentação, principalmente quando é exclusiva, há a diminuição dos ciclos menstruais e consequentemente a presença de estrogênio no organismo.
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Amamentação e câncer de mama: os benefícios para o bebê
Só não pense que as vantagens do aleitamento materno se reduzem à figura materna. A cirurgiã oncológica explica que a amamentação também reduz as chances do bebê ter cânceres no futuro. Isso porque ela diminui os riscos do pequeno ter sobrepeso e/ou obesidade no futuro, o que é um grande fator de risco para diversos tipos de tumores, como de mama e intestino.
De acordo com a revisão da Organização Mundial da Saúde, divulgada pelo Ministério da Saúde, indivíduos amamentados têm 22% menos chances de terem sobrepeso ou obesidade ao longo da vida. Além disso, o tempo de aleitamento materno também conta: quanto mais meses o bebê é amamentado, menor é o risco dos números a mais na balança.
Fonte: Dra. Fernanda Perez Magnani Leite, cirurgiã oncológica do A.C. Camargo Cancer Center
Referências: